I - PASSAGEM DE TEMPO

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Olha eu aqui de novo... fez tanto sucesso que estou colocando a continuação, temos um cronograma, aguardem cada dia e nos daremos super bem. kkkkk Espero que gostem como gostaram no Livro I. Nos vemos por aí... qualquer dúvida podem me chamar.... Bjussss

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Anne estava ofegante, o suor escorria por sua testa indo para o seu pescoço, aquele fora um dia terrível, começou na madrugada, desde que Sam saiu de casa.

- Sua desgraçada, imbecil, filha da mãe. _ A loira batia com os punhos no peito da ruiva, essa que não dizia nada, apenas recebia os golpes da esposa, sabendo que merecia. – Porque você fez isso? Eu... Eu... Filha de uma puta.

As lágrimas escorriam pelos olhos da legista, mostrando o quanto ela estava desesperada, nem conseguia pensar na possibilidade de ficar sem a mulher que ama, a cada dia ficava mais difícil, mais insuportável, no entanto conhecia Samanta, uma hora ou outra ela faria aquilo, era de sua natureza, Anne só podia esperar que a agente voltasse para casa.

- Eu te odeio.

Os golpes foram ficando mais fracos, a loira já não tinha mais forças, por isso a ruiva a puxou para perto e abraçou seu corpo com muita força. Ainda usava a mesma roupa que saiu naquela madrugada, ainda estava com cheiro de "perigo".

- Shiii, você não me odeia, eu estou aqui.

- Você podia... Você... _ Anne soluçava, ela mal conseguia falar alguma coisa.

- Amor, eu estou bem, eu voltei, eu sempre volto.

Anne molhava a camisa preta da esposa com suas lágrimas, tentando voltar ao controle, só então se deu conta disso, que sua mulher estava ali, estava viva, contra seu corpo, com o coração batendo.

- Eu fiquei com tanto medo, tanto.

- Eu estou aqui, eu prometi que sempre voltaria.

A loira se afasta um pouco apenas para ver a mulher por completo, suas roupas negras, jaqueta, cachos vermelhos amarrados em um rabo de cavalo, calça justa, botas. Sua mulher, sua esposa.

- Eu estou bem.

- Pare de falar isso. Que droga, porque você fez aquilo? Porque você...

- Anne, esse é o meu trabalho. _ Elas se encaram intensamente.

- Seu trabalho uma merda, seu trabalho não é entrar no meio de um tiroteio.

- Querida, esse é o meu trabalho, aquelas pessoas estavam em perigo, é o meu trabalho.

Anne respira fundo e entende que nada que falasse mudaria a essência da esposa, na verdade nem queria, mas tudo era muito complicado levando em conta que poderia perder a mulher que ama. Era sempre assim, quando Samanta saía em missão, em ação, colocando sua vida em risco, pois ela tinha um lado heroico que nunca abandonava, para salva terceiros.

A legista sai de perto da ruiva e vira de costa, se apoiando na janela, observando através do vidro no grande prédio onde residiam faziam três anos, desde que se casaram e vieram morar em Los Angeles, ambas trabalhavam para o FBI, não foi difícil para Anne conseguir isso, estavam bem, viviam em harmonia, apesar da loira sentir saudade dos pais e amigos.

- Você poderia ter morrido.

- Eu não morri.

A legista suspira ainda sem olhar de novo para a esposa. Samanta sabia que a mulher ficava preocupada, apesar de que já deveria ter se acostumado, o fato é que ela vinha mudando de humor muito nos últimos dias, o seu desespero apesar de compreensível era exagerado ao momento, visto que fora apenas uma ação de resgate programada. Anne nunca agiu dessa forma, com essa alta preocupação.

Sobrevivendo ao prazer - Família (Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora