Não sei dizer de que maneira aquela idéia me surgiu. O que sei é que uma vez nela dispus-me a definir um mediculoso plano de execução. O objetivo era simples, bem como a motivação - Imagine você o quanto eu já a odiava. Mesmo ela, há quem um dia eu quis que me representasse. Michael observando que eu ficava sem reação um segundo ou dois (o que deve ter lhe oferecido sem dúvida um sinal para ser mais ousado e voltar à cena ) finalmente me fez compreender o que de fato importava ali - conquista-lo era incomensurável mente mais eficaz, que qualquer assassinato que eu pudesse planejar . . .
A princípio estranhei toda aquela sua agitação, aqueles olhos intensos fitos em mim, como se esperassem tão somente a minha imobilidade para agir. Mesmo assim não podia me sentir insegura com ele, não depois de estar mos há tanto tempo juntos (coisa de fã ). A minha mão estendida sobre o seu peito, afetando-lhe o consentimento. Ele gostava de se aproximar assim, analisando. Beijou-me com seu jeitinho doce, demonstrando insegurança. Disse-me que estava confuso, que eu o deixava confuso.
Michael. . .
Tive que me conter para não puxa-lo pela gola da camisa. Quis abraça lo mas ele se esquivou, não queria fazer barulho. Concordei então que não deveríamos acordar Laene e saímos.
22 h 00
31 de agosto de 2017
Quando me lembro dessa tarde (e estou sempre me lembrando ) me sinto desolada : nunca estivera tão desapontada em toda há minha existência e sentia que já estava perdendo a paciência : com Ela. Sua mera proximidade agora me causava a pior das sensações.
"Então você veio até aqui com o único propósito de me 'ajudar' a escrever o final da história? " Eu lhe perguntei sem nem me preocupar em parecer irônica, o que ela estava me propondo era inconcebível. E depois dessa, eu não perderia mais uma única chance de lhe mostrar o quanto ainda estava interessada em continuar a escrever aquilo. . .
No entanto, outras lembranças daquela tarde eram ainda mais aterradoras, como o que acontecera depois que eu e Michael saímos da sala de estar. Eu não pude resistir ao fato de ele ainda estar sem memória e comecei a lhe dizer. . . Tudo! tudo o que julgava ser de mais urgente em ele saber. Mas então, Michael deu me a nítida impressão de não se importar muito pelo assunto, pelo menos segundo o que eu interpretava como sendo interesse. Pois não dizia nada e apenas me observava . . . Às vezes ele se tornava meio sombrio e turvo, para esclarecer-se de repente num clarão de revolta ou tranquilidade. . . que reluziam bem ali, no interior de seus olhos! - por mais que eu amasse aquele seu jeito de olhar eu o analisava, mas não encontrava nada. Seus olhos transbordam muito de qualquer incompreensão que, por mais que eu relutasse em aceitar, sabia que era a única culpada. "Uma dança?" Ele perguntou de repente, "Você quer dançar comigo?" Ele encostou a mão na minha cintura antes que pudesse pensar em lhe responder, assumindo uma expressão agitada e nervosa. Seus passos eram alternadamente trêmulos e caçados. sua voz passava rapidamente de uma breve indecisão à mais enérgica e perfeita afinação - Sim, ele estava cantando! Estava escolhendo as palavras como se estivesse criando. . . Músicas que o mundo jamais ouviria, ele cantou para mim.
Até o próximo Capítulo! ♡♡♡
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Escrevi Para Você.
FanficO que você faria ou como você reagiria, se os personagens da história que você está escrevendo de repente, saíssem das páginas do livro para ti fazer uma visitinha? O que você faria ou como reagiria?