Capítulo-《 Dois》

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Comecei primeiro a limpar o chão e colocar as coisas nos seus devidos lugares com cautela por ser a maioria de vidro.

Me inclinava para o lado e pro outro, descendo e subindo a pequena escada arrumando em ordem algumas coisas de grande valor na estante. Desço ao terminar e após ver que faltava pouco para acabar, ando pegando os produtos de limpeza e indo em direção ao banheiro.

Ao adentrar o banheiro luxuoso daquele quarto fico um momento a observar. Tudo era lindo, até mesmo aquele banheiro que parecia ter mais coisas caras que meu pobre apartamento.

Deixo o balde no chão ficando com as mãos livres e tiro do bolso da calça meu celular ao sentir o mesmo vibrar, uma mensagem de Viollet aparece na tela de bloqueio, deslizo a mensagem para o lado sumindo de vista da tela. Não estava com tempo suficiente para responde-la agora.

Ao colocar o aparelho no canto da pia, de relance vejo o mesmo quase cair me fazendo rapidamente tentar pega-lo e logo uma tentativa falha pois vejo meu celular bater em minha mão e saltar para dentro do vaso sanitário. "Droga." Arregalo os olhos vendo o mesmo afundar na água. Rapidamente coloco minha luva de plástico que estava à usar para limpar as coisas, e levo minha mão para dentro pegando o celular e correndo seca-lo com o papel higiênico que não estava ajudando muito.

- Ah não! Droga, droga...!!

Tento ligar o mesmo mas parecia que não adiantava pois ele havia parado de funcionar de vez. Xingo baixo vários palavrões que me viam a cabeça e que expressava a raiva que estava sentindo. "Ah claro, porque não perder um celular que acabou de comprar, não é Amy?!". Suspiro me encostando na parede enquanto olhava para o aparelho em minhas mãos.

- Porque eu tenho que ser tão azarada? - Digo baixo para mim mesma enquanto revirava os olhos.

Volto a guardar o celular no bolso do uniforme ridículo que era obrigada a usar. Já estava me preparando para voltar e pegar os produtos novamente quando ouço o trinco da porta e a mesma se destrancar. Imediatamente guardo tudo de volta no balde e me viro para abrir a porta do banheiro. Tento abrir a mesma mais de jeito algum ela abria. "Mais o que está acontecendo comigo hoje?" Fico apertando a maçaneta dourada tentando abrir, mas parecia estar emperrada. Ouço o rangido da porta e logo passos para dentro do cômodo.

E então naquele momento me odiei por ter deixado cair a minha única solução por água abaixo. Poderia ligar para Viollet que me tiraria dali, mas eu era azarada demais para dar tudo certo.

Barulhos de coisas caindo, vozes baixas e logo junto gemidos abafados. Não estava acreditando que estava presa no banheiro do homem mais falado do hotel enquanto o mesmo transava com uma garota no outro lado da porta.

Me sento no vaso pensando no que poderia fazer para não sair da li demitida. Eu não queria passar a noite no banheiro mesmo ele sendo melhor que minha sala de estar. Eu seria demitida na hora por atrapalhar a noite do homem mais abastado daquele lugar. "Resumindo, eu estava perdida!"

- Eu vou ser demitida, eu vou ser demitida...- Repetia diversas vezes para mim mesma.

Fico ali com as pernas bambas sem saída olhando para a porta apenas a escutar o barulho da diversão de ambos do outro lado.

Não podia ficar ali a noite inteira ouvindo aquilo. Me levantei me aproximando da porta já a segurar a maçaneta, antes de gira-la e pedir para que me tirassem dali, escuto a garota gritar, mas não era um grito de prazer, mais sim de dor. Me à susto e dou um passo para trás. Ela gritava parecendo tentar se soltar do homem. Passos rápidos indo para perto da porta de entrada e ser socada diversas vezes, e então um barulho maior invadiu meus ouvidos.

Um tiro foi disparado e no mesmo instante meu coração parou, prendi a respiração e um grito de minha parte saiu ecoando pelo local silencioso e rapidamente me pus a fechar a boca com as mãos.

Apenas o silêncio me causando ainda mais medo. Dou passos lentos para trás encostando na parede ainda com as mãos na boca sem acreditar no que poderia ter acontecido ao dispararem aquele tiro. Balanço a cabeça tentando fugir daqueles pensamentos ruins enquanto estava com os olhos fixados na porta.

Depois de um tempo em silêncio ouço passos pesados ficarem ainda mais próximo e então a maçaneta gira. Arregalo os olhos ainda calada apenas a observar o homem tentar abrir a porta. Ele parece perceber que estava trancada e começa a chutar a mesma com brutalidade. Pulo com o susto sentido o medo tomar conta de mim e junto o desespero.

Cada batida que ele dava na porta meu coração pulava e me pressionava ainda mais na parede.

E então, aporta se abre e por ali entra o homem. Seus olhos castanhos encarou fixamente os meus e não se moveu. Os lábios numa linha séria, mas os olhos eram quentes e vivos. Ele estava imóvel parecendo me analisar. Desvio o olhar vendo sua mão segurando uma arma. Ele parece perceber minha atenção ao objeto e da um passo para frente. Seguro ainda mais a respiração vendo o homem se aproximar lentamente de mim.

Passo por ele correndo para o quarto em direção a porta, mas paro de correr ao ver o corpo da garota de aparecia jovem de apenas uns vinte e dois anos de idade, esparramada no chão com o buraco no meio da testa onde a bala avia acertado. Fico em choque na mesma hora sentindo o medo me dominar. Passo pelo corpo e sem pensar duas vezes começo a gritar por ajuda enquanto batia na porta, sabia que dava pro corredor, e se tivesse alguma pessoa passando por ele poderia me escutar. Parei por um segundo e então me lembrei..." uma vez passei por ele e achei um pouco exagerado os gritos, apenas disseram para que eu ficasse quieta e deixasse o homem aproveitar sua noite. "Quem berraria tanto só por um prazer? Sei que é bom para ambos, mais era realmente gritos exagerados para ser somente de prazeres." E então comecei a chutar e bater mais forte.

Sinto atrás de mim os braços do homem rodearem os meus e colar nossos corpos. Tento me desvencilhar dos braços do maior, mais quanto mais me debatia, mais ele me apertava contra si.

- Por favor me solte! - grito sentindo meus olhos começarem a lacrimejar e minha garganta falhar. - Por favor, eu não fiz nada, só me deixe ir, me deixe ir e não contarei nada, por favor!!

- Shh...Nao quero te machucar. - Ele diz em um tom baixo sem emoção enquanto passava a arma em minha coxa. - Você viu uma coisa, não posso deixa-la ir assim tão fácil. - Ele me vira me obrigando a encara-lo e aponta a arma para minha cabeça.

Meu corpo estremece por inteiro e uma lágrima desce pelo meu rosto.

E naquele instante com uma arma apontada para minha cabeça enquanto encarava aqueles olhos castanhos do moreno que possuía uma parte da maldade e do inferno, pude ter certeza que havia entrado e afundado em um abismo, um que não iria sair tão cedo.

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AHHHHHH O SEGUNDO CAPITULO CHEGOU QUEBRANDO TUDO!!!

ESPERO TEREM GOSTADO E POR FAVOR COMENTE OQUE ACHARAM, ISSO ME DEIXA MUITO FELIZ.

UHUUUUU DEMOREI UM POUCO E ME DESCULPEM PELO CAPITULO TÃO GRANDE.

COMENTE PFF EU ADORO A OPINIÃO DE VOCÊS.

OBRIGADA AMORES ♥♥♥

Daddy... - With pleasure baby girl. | Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora