Quinta-feira
― Por que você está tentando me acordar? ― Donna fingiu reclamar, ainda com voz de sono.
― É um ótimo jeito de ser acordada, não minta para mim. ― Harvey voltou a dar leves beijos no pescoço dela.
― Me deixe dormir mais cinco minutos, ok? ― Ela resmungou. — Mas você pode continuar... — Donna riu baixo se aconchegando no corpo dele.
― O café vai esfriar... ― Harvey deslizava seus dedos suavemente pelo braço de Donna. ― E a omelete...
― I'm listening... ― Donna virou-se imediatamente para ele.
Harvey apenas assentiu e via um sorriso se formando no rosto de Donna.
― Okay. Vamos levantar. ― Donna começou a se mover, mas sentiu Harvey a impedindo.
― O chef não vai ganhar nem um beijo de bom dia? ― Harvey fingiu estar indignado.
― Preciso provar o prato primeiro.
― Really? Até mesmo depois da minha vitória ontem à noite?
― Não. ― Ela riu. ― Come here. ― Donna segurou o rosto dele e acariciou. Em seguida, o beijou. ― Mas agora, vamos comer!
Harvey a guiava pelo apartamento chegando à varanda, onde havia uma mesa arrumada e farta para o café da manhã.
― Você está tentando me fazer engordar?
― É o último café da manhã da minha hóspede. Preciso impressioná-la para que ela volte mais vezes.
― Bem... Você está conseguindo... Na verdade, não esperava menos. — Donna deu de ombros.
― Oh yeah? Vamos melhorar isso. ― Harvey puxou a cadeira para ela sentar. ― Por favor, senhorita Paulsen. Sente-se. Posso servir algo a mais?
― Sua companhia está de bom tamanho. ― Donna riu. ― Eu vou voltar, Harvey. Gostei bastante do atendimento do hotel. ― Ela brincou.
Os dois tomaram café e em seguida, tiraram a mesa.
― A louça é sua. ― Donna disse.
― Mas eu fiz o café! ― Harvey protestou na mesma hora.
— Lembra-se de ontem? Você disse que iria lavar. Também quer que eu mude a avaliação do hotel? ― Donna encostou-se na bancada e o encarava com os braços cruzados. ― Vou diminuir para quatro estrelas!
― Me alcança o detergente, por favor. ― Harvey riu.
Donna sentou na bancada onde estava encostada, observando Harvey lavar a louça.
― A frigideira é por último. ― Ela se intrometeu.
― Por quê?
― Porque está cheia de óleo!
Harvey revirou os olhos. Em seguida pegou um dos pratos.
― Primeiro as xícaras, Harvey! ― Ela balançava a cabeça em negação. — É por isso que a louça não parecia estar tão limpa da vez passada que você lavou. — Donna fez uma expressão de nojo.
― Primeiro você fica me distraindo sentada com essa camisola enquanto eu tenho que lavar a louça. ― Ele parou o que estava fazendo. ― Segundo, você fica querendo me dizer como é para fazer! Quer lavar logo?
― Eu sou apenas a hóspede. ― Donna riu e ergueu as duas mãos.
― Roommate. ― Harvey a corrigiu. ― Cadê o trabalho em equipe?