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Não há nada de mais em desejar suas garotas em chamas, queimando em seu quintal, entre a churrasqueira quebrada e a bicicleta verde-limão.

As vezes é preciso matá-las, ou cada gota de álcool será inútil ao efeito dos cigarros. E ele quer continuar esquecendo e lembrando das coisas erradas, como sempre fez.

Sua mãe costumava dizer que não há como esquecer um amor de verdade. Talvez ela não tenha analisado ambos os lados. Se for mentira para um dos extremos, não haverá nada real no centro.

Assim vem sendo seus amores, desde os primórdios até o último caso. E a única cura... Não existia.

Sua saída, que ele vem construindo com as próprias mãos, é matá-las, todas elas, antes que o whisky não seja suficiente.

Amores MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora