Um estranho

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Boa viajem para Jennoviah...

Há alguns ciclos solares antes da chegada do estrangeiro...

Um pouco depois da prisão de Vitryoh.

Jennoviah era baseada pelas leis da Ordem, que regia todo o reino cooperando para a paz e a justiça, para aqueles que não as aceitavam ou a violavam, eram julgados pelos seus atos e violações e sentenciados a uma punição. As punições variam de acordo com o grau de violação, o Senhor da Ordem e do Caos ordenou que construíssem três masmorras, Ellyzyoh, Zelphor e Zebullady. Cada prisão possuía um grau de punição, para Zebullady iam todos aqueles que infligiam às leis e ameaçavam a paz do reino, era um lugar especifico para os cidadãos rebeldes. Para Zelphor eram levados os prisioneiros de guerra de todos que eram considerados inimigos do reino, e Ellyzyoh era a pior masmorra de todas, os prisioneiros que eram levados para lá não retornavam, lá só era levados aqueles que fossem sentenciados a morte, somente oficiais de alto escalão eram permitidos o acesso.

Zebullady havia sido construída em uma ilhota no litoral de Jennoviah, por toda a pequena extensão de terra fora construídas grandes e densas muralhas de pedras, para dificultar qualquer fuga. Ela possuía dois níveis de instalações abaixo do nível do mar, sendo que as primeiras acomodações no nível do mar ficavam para a administração da masmorra, o segundo as alas onde ficavam os presos e o ultimo nível era um salão cavernoso onde eram levados os prisioneiros pra serem torturados por intentarem algo contra as regras da masmorra. Cada prisioneiro antes de ser preso era marcado com o brasão da masmorra no braço esquerdo, para que quando fossem libertos todos que o visse soubessem que ele havia sido punido pelos seus crimes.

Vitryoh e Garyah haviam sidos levados para Zebullady, como ambos eram de sexos opostos, não puderam fica na mesma ala, portanto foram levados para lugares opostos. As condições eram precárias, e a maioria morria antes de completarem o tempo de prisão por não resistirem às infecções, a fome, e por não terem a luz do sol. Já haviam se passado alguns ciclos solares desde o julgamento de ambos. Vitryoh estava em uma cela juntamente com mais cinco prisioneiros, as celas eram largas de modo que coubessem ate cinco pessoas.

_ Prisioneiro Vitryoh você tem visitas - Chamou um guarda vigia que estava responsável pelos presos. Vitryoh estava recostado na parede da cela com as pernas recolhidas abraçando-as com os seus braços, sobre um pano sujo e aos esfarrapo. Quando ouviu o seu nome imediatamente ergueu sua cabeça, seu olhar estava fundo e abaixo dos olhos se podiam ver as marcas da insônia. Sua pele poderia estar mais pálida se não fosse à crosta de sujeira que a deixava em um tom mais escuro. Vitryoh estava mal alimentado, estava sujo e não dormia a dias, porem ele ainda refletia um reflexo de guerreiro em seu olhar, um olhar firme e desafiador. Por estar em péssimas condições de alimentação, sua estrutura estava mais reduzido, o que indicava uma perda brusca no peso. - Siga-me.

O guarda atou as mãos do prisioneiro e o levou ate uma sala reservada no final de um grande corredor no pavimento acima das celas. Vitryoh não entedia o que poderia acontecer, ele sabia que oficias condenados com crimes como violação de leis eram considerados como traidores, e não eram bem aceitos nas masmorras e em nenhuma parte do reino. Além do mais ele também havia sido condenado pelo sumiço de mais dois oficiais da guarda celestial. Uma torrente de pensamentos cercava a sua mente, ele já estava temendo o pior. Sabia que poderia voltar para a sua cela desacordado ou ate mesmo faltando membros do seu corpo e que a visita era apenas uma desculpa para não deixa-lo desconfiado e não ficasse na defensiva.

Após alguns minutos andando, eles passaram pelo corredor e chegaram a uma pequena sala, onde havia uma janela esguia que mal dava para passar a cabeça, se não fossem as tochas acesas e suspensas nas paredes a janela seria a única responsável a iluminar o pequeno cômodo. O guarda deixou que Vitryoh entrasse sozinho na sala, em seguida sem na da há dizer ele fecha a porta do cômodo e o deixa a sós. Vitryoh já estava se preparando para um ataque coletivo surgindo da porta, ele estava pensando em resistir e se defender dos golpes, mas concluiu que talvez a sua resistência pudesse deixar os agressores ainda mais irritados, a única opção era deixar que o batessem a te se cansarem.

Ele controlou sua respiração, e os batimentos cardíacos, deixou seu corpo relaxar. Ate de repente as tochas acesas penduradas nas paredes se apagaram deixando a escuridão tomasse conta do cômodo à única luz agora estava entrando pela pequena janela. Vitryoh pensou que agora o ataque seria nas escuras para que ele não soubesse de onde vinha e não pudesse se defender. A porta se abriu repentinamente, Vitryoh encolheu seu corpo protegendo a cabeça com os braços, esperou socos e ponta pés, entre tanto nada aconteceu. Ele ergueu a sua cabeça e uma figura que usava uma capa escura que lhe escondia o rosto e o corpo, era iluminado pela luz que passava através da porta aberta que vinha das tochas do corredor. Então a porta se fechou novamente e a escuridão se instalou outra vez.

_ Como tem sido pra você estar aqui General Vitryoh? - Perguntou o ser caminhando na direção do prisioneiro e parando em sua frente.

_ Não sou mais General. - Redarguiu Vitryoh com um bolo em sua garganta.

_ Isso é o que acontece com quem traia sua pátria, traição é um pecado mortal contra seu povo e seu senhor. - Replicou o ser usando um tom sombrio na sua voz.

_ O que você quer de mim, já não ver que estou pagando pelos meus erros?

_ Você sente falta da sua esposa Vitry... - Provocou o visitante fazendo Vitryoh engolir em seco ao relembra-lo do apelido que sua esposa o chamava.

_ O que você fez com a Garyah. Se fizer alguma coisa contra ela eu juro que...

_ Acho que você não esta em posições para fazer ameaças. - Interrompeu o ser - Ela esta bem, esta recebendo bons cuidados. O que eu quero de você é que se lembre de tudo, quero saber os detalhes do que exatamente você fez e viu em Mokrarrah.

_ Mas eu não me lembro de nada, eu não consigo...

_ Apenas tente - Ordenou o ser por trás da capa com uma voz sombria.

_ Tudo que eu lembro foi de ter seguido um caminho entre uma floresta e depois avistei uma grande fortaleza, os oficiais estavam querendo voltar, mas já tínhamos ido ali e não valia apena voltar. Então ordenei que entrassem comigo por uma passagem entre uma fenda que tinha na muralha. Passamos por um vasto pátio e entramos em um grande salão era pouco iluminado não dava pra ver muita coisa ate que... Ate que... Eu... Eu não consigo me lembrar, parece que fomos emboscados e... Eu não tenho certeza.

_ Deixe-me ajuda-lo - O ser sombrio avançou para ciam de Vitryoh, com a mão esquerda o ser forçou que o prisioneiro se ajoelhasse e com a mão direita ele forçou a cabeça dele para traz, de modo que a ponta do polegar pressionasse o centro da testa. Usando suas habilidades, o ser vasculhou a mente de e a memoria de Vitryoh. Cada cena, imagem e pensamento foram visitados pelo ser. - Sinto muito meu caro Vitryoh, mas não posso deixar que você ficasse com essas memorias, a qualquer momento ela poderiam vis à tona. - Completou o ser apagando a memoria do prisioneiro deixando-o cair no chão com os olhos arregalados e a boca salivando no chão.

Oser ergueu os dedos, e com apenas esse gesto ele reacendeu as tochas nasparedes da sala. Com uma ultima olhada no prisioneiro no chão, o ser se virasobre os calcanhares e passa pela porta.

Ate a próxima viajem...

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⏰ Última atualização: Dec 14, 2020 ⏰

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