CAP. 3 - O QUE O DINHEIRO PODE COMPRAR

14.7K 2K 513
                                    

Olá, meus amores. Voltei para o Rio depois do lançamento do meu livro "ESTAREI AO SEU LADO" em Salvador, que foi um grande presente de Deus pra mim. Amei a cidade! O povo acolhedor, mas principalmente amei cada uma das minhas amigas leitoras que foram prestigiar o meu trabalho e compareceram em plena quarta-feira à tarde no Centro de Cultura da Câmara Municipal para me prestigiar. Ainda não acredito que tantas leitoras queridas compartilharam esse momento inesquecível comigo.

Dedico este capítulo a todas as minhas leitoras baianas mas, em especial, à minha querida amiga baiana-paulistana que garantiu a realização desse evento. Muito obrigada, Sandra Regina Matos Gomes.

Beijos de sua amiga, Danielle Viegas (Tess91)

Capítulo ainda sem revisão

Carla nem fez menção de olhar para o relógio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Carla nem fez menção de olhar para o relógio. Da última vez que consultou as horas viu que já passava das dezenove horas.Assim que a secretária anunciou seu nome, Carla caminhou a passos decididos rumo a sala indicada, após se despedir de Vivian, uma moça alta e de traços delicados que disse também aguardar sua vez de ser entrevistada. Apesar de não parecer ter o perfil de alguém acostumado com trabalho pesado, foi a única que conversou com Carla sem olhá-la como uma concorrente ou praticamente sua inimiga na disputa por uma vaga de emprego. Carla sabia que além das vagas de auxiliar de serviços gerais, alguns homens aguardavam sua vez para serem entrevistados para a função de motorista. Contou todas as moças que foram chamadas à sua frente: dezessete.

Mantinha na mão esquerda o broche azul que sempre levava consigo pra onde quer que fosse. Foi o último presente de sua falecida mãe e carregá-lo consigo era uma forma de senti-la por perto e a ajudava a se acalmar em situações de stress como aquela entrevista de emprego. Cinco horas de espera, mas sua vez enfim chegou. e Carla entrou e cumprimentou a mulher que usava um vestido sóbrio, mas de corte elegante, que estava sentada atrás de uma grande mesa de vidro. A senhora estava ao telefone e fez um gesto para que se sentasse.

- Peço que aguarde alguns minutos. Estou em uma ligação importante.

Carla sorriu e assentiu afirmativamente com a cabeça. Embora não intencionalmente, Carla fez uma varredura com os olhos e leu o nome na plaquinha que reluzia sobre a mesa: Valdelice da Silva - Gerente de Recursos Humanos.

Algo muito característico sobre Carla era o fato dela ser muito atenta a detalhes e isso sempre a beneficiara nos estudos e em muitas outras situações. Não era algo que premeditado. Acontecia naturalmente. Sua memória registrava tudo muito rapidamente. Seu cérebro facilmente processava e relacionava fatos objetivos com outros subjetivos e quase sempre precisava de poucos minutos para identificar o perfil das pessoas com quem conversava. O tom de voz, a linguagem corporal, mas principalmente, o olhar das pessoas era como um manual para ela. Um manual que lhe indicava claramente o que esperar e o que não esperar de cada pessoa com que a vida colocava em seu caminho. Enquanto, a mulher conversava com alguém pelo celular com aquela voz serena já há cerca de cinco minutos, Carla, discretamente, olhou ao redor, pois o amplo escritório no quinto andar daquele prédio na Zona Sul do Rio de Janeiro era belíssimo.

SEGURE A MINHA MÃO E NÃO SOLTEOnde histórias criam vida. Descubra agora