Assisti todos meus amigos tomarem sua última dose de irresponsabilidade enquanto vi meu passado sentar-se ao meu lado. Não o reconheci de primeira, mas logo nos primeiros erros que o vi cometer, tive total certeza que aqueles erros realmente tinham acontecido e por mais que eu me negasse a reconhece todos ou jogar a culpa em outro, tudo aquilo foi culpa minha.
Paguei minha parcela de culpa, peguei meu casaco e saí de lá o mais rápido possível antes que eu pudesse me arrepender novamente de tudo.
A cada degrau que eu subia em direção ao meu apartamento eu era obrigado ouvir vozes de lamento, não só a minha e sim de todas as pessoas que convivi. Não era fácil a subida até o zero, mas eu tinha que fazer e tentar me acostumar a todas esses lamentos.
Abri a porta do próprio abismo o do qual eu vivo, não há nada nele que me faça querer mudar, não muito havia o que mudar já que era sempre lá que eu iria parar.
A altura era tão convidativa para um voo que não sei se deveria ir ou desistir, mas se a ideia persistir, por que não ir? Pra que ficar aqui? Não ha mais nada que eu possa fazer (sobre)viver
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My Feelings
PoetryEsse livro é basicamente o desempoiranento de alguns textos que tenho guardado ou que escrevo em momentos aleatórios da minha vida.