Capítulo 4

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Era o meu fim. E pensei comigo, "Se esse não estivesse sendo o pior dia da minha vida. . . seria o melhor dia da minha vida! " Dessa vez ele não se irritou com o comentário já que eu não falara, mas para a sua grande surpresa (penso que estava surpreso porque eu estava ) e com toda a energia de que dispunha no momento, abracada a ele, a lhe dizer a coisa mais absurda; "É realmente fascinante sofrer pelas suas mãos, Michael."

Esperei por algum tempo desejando lhe ouvir mas, nada. Quando finalmente escutei um longo suspiro, e um início de voz embarga, ele ja havia tido tempo o suficiente para para deixar suas marcas na minha pele, eu senti seus braços me apertando, e então fiquei ainda mais assustada.

"Me perdoe por isso, eu não queria. . . Oh, não! Não pode ser! Eu não devia ter vindo aqui!" E suas lágrimas, tantas. Eu me desvenciohei de seus braços, num rompante. Porque constatei subitamente, que no disernir da razão, ele era real de mais para ser uma ilusão.

"Oh, Michael. . ." Eu me ajoelhei diante dele aflita por compreender que por minha incredulidade ele sofria.

"Heather, por que está fazendo isso?" Ele segurou a minha mão.

"Meu anjo! Se. . . se ao menos eu tivesse tentado, abrir e fechar os olhos, apertando bem. . . Isso nunca teria acontecido. Eu jamais dúvidaria de você!" Eu comecei a chorar de desespero, Michael esticou novamente a mão tentando me afagar, mas eu recuei um pouco, para continuar a observa-lo,

"Você está. . . está vi. . . Me diz, como se sente?" eu consegui em fim lhe perguntar. Desejando mais do que tudo continuar a ouvir sua doce voz.

"Eu não sei!" Ele respondeu parecendo um pouco triste, "Era você quem escrevia o quê eu deveria, e como deveria me sentir, lembra?"

"Mas você pode fazer isso sozinho agora." Eu disse sorrindo em meio às lágrimas que já cessavam, "O que quiser."

"Eu queria que você me ensinasse então." Ele se levantou da cama.

"O que quiser", Eu repetia.

Assim ficamos um de frente para o outro, eu Abraçei carinhosamente o pescoço macio de Michael até que chegasse-mos ao fim do corredor que termiva em uma escada. Eu havia ganhado em fim, uma mais que esperada dança com o meu: Personagem/Fantasma/Cantor, Compositor, Dançarino, Coreógrafo, Poeta . . . Michael Jackson.

E "Oh!" Quem sabe porque nesse exato momento errei os passos e caímos no chão. . . Será porque Michael, muito além de um ser por mim idealizado, já não era também por mim influênciado? Ele ainda era tudo para mim mas, e eu? O que significava para ele?

"Eu não consigo ler a sua mente! " Constatei surpresa enquanto ele me ajudava a levantar, "Em que está pensando Michael?"
"Hã. . . Se você não sabe, então eu estou perdido!" Ele riu e me abraçou." Como isso deve ter lhe parecido absurdo", pensei. Mas, ai meu Deus, como pode ser? ! Ele está aqui comigo, e eu não sei o que fazer, e nem o que dizer! E tudo era tão simples antes na minha imaginação . . ."

Enquanto assim pensava, ergui os olhos em qualquer direção, e lá estava aquela garota de novo, com as mãos na sintura . Ao vê-la meu coração quase parou de angústia.

O mais curioso até então, era que eu não me recordava de tê-la descrito tão autoritária, Laene estava sempre nos dizendo o que fazer, "talvez o fim do seu problema", foi o que você pensou?

"Vem Michael - Não mesmo! - vem almoçar comigo!" Ela estendeu a mão na direção dele, mas sorrindo para mim, "Tenho certeza de que Heather vai querer tomar um banho mesmo, não é?" O que ela queria insinuar com aquilo, eu compreende até de mais. Refleti, com tudo, que era melhor concordar com aquele seu capricho, pelo menos no momento ou até que me fosse conveniente. Tentei desde já, e o mais sutilmente, sonda-la com relação ao nosso 'objeto' de desejo. Perssoadindo-me assim, de não perde-la de vista, e também não me demorar no banho (Ou em qualquer outra tarefa que me pré desposse à fazer).

Porém, ao retornar e encontra-lo tão pensativo, convenci-me de que qualquer medida de tempo lhe seria mais que o suficiente para inventar mil coisas sobre mim - Laene. . .

Parado de frente à janela, como uma estátua, com as mãos nas costas. Michael olhava direito para o vidro, mas parecia não me ver ou não se importar. . .- e isso era terrível. Não obstante, a ansiedade começava a me ocupar os sentidos de que Michael, apesar de tudo o que havia sido antes, aquele homem tão distante, agora tão perto, ainda não passava de uma criação minha - Certo? E como tal, me devotaria bem mais que a sua presença e atenção; me dedicaria a sua vida! A vida que eu lhe dei.

No limiar da porta, entre o corredor e a sala, nem mais um resquício da insegurança de antes. Michael segurara a minha mão tão afetuosamente ao encontro dela que dormia no sofá tão frágil e indiferente a nova realidade, que não pude deixar de rir ao observar quê: a morte também ja fora consideráda tal qual um descanso    . . .
"Mais do que é que você está rindo, Heather?" Michael perguntou me enchugando duas grosas lágrimas de contentamento que já me caíam pelas faces.

"Se eu contasse você não ia acreditar! " responde mordendo os lábios tentando conter risada tão traiçoeira.

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