Ao chegarem em Coney Island, Harvey insistiu que ela dirigisse até encontrarem um estacionamento fechado.
― Viu, nenhum arranhãozinho. ― Donna jogou a chave do carro para ele.
― Por algum milagre pelo drift que você fez na entrada desse estacionamento e no da lanchonete. ― Ele fingiu estar bravo.
Os dois começaram a andar pelo calçadão na beira da praia. Donna avistou uma loja que vendia alguns chapéus e arrastou Harvey para dentro.
― Esse ou esse? ― Ela colocou um, em seguida o outro e fez uma pose. ― Harvey!
― Sorry. ― Ele tirou o boné que estava experimentando no espelho e virou-se para ela.
― Você vai comprar um boné? ― Donna perguntou extremamente surpresa.
― Claro. Olha esse sol!
― Então escolhe esse. ― Donna pegou um dos bonés que ele estava experimentando e colocou na cabeça dele.
― E você escolhe esse chapéu. ― Harvey pegou o chapéu da mão dela e fez o mesmo.
― Nós poderíamos ir naquele parque ali na frente. Sentar um pouco e fugir desse sol. ― Donna sugeriu quando voltaram a caminhar.
― É uma boa ideia. E depois nós vamos até ao parque de diversões.
― Você ainda não desistiu?
― Será divertido. E você prometeu.
― Damn it, Donna. ― Ela murmurou para si mesma fazendo Harvey rir.
Ao chegarem ao parque, começavam a procurar uma sombra até que Harvey avistou um vendedor de sorvete.
― Donna, você quer? ― Ele apontou na direção onde estava o homem. ― Não é um Chunky Monkey...
― Eu quero. Obrigada, Harvey.
Donna e Harvey pediram duas casquinhas, uma de chocolate e outra de baunilha. Voltaram a procurar por uma sombra e um pouco depois, enquanto andavam tomando sorvete, encontraram um banco embaixo de uma árvore.
― Preciso admitir que isso é relaxante. ― Harvey disse ao roubar com a colher um pouco do sorvete de baunilha que Donna tomava.
― Melhor que passar o domingo no escritório, certo? ― Ela também roubou o sorvete dele.
Harvey assentiu e sorriu para ela. Passaram algum tempo ali conversando naturalmente. Donna sentia-se melhor pela situação constrangedora da manhã parecer ter sido esquecida.
Após a conversa, Harvey a convenceu ir ao parque de diversões. Foram em diversos brinquedos e no final do dia, entravam na roda gigante.
― Ok, Harvey. Esse é o último. ― Ela entrou e se ajeitou na cabine.
― Já é fim de tarde mesmo.
Quando a roda começou a se movimentar, Donna se distraiu com a vista do mar a sua frente. Harvey percebendo que ela parecia distante, decidiu que iria assustá-la.
— Bu! — Harvey falou alto, segurando nos dois braços dela por trás e a empurrou para frente, sem soltá-la.
— Harvey! — Donna deu um grito. — Eu vou te matar! — Ela o empurrou para o outro lado do banco.
— Desculpa, eu não consegui evitar. — Harvey tentava segurar o riso, mas não conseguia.
— Eu deveria era jogar você daqui! — Donna tentava parecer séria, porém com a risada de Harvey era impossível.