Capítulo 3

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Capítulo três

Eu estava voltando para casa.

Ou pelo menos para o lugar em que eu chamava de lar, à pouco mais de dois anos e meio.

Havia pegado o ônibus até o apartamento, que ficava em uma região urbanizada, perto do Centro de Wahtadre, eu parecia um robô, me movendo maquinamente, por todo o percurso, eu simplesmente não conseguia soltar os testes de gravides, não me importando pelo o que meus vizinhos fossem pensar, afinal, isso importava agora? Tinha problemas muito maiores que me preocupar com os idiotas fofoqueiros.

- Menina, Liane! - Ouvi me chamar, quando estava prestes a passar pela portaria do prédio, olhei em volta, e gemi, em pânico, a vizinha do 17, com seus enormes bobes na cabeça, e o vestido florido, cobrindo o enorme corpanzil, vinha em minha direção, com passos pesados é firmes, ela não poderia perder a novíssima fofoca.

Esqueça o que disse, sobre não ligar para fofocas, A mulher que vinha em minha direção,  era terrível com sua língua afiada, o que ela não sabia, inventava, e sempre, de uma maneira pior que a outra.

- Há! Bom dia Sra. Carmen! - Virei as costas para à mulher, é corri para o elevador, péssima idéia, Deveria ter ido de escadas. A odiosa senhora, simplesmente me seguiu, se enfiando no elevador comigo.  

- Então garota Liane, isso são testes de gravides? - A mulher perguntou, curiosa, apontando para os bastões, presos pela minha mão.

- Isso? - Perguntei à enrolando, por que o elevador era  tão devagar? - São... Palitos! Isso! Palitos para comer comida japonesa! - dei uma risada sem graça, tentando disfarçar o rubor em meu rosto, e a tremedeira em minha voz. - Adoro sushi, sabe?

A Sra. Carmen, me olhou descrente, afiando o olhar.

- Isso não parece palitos de comida japonesa! Com certeza não! - Afirmou para si mesma. - Está grávida menina Liane... Ou Jenna? - A mulher perguntou com os olhos brilhando.
Ela, tinha como hobbie infernizar a vida de Jenna, é se não conseguisse, infernizava à minha.

- Hô não! - Eu ri, um riso sofrido.- É à tecnologia! à evolução! agora os palitos japoneses modernos são assim! Práticos é econômicos! - Dei um sorriso aberto para a fofoqueira, enquanto sai do elevador, que acabará de abrir, alíviada, enquanto ouvi a mulher gritar atrás de mim;

- Não esqueça de ser educada e me mandar sushi!- Ela disse, pousando a mão na barriga Grande é mole, enquanto as portas do elevador fechava.

- Pode deixar! - Gritei sobre os ombros, prometendo algo que nunca ia chegar. Sushi, de onde eu tirara isso? Eu nem sequer sabia o nome dos palitos japoneses para inventar uma mentira convincente. Pelo menos eu não virara uma cleptomaníaca mentirosa.

Entrei no apartamento, que eu dividia com Jenna, o lugar não era luxuoso, longe disso, mas com suas paredes salmão e os móveis simples, era bem acolhedor, o que bastava para mim. Tranquei a porta, é me joguei no sofa, ainda era incapaz de largar os malditos testes, eu intercalava os olhares entre, minha barriga é os bastões, Eu não tivera coragem de os usar ainda, tudo parecia ser somente um sonho louco, e se fosse, eu queria acordar de vez, daquele pesadelo.
Engolindo em seco, eu levantei e fui no banheiro, aproveitado que eu estava apertada, de novo, Para fazer xixi. Fiz o que tinha que fazer, e deixei eles em cima da pia, aguardando os cinco minutos, que estava escrito no manual, para esperar. Não aguentado de ansiedade, eu levantei é fui na cozinha, para beber uma água com sal, a ansiedade estava afetando à minha pressão, já que eu sentia que ia desmaiar à qualquer momento...

A Mulher do AlphaOnde histórias criam vida. Descubra agora