V - Reencontro

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Anne estava nervosa, afinal sua mãe teria uma grande surpresa, mais do que simplesmente a volta das duas. Se partir já foi complicado, imagina então voltar e com um filho a caminho, aquilo seria muita informação para o pobre coraçãozinho da senhora Simons.

- Está bem? _ A ruiva pergunta ao olhar para o lado e ver a esposa com a mão sobre a barriga, aquilo se tornou um ato natural para a loira desde que descobriu estar grávida.

- Sim, só nervosa.

- Não se preocupe, querida, seus pais te amam, o fato de estar grávida os deixará muito felizes, sempre nos cobraram isso, chegou a hora de satisfazê-los igual estamos. _ Anne acaba sorrindo ao escutar a esposa, recebendo um selinho de volta. – Vamos?

A loira concorda, estavam dentro do carro em frente à casa dos seus pais. Ambas saem e dão as mãos. Tocam a campainha e não demora para a governanta atender a porta, lhes oferecendo um lindo sorriso de boas-vindas.

- Menina Anne, quanto tempo. _ A senhora abraça a legista e depois sua esposa.

- Também estava com saudades, meus pais estão?

- Ah, eles estão no escritório.

- Certo, vamos lá.

Anne segurou de novo a mão da esposa e puxou para a entrada do escritório, se entreolharam e sorriram, abrindo a porta ao mesmo tempo.

- Surpresa!

Depois que abriram, tiveram a certeza de que prefeririam não ter feito isso. A cena não foi nada agradável, principalmente para Anne.

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A garota estava sentada na beirada da sua cama, segurando a foto de uma mulher, a mulher que não chegou a conhecer, mas com certeza fazia falta. Estava tão distraída que nem percebeu sua porta sendo batida. Ela mora em um apartamento classe média, presente da mulher antes de morrer, coisa que descobriu há alguns anos, mas agora era a única lembrança junto com aquela foto. Deixou a fotografia na gaveta e foi até a porta, antes mesmo de poder dizer algo ao abrir, tem seu corpo sendo puxado com força contra o da outra pessoa, sorrindo contra o beijo.

- Senti sua falta.

- Não mais que eu, princesa. _ A outra pessoa disse.

Elas se beijam de novo, a pequena legista fecha a porta com o pé e tem seu corpo sendo puxado para cima, rodando as pernas da cintura da outra pessoa.

- Tão cheirosa. _ A mulher disse ao andar pelo local, segurando firmemente o corpo da garota.

- Você demorou muito.

- Princesa, você sabe que eu estava trabalhando, mas não se preocupe, dessa vez não vou demorar tanto, acho que vou morar em Miami. _ A garota se afasta e encara a outra pessoa.

- Morar em Miami?

- Sim, vou ser transferida, quer dizer, já fui, estou oficialmente trabalhando em Miami.

- Oh, merda, isso é tão bom de ouvir, meu Deus! _ A menor beija de novo a outra pessoa que logo chegou ao quarto, deitando o corpo pequeno na cama, se pondo em cima.

- Tão linda. _ A maior disse ao observar o corpo maravilhoso da garota, sabendo que era sua, apenas sua. – E minha.

- Sim, só sua.

As duas sorriram e logo tem os lábios mais uma vez conectados, além de saudade, tinham que comemorar a novidade, elas sabiam fazer isso muito bem de uma forma prazerosa.

Sobrevivendo ao prazer - Família (Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora