Poemas

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Hora a hora, minuto a minuto, segundo a segundo
Ninguém sabe pelo que estou a passar
Ninguém sabe o que eu estou pensando
Mas então, quem sou eu, para estar a pensar
Cortar, sangrar, esperar, respirar e voltar
São estes meus preciosos passos, para acalmar
Fingindo sorrisos para não preocupar
Sempre com desejo, de nunca mais voltar a despertar
Dos meus cortes, sangue escorre
E assim percorre
Caindo no chão
Parecendo meu coração
Frágil e pequeno
Gritando comigo
Quer ser meu amigo
Mas para mim ele já morreu
Mas ele ainda não percebeu
Ele continua lutando
Uma luta em vão
Cheia de ódio, dor e desilusão
E eu cortando
Para minha mente aliviar
Porque sei que não voltarei a amar

      


Eu me automutilo
Arrancando a carne
As veias e o coração
Já não sei mais nada
O que quero
Ou pra aonde vou
Mas eu vou
Arrancando a própria carne
De tristeza e rancor
Me levaram o que eu tinha
Agora leve a alma
Pois já se foi o meu amor
Não vejo sentido
Em ter o resto
Estou me automutilando
Não quero carne,
Nem vida sem amor
Pois só o que sei
É que você se foi.


Quero morrer, não aguento mais viver assim
Vou-me matando aos poucos
Quero que a minha morte seja rápida, não aguento sofer tanto...
Quero libertar toda a dor dentro de mim
Quero expulsar de mim todo o mal
Tento que a minha dor exterior abale, abale tudo o que eu sinto no interior...
Digo tudo pois no meu interior só á sofirmento, quero ser feliz
Quero morrer...
Mais nada a dizer...


Eu pego a minha faca
E começo a cortar
A minha própria carne
P’ra eu mesmo devorar.
Com a faca eu me corto
Até que o sangue flua;
Eu corto a minha carne
E como mesmo crua.
A muitos, isso é mórbido,
Mas para mim é mágica:
Eu como a minha carne
Com gula antropofágica.

Automutilação E Depressão. Onde histórias criam vida. Descubra agora