O monstro.

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"Eu amo-te sem saber porquê nem quando nem de onde, amo simplesmente porque amo, sem complicações e complexidades. Tanto tempo só ate que te encontrei tamanha intimidade que somos um só, Tamanha intimidade que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão e quando fechas os olhos eu adormeço tanta intimidade que só um olhar diz tudo. Nunca te vi nem te conheço. Amo-te sem saber porquê nem quando nem de onde simplesmento amo porque amo."Ultima estrada, ultimo caminho e tem de seguido, não importa o que é derrubado a não ser o próprio falhado, dor, fama e agonia sem possiblidade da luz de um novo dia, o monstro da noite nasce de algo que podia ser emendado bastava ser alimentado. Agora só á um rota por onde andar a rota que muitos vocês tentam evitar, sem possiblidade de voltar a tentar deixo aqui esta nota de auto destruiçäo.Pelo caminho e sem olhar para trás conduz sem controlo numa estrada sem curvas, cruzamentos ou rotundas, uma estrada que vai sempre em frente que acaba numa parede vai se despenhar, não tem receio pois o que importa é deixar para trás tudo o que o levou a pegar no volante, o sol adormece e começa a anoitecer a estrada escurece e ele deixa por onde ver fica tudo escuro por horas fica assim será que o sol acabou por morrer? Ou será que a ele ninguém o quer ver.No escuro fica perdido e só com a estrada por seguir a única que o aceita, o monstro sabe que existem estradas melhores mas esta é a única que tem feito sentido, a rumo de um destino incerto, há um facho de luz que cada vez fica menor, ele carrega a dor com ele que o indica por caminhos errados, a dor aumenta tapando a visão cobrindo o pouco de luz existente a dor aumenta até o cegar, a dor aumenta até o dominar, a dor aumentar até ele se nela tornar.O carro avaria, sem transporte ele procura tudo o que pode dar jeito e ao mexer no porta luvas encontra um papel , um papel embrulhado o pensamento é vago com naquele dia, naquela estrada onde planeou não levar nada qual foi o motivo para ter levado o papel, com incerteza o papel foi aberto e o conteúdo era um poema bastou ler a primeira linha para se lembrar, o cair de uma lágrima e um sorriso esquecido uma lembrança que tudo estava perdido. "Eu amo-te sem saber porquê nem quando nem de onde, amo simplesmente porque amo." ele volta para trás com punho cerrado e mente fixa ele bate na janela e ela desce, soa e não sabe o que dizer espera pelo o quebrar do gelo ate que surge a pergunta " O que fazes aqui ?" o punho que anteriormente fechado agora abre, os dedos esticam ate não puderem mais e a mão cai sobre o pescoço dela uma luta acontece e só um é que permanece as portas abrem o "monstro" que tanto temia fez a sua abordagem.E a sua morte subiu-lhe à cabeça e que tamanha destreza, ao sentir o seu pescoço gelado nas suas mãos quentes, era só uma questão de tempo até o monstro dentro de si ser revelado, algo que partir daquele momento nunca mais seria amado, uma estrada que só um caminho tinha revelado, agora se tornara algo mais complicado, sem uma consciência para o guiar, ele simplesmente continua a andar numa estrada que por vários caminhos o pode o guiar.

Ficou sem nada, já nem existe estrada,ficou na escuridão, sozinho na solidão, As mãos que a mataram foram as mãos que o libertaram e as mãos que o condenaram, com pouca humanidade que em si restava ele fez a escolha acertada, por fim ao monstro. Ao sacar uma lamina do bolso ele acaba a historia cortando o próprio pescoço, no chão deitado e o seu sangue espalhado por ele cercado, os seus pecados na roupa manchados, ele adormece.

Mas não para sempre, numa sala ele acorda por alguns segundos e sem forças tudo escurece. Só, numa sala já curado, quanto tempo passara? no escuro vê um vulto uma pessoa que não dizia nada, uma pessoa que no escuro parecia não ter cara, ele não tenta comunicar apenas agradece e vai pela estrada. O monstro não morreu as vozes que o conduziram a matar não sossegam, sem a noção que as vozes são os seus próprios pensamentos culpava as mortes em vozes que o conduziam, mas por esta altura as "vozes" já não se calavam, consumido com a ideia de matar, a escuridão conduzia para a próxima vítima, quem não esperava nessa mesma estrada. Ele já não sentia, algo que uma vez humano agora apenas uma sombra, no escuro ele vagueia e por ti ele anseia. 

O monstro.Where stories live. Discover now