DE VOLTA AS AULAS ( 35 )

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Helena:

Eu não esperava que Lycan fosse jogar uma bomba dessas pra cima de mim, eu confesso que eu gosto muito dele mais eu não sei se chega a tanto, pra falar a verdade eu nem sei oque é o amor. O amor que eu sei é oque eu sinto pela minha mãe, por Anne, Jhon e Richard, pela tia Marta - mãe de Anne - agora eu não faço ideia de como é o amor de uma mulher para um homem ou vice versa, eu acho que Lycan percebeu a minha cara de surpresa porque ele sorriu e me deu um selinho demorado, quando ele se afastou eu tentei falar alguma coisa mais ele me impediu, colocando o indicador na frente dos meus lábios.

__ Shh. Eu sei que você tá confusa com tudo isso e... - ele soltou um suspiro longo - não precisa responder nada agora, por hora só basta você saber que eu te amo muito, com toda a minha vida.

Mas toda a vida é muita coisa, eu fiquei meio estática, é incrível como eu não preciso usar palavras pra que Lycan me entenda e saiba oque eu estou pensando, como ele mesmo disse na musica, eu entendo ele com um olhar, assim como ele também me entende. Eu não falei nada, só retribui o sorriso dele e puxei ele pela barriga, até seu corpo encontrar com o meu. Eu subi uma mão pelas costas dele até chegar ao pescoço, enquanto a outra mão permanecia na barriga dele, já Lycan, passou uma mão pela minha cintura e a outra puxou a minha cabeça de encontro com a dele até nossos lábios se tocarem.

Eu senti que naquele beijo Lycan queria demonstrar todo o amor que ele disse a momentos atrás sentir por mim, e confesso que ele conseguiu, talvez até mais do que ele queria. Eu me senti a pessoa mais amada e desejada do mundo com um simples beijo, Lycan tem esse poder sobre mim, ele me faz querer ser uma pessoa melhor com um simples olhar, e o beijo dele sempre me deixa nas nuvens, independente da intensidade. E através desse beijo calmo, lento e carinhoso eu tive a certeza absoluta de que as palavras que ele disse são verdadeiras, ele conseguiu provar todo o amor que sente por mim com esse simples beijo, não precisou de atitudes, nem de palavras, apenas do tocar dos lábios dele nos meus.

Eu senti falta de ar e Lycan com muito custo, se afastou de mim com um sorriso enorme brincando nos lábios, que estavam um pouco inchados pelo beijo, ele me deu um último selinho e foi embora, assim, sem dizer nada, e eu só observei enquanto o carro dele dobrava a esquina da minha casa, quando eu não pude mais acompanhar ele com meus olhos eu entrei dentro de casa, e fechei a porta com cuidado.

__ Mãee ?

chamei a dona Julieta que disse que ia estar me esperando para o jantar e segui pra cozinha, ela não estava lá, então eu fui pra sala que estava com barulho de televisão.

Minha mãe estava lá, sentada e dormindo enrolada em um edredom meu, eu sorri com a visão, minha mãe parecia extremamente cansada, desde a hora que ela foi me buscar no aeroporto até agora, eu coloquei as pernas dela em cima do sofá com cuidado pra ela não acordar e deitei a cabeça dela em cima de uma almofada que estava jogada no chão, arrumei o edredom pelo seu corpo e desliguei a televisão. Minha mãe precisa desse descanso, parece que tem dias que ela não dorme bem, depois eu subi as escadas que levam pro meu quarto, ajeitei minha cama e dormi, sonhando com um vampiro e um lobisomem me cercando em uma floresta.

Acordei no outro dia com um par de olhos verdes me observando, eu sorri e dei um abraço apertado na minha mãe, que agora parecia estar muito mais descansada do que ontem.

__ Bom dia... Dormiu bem ? - eu perguntei pra ela enquanto me afastava pra observar o seu rosto.

__ Como um bebê - ela falou e sorriu - me desculpe por não jantar com você ontem minha filha... Eu acabei dormindo sem nem perceber, e nem a janta eu fiz. - eu fiz um carinho nas bochechas dela com meu polegar.

__ Tudo bem... Você precisava desse descanso mesmo, e eu nem estava com fome - minha mãe sorriu sem mostrar os dentes.

__ Bom, agora que a senhorita voltou, pode ir se arrumando pra ir pra escola, aproveita que hoje eu tô de folga e vou te dar uma carona, assim você se livra de ter que ir com Anne no Alfredo - eu gargalhei.

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