19. Regrets

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Depois daquele momento de êxtase com o Harry, eu parei pra pensar na gravidade da situação que eu estava lidando.

Um Filho.

Eu não conseguia acreditar nisso, um ser sobrenatural estava crescendo dentro de mim e eu não sabia como fazer isso parar, o Harry me disse que ficaria de olho em mim e que eu não tentasse nenhuma besteira.

Mas eu não queria isso, extremamente preocupada e pensativa eu estava tentando arrumar uma forma de acabar com isso, nem que eu tenha que tirar minha própria vida.

Era o meu filho, mas eu não amava como um. Eu não queria que ele crescesse e virasse um ser como o Harry, e que fizesse as coisas que ele fez comigo com alguém, eu não admitiria que isso acontecesse.

Quantas vidas o Harry já tirou ? E quantas vidas essa criança tiraria se eu não desse fim a isso ?

Estava em minhas mãos. E eu faria o possível pra fazer isso não acontecer.

3 semanas depois...

O Harry não saia de perto de mim, ele me vigiava 24 horas por dia, ele estava cuidando de mim e eu sabia que não era por mim e nem pela criança, mas sim pelos poderes que a mesma viria a ter.

Eu estava horrivelmente assustada pois a minha barriga já estava visível, o que não era normal, pois ela não deveria aparecer tanto mas o Harry disse que era normal, a gestação era de um ser assim era dessa forma.

- Você acha mesmo que vai me fazer ter esse filho ? - disse sentada no sofá enquanto ele preparava algo pra comer.

- Acho. Não adianta você querer tirar, ficar sem comer ou seja lá o que você esteja pensando, ela não aceita ser abortada e se ficar sem comer ela vai sugar toda suas forças até você definhar.

- Vai por mim amber, eu já vi várias mulheres querendo fazer o mesmo que você - riu - E não adiantou, nada pode matar essa criança, nem remédio, chás, nada.

- Mas eu posso. Se eu tirar a minha vida ela não vai poder sugar nada de mim, ela não vai sobreviver.

- Você é tão cruel quanto eu.

Ao fazer essa comparação eu me dei conta o quão fria eu estava, pensar em matar uma criança ? Um bebê que ainda está na minha barriga ?

Eu estava como ele. Sem amor e compaixão.

Mas infelizmente tem que ser assim ou ela vai nascer e ser como ele.

- Você não faria isso. Você vai se tornar um monstro como eu ? Quer evitar um, se tornando um ? - ele disse.

- Farei o que for preciso e você não tem o direito de me impedir.

- Querendo ou não a criança também é minha, e por anarquia quem manda sou eu, então eu decidi que você vai ter. Depois você pode sumir do mapa se quiser mas a criança fica.

- Você me libertaria depois de tudo isso ? Você acaba com a minha vida e depois me solta como se eu não tivesse família, um trabalho, amigos, nada ?

- É basicamente isso. Se você sair viva. - naquele momento vi o seu sorriso irônico de que só tinha falado isso porque sabia que eu morreria.

- Eu vou morrer, não vou ?

- Poucas sobreviveram pra contar a história, seja pelo parto ou por escolha de quem as prendeu.

- Então de uma forma ou de outra eu vou morrer, não é ? Se eu não morrer pelo parto, você me mata. Entendi.

Ele não disse nada, continuou fazendo o que tinha começado como se eu não estivesse ali, acho que de qualquer forma eu irei morrer.

{...}

The devil in I | H.S. (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora