Part 2- Uma molheira e um vestido

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Jack se dirige então para o local do suposto roubo, o local onde uma senhora chamada Gertrudes reclamou de um roubo de uma molheira, isso mesmo uma digníssima molheira passada de geração em geração.

Ao chegar a casa da dona Gertrudes, ele é recebido muito bem e com enorme educação ela pergunta se Jack gostaria de um chá, aceita. Ela vai colocando a água na chaleira e arrumando as xícaras com cuidado, um modelo belíssimo, em cor salmão, então ela senta e começa a contar sobre a molheira em questão.

- Detetive Jack, o caso é o seguinte, a molheira é uma relíquia da minha família, já foi de minha mãe, minha vó, minha bisavó e a mãe dela. Após a morte, ah! Triste morte de minha querida mãe, foi passada a mim, porém minha irmã Meridith sempre esteve de olho nela, via seus olhos, brilhando para a molheira e toda vez que vinha aqui não sabia falar a respeito de outra coisa. Tenho certeza que foi ela.

- Mas, me diga uma coisa Gertrudes, sua irmã esteve aqui nesses últimos dias? E quando a molheira foi roubada?

- Ela não vem aqui faz umas duas semanas, a molheira está sumida vai fazer uns dez dias, mas tenho certeza que foi Meridith.

- Certo Gertrudes, me mostre onde você guardava a molheira.

Gertrudes se encaminha até a sala onde mostra uma mesa de centro, local onde permanece a foto de sua mãe, e há um espaço vazio do lado, local onde a molheira permanecia.

- O que vou fazer é o seguinte, peço que você contate sua irmã para vir até aqui.

- Porquê aqui, porquê não na delegacia?

- Esse caso em questão por se tratar de uma questão familiar seria melhor se resolvido em um lugar mais informal. Peço que não fale do que se trata, apenas a convide para um café.

- Certo detetive, vou ligar para ela.

- Enquanto isso vou dar uma volta pela vizinhança, falar com alguns moradores, talvez tenham visto algo estranho, vai ajudar muito na investigação.

Jack então sai da casa e começa a andar pelos arredores, sua perna doía muito naquele dia, ainda mais por conta do clima frio e da chuva que parecia se aproximar. Ele pensava o que a maldita Mandy estaria fazendo agora, estaria ela salvando a rainha de um terrorista? É isso seria bem a cara dela. Quanto mais pensava sobre isso mais sua raiva aumentava.

Jack bate a porta da casa vizinha, uma senhora de cabelos ruivos, porém muito esbranquiçados.

- Sim do que se trata? Diz a senhora.

- Detetive Jack. Mostra seu distintivo.

- Tenho algumas perguntas a fazer a você, se não se importa, Senhora?

- Lurdes.

- Senhora Lurdes, a senhora por acaso nos últimos dias viu algo estranho?

- Estranho como?

- Pessoas, barulhos, qualquer coisa na verdade.

- Não vi nada de estranho, mas sumiu uma prataria muito bonita, não sei mesmo onde foi parar. Disse Lurdes.

- Obrigada pela informação.

Jack faz mais perguntas para os vizinhos e acabou descobrindo que em todas as casas sumiu algum objeto, o mais curioso disso tudo, é que com toda certeza não pode ter sido a Meridith irmã de Gertrudes, a não ser que a mesma seja uma gênia do crime. Penso Jack aos risos enquanto passava a mão em sua perna, latejava e doía como nunca.

Ele volta para sua casa, no dia seguinte seria o encontro com Meridith, apesar de que, sobre suas conclusões ela não tem nada a ver com o ocorrido. Jack tem estado cansado psicologicamente, pois as dores que sente em sua perna parecem o atrapalhar mentalmente, seu desempenho pessoal não tem sido um dos melhores já executados.

Os casos do detetive Jack Waterloo Onde histórias criam vida. Descubra agora