Os Dez Estranhos

Capítulo 7 - Juntos Até O Fim

     – Ai meu Deus! - disse Blake. – Isso não pode ser real! Isso não pode estar acontecendo!
     – Isso é horrível. - disse Ben. – É extremamente horrível.
     – É desumano! - disse Liam.
     – Espera... - disse Jenna. – Tem alguma coisa escrita no braço da Kaitlyn.
     – É verdade. - disse Nikki. – E na testa do Luke também.
     – Assim como na perna da Sophie. - disse Jack.

     Jenna estava se aproximando dos corpos para ler o que estava escrito neles, quando um barulho surgiu do andar debaixo.

     – É ele!!! - disse Liam, que em seguida correu para tentar capturá-lo.

     Os demais desceram logo em seguida.

     Liam chegou na sala mas não viu ninguém. O assassino havia fugido pela janela que estava quebrada.

     – Cadê ele? - perguntou Ben.
     – Ele fugiu. - respondeu Liam.
     –  Mas que merda! - disse Jack, dando um chute na parte debaixo do sofá.
     – O que a gente vai fazer agora? - perguntou Blake.
     – Ficar aqui e nos proteger. - disse Jenna.
     – Ela tem razão! - falou Liam. – A melhor coisa que podemos fazer é ficarmos juntos e nos protegermos. Além do mais, esse assassino vai aparecer de novo. E nós temos que estar preparados para detê-lo.
     – Olha pessoal, eu não sei vocês, mas eu preciso beber. - disse Ben.
     – O quê? - perguntou Jenna. – Você está falando sério? Tem um assassino atrás da gente e você está pensando em beber?
     – Olha, quando eu fico estressado ou preocupado com alguma coisa, é isso que eu faço. Eu bebo! Eu bebo para esquecer os problemas e me acalmar.
     – Você é inacreditável! - disse Jenna.
     – Que seja! Mas eu vou beber sim e ponto final.

     Ben foi até a cozinha e tomou uma latinha de cerveja que estava na geladeira.

              5 MESES ATRÁS...

     Ben estava na cozinha do restaurante onde ele era o cozinheiro chefe, o Paraíso da Comida.

     Após quatro meses parado para obras, o restaurante finalmente estava pronto para a sua reinauguração.

     Ben estava preparando os pratos que seriam servidos no cardápio da grande noite de reinauguração do restaurante.

     – E aí cara! Muito animado para a nossa reinauguração essa noite? - perguntou Travis, companheiro de Ben na cozinha.
     – Nem me fala! Eu tô animadasso! Eu já não aguentava mais ficar longe dessa cozinha.
     – Eu também, cara. E então, como tem sido lá na reabilitação? Você ainda tem ido, né?
     – Claro! Claro que sim! Eu não perco uma reunião. O pessoal é muito bacana lá!
     – Que bom! Fico feliz que você esteja se dando bem lá. Bom, agora eu vou me trocar porque a gente tem muito trabalho a fazer.
     – E põe trabalho nisso!
     – Até daqui à pouco então!
     – Até!

     Assim que Travis se retirou, o celular de Ben apitou. Era uma mensagem que havia chegado.
  
     "E aí, Ben! Como vai? Olha, já fazem semanas que você não aparece aqui nas reuniões. Estamos todos muito preocupados. Você não voltou a beber, não é? Bom, esperamos que não! Manda notícias e vê se aparece por aqui. Abraços!"

     Assim que leu a mensagem, Ben guardou o celular no bolso e ficou observando uma garrafa de cerveja que ele escondeu embaixo do seu balcão.

     Quatro horas haviam se passado. Já era noite. O Paraíso da Comida estava há poucos minutos de reinaugurar.

     O chileno Martín Tréllez, o dono do restaurante, foi até a cozinha checar como estavam os preparativos.