Vivendo Umas Paranóia

Minha Noia

Eu sou uma pessoa sem experiência alguma. Uma garota de 15 anos sem qualquer experiência, nem pra trabalhar, nem para as coisas que mais aprecio. Eu nunca fui uma garota de sonhar muito, ter sonhos de ser médica veterinária, policial, atriz nada disso. Sempre vivi no meu próprio mundo. Sempre fui eu e eu, contra o mundo, por milhares de primos, familiares que eu tivesse por perto, sempre vive uma inocência minha sabe. Nunca fui uma criança curiosa demais pra certas coisas, eu sempre, até hoje, vivo, vivi, nem eu sei... Limitando tudo que eu gostaria de fazer. E contando que eu sempre fui apaixonada por frases como: "Não pense muito, viva", "A vida todos os dias, nos dar oportunidade para mudar", entre variadas frases que a mim, diz que devemos ir e ir, viver e não existir, sorrir em vez de chorar.

 Eu já tentei viver essas frases, essas citações. Depende do que é realmente tentar viver elas. Eu sou uma das pessoas que quer ser livre, mas parece que é sua própria prisão. Eu mudei de cidade, e se eu posso mudar? Sim, tenho que fazer novos amigos, posso mudar meu estilo, meu falar, meu agir... Mas como eu disse me prendo. Eu ultimamente uso muito a expressão "Fodasse", pra ver se muda algo. Talvez tenha mudado como irei saber? Não, sei. 

De volta e meia eu vivo, nos meus pensamentos. Pensamentos prisioneiros, pensamentos que não sabem voar, não sabem se libertar. Será eu mesma minha própria prisioneira? Será eu mesma minha própria barreira? Pode ser que sim. Eu acho que vivo num buraco sem fundo, do qual eu não consigo sair. Eu sou a folha que cai de uma árvore lentamente, que quando cai ao chão, seca. Eu sou a última gota d'água. Eu sou o vento que não sabe pra onde vai. Eu sou quem faz e desfaz a própria alegria. Eu sou a banco no meio do tempo onde ninguém quer se sentar.

Talvez eu seja um ser indefinível. Talvez eu seja um ser insignificante. Talvez eu seja... Quem vai dizer? Ninguém. Essa é uma parte da vida, da qual só eu sei que existe. Uma parte da vida da qual eu não queria passar. Eu queria voltar da onde eu nunca devia ter saído... Mas o ser humano é assim ele nunca ta satisfeita e à medida que ele quer ir, quer mudar, há tantos obstáculos, aprendizado, batalhas, mudanças... Nem todos dão de cara no chão, tem gente que com muito pouco aprende. E o tempo só é um, ou seja, não tem volta, se fez, está feito. Todo esse tempo se tornar algo insignificante, ou talvez tenha significado. Sei lá. Tudo foi jogado no lixo, ou não! Porque cabe á nós mudar o que vem a seguir.

Na minha vida muitos entram, mas sempre vão. E eu sempre estou sozinha, porque afinal somos um. Talvez seja coisa da minha cabeça. Será? Talvez!
Mas isso é algo que descobriremos ao longo dessa história...