Apocalipse

*04*

Suspiro e levo meu olhar para as raízes da árvore que nos abrigava.

- Vamos passar por um orfanato que abriga milhões de crianças e adolescentes da faixa etária da sua irmã. Pode vir conosco, claro, se voce não se importar com um velho mandão, uma criança irritante e um garoto estranho.- o mais velho dos três da seu melhor sorriso, enquanto ganha tapas de sua filha.

- Não irei me importar.- sorriu de volta.

Escuto um barulho vindo de próximo à uma árvore, em frente à que estávamos. Devagar, pego meu arco e uma flecha, os outros se assustam com meu ato.

- Escutou algo?- O garoto sussurrou.

Concordo em silêncio, enquanto os três se abaixam no tronco.

- No três, vocês pulam no lago que está atrás dessa árvore.- Sussurro me levantando, do e andando ate a ponta.

- Um.- armo minha flecha, enquanto o mais velho pega a criança no colo.

- Dois.- Miro e eles vão para o lado de trás da árvore.

- TRÊS! - grito e escuto o barulho de água. Foco em minha frente e vejo três robôs, do tipo S, saindo de trás das árvores em minha frente.

Atiro e tento alcançar outra flecha a tempo, mas um dos robôs foi mais rápido que eu.

- Estamos a sua procura. Se renda e venha ate nosso criador.- Ele me empurra até o tronco principal e me encurrala ali.

- O que vocês querem comigo!?- Levo uma das mãos para as minhas costas, procurando alguma flecha para atirar.

- Estamos a sua procura. Se renda e venha até nosso criador.- Bufo irritada e acho a flecha. Coloco ela no arco, miro e acerto sua cabeça.

- Como uma espécie dessa dominou o mundo?- Giro os olhos e escuto o último robô vindo atrás de mim. Me abaixo, tranquila, pego minha adaga e estendo para o lado. O robô vem e passa direto na faca, ficando sem sua cabeça.- Tipo S.

Guardo a pequena faca na minha bota e caminho ate um dos robôs. Pego a flecha em sua cabeça e vou para atrás da árvore, onde tinha um pequeno lago.

- Vocês estão bem?- Me sento na ponta do tronco e os olho brincando na água.

- Nós quem devíamos fazer está pergunta!- O mais velho notou a minha presença e olhou para cima.

- Estou bem. Eram três de tipo S. Não são fortes.- Sorri com cena da menina nadando.

- Desça daí! Essa água esta ótima.- O garoto gritou acenando para mim, ele parecia meio...envergonhado?

- Já Vou!

Dia 05 de outubro, 2016.

Definição de melhor dia de todos?
Eu te respondo, caro diário.

F-A-Z-E-N-D-A!

Eu amo ir na fazenda dos meus avós.

Lá tem bichinhos fofos, muita fruta, bichinhos estranhos, tem o Grigo, meu cachorrinho, e muitos lagos! Eu também amava meus avós, pena que eles foram para o céu mês passado e agora eu sempre venho aqui, mesmo sendo muito estranho.

Sabe, depois que meus avós se foram, minha mamãe anda muito triste. A fazenda ficou tão chata! Tem uns homens levando os animais fofinhos! Fui perguntar para o meu papai o por quê e ele disse que iam usar essa área para experimentos com robôs. Fiquei empolgada, mas passou, vi minha mamãe chorando, de novo.

- Mãe. Você pode parar de chorar, ja acabou.

Ela somente piorou! Me abraçou forte e não me largou mais.

- Obrigada, meu bebê.

É. Doidinha!

Dia 06 de dezembro, 2016.

Minha mãe está bem melhor. Eu e minha irmã mais nova ficamos com ela.

Eu ja te falei sobre a minha irmã? Acho que não... desculpa!

Ela é um bebê ainda. Tem três aninhos.
É loira dos olhos castanhos, branca igual neve! Cabelo cacheado e fofinho. Totalmente o contrário de mim e se perguntarem, ela é a adotada!

Sabe a Fazenda da vovó? Foi destruída. Falaram que os robôs expludiam e não davam certo.

O primeiro trauma a gente nunca esquece. Ver a fazenda que eu tanto amava destruída, foi terrível e tudo por causa de uma experiência falha, que foi repetida futuramente e teve sucesso. O tipo S. São considerados falhas aperfeiçoadas. Repetem a mesma fala, são usados para a luta, pois se um morrer, existem mais dez para substituir. A raça que nos dominou, tem esse como o mais fraco.