Capítulo 2

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    Entro na sala de perícia em busca de respostas

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    Entro na sala de perícia em busca de respostas. Esse caso tem se prolongado há tempos. Cléo me informa que o laudo da perícia ainda não está pronto, então coloco luvas apropriadas e, mais uma vez vou até o corpo em busca de algo, preciso de respostas, afinal, uma hora ou outra esse monstro tem que deixar alguma pista, ninguém comete O crime perfeito sempre.
Analisando cada detalhe do corpo sem vida à minha frente, não consigo imaginar o motivo de todas as vítimas serem tão bonitas.

      Meus pensamentos voltam a Katherine e de repente meu coração aperta, preciso saber quem é que está virando a cabeça da minha irmã. Perdida em meus pensamentos, acabo descobrindo uma pista. __ Merda como deixei isso passar batido? Múrmuro baixinho para mim mesmo.

__Cléo, foi retirada amostras de todas as unhas, certo? _ Pergunto à minha assistente.

__Sim srta. Paterson, mais pelo que presenciei o médico legista não deu esperança alguma. _ Cléo responde-me, deixando no ar a dúvida. Preciso aguardar o laudo, uma mordida dessas não pode passar batido desse jeito.

   Saio dos meus devaneios com o celular tocando, me afasto do corpo para atender. Meu coração se alegra ao ver o nome de kath no visor.

__Oi minha menina. _Atendo Kath com carinho.

__Que amor todo é esse Lid? _ Pergunta ela sarcástica do outro lado. Reviro os olhos antes de responder.

__ Não posso ser carinhosa com minha irmãzinha? Tudo bem kath, diga o que precisa, eu preciso trabalhar.

__Nossa esse caso tem te tirado mesmo a paciência hein?

__ Você não faz ideia do quanto, agora diga logo o que quer. _ Nos últimos tempos Kath não tem aceitado bem meus gestos de carinho.

__ Senti um aperto no coração e queria ouvir sua voz, foi isso. _
Ficamos as duas em silêncio, mesmo em meio a tantas mudanças, Kath ainda é minha irmãzinha. Uma lágrima solitária insiste em rolar em minha face ao ouvir suas palavras. Mordo meu lábio inferior e suspiro fundo. __Lind? Lind ainda está aí?

__Estou sim meu amor, só não esperava, fiquei surpresa.

__Eu sei, brigamos tanto de uns meses para cá, você me perdoa?

__ Que isso kath? O que está acontecendo com você? _ Falo, não entendo essa mudança repentina de humor.

__Estava assistindo a aula e pensei em você. Senti vontade de ouvir sua voz, mas já me arrependi, vou voltar para a aula.

__ Calma, quero que saiba de uma coisa antes de desligar.

__Fala rápido então.

__Eu te amo, quero que saiba que sempre estarei aqui quando precisar pode contar sempre comigo.

__ Eu sei. _ Kath concorda com minhas palavras desligando o telefone.

   Saio dos meus devaneios pensando o quanto essa investigação está me consumindo. O assassino parece estar dois passos à nossa frente.

    Retorno à sala do Adrian, informando-o sobre a mordida que encontrei escondida na nuca da vítima. Isso ainda não tinha ocorrido, deixando-me surpresa. Pois esse cara pensa em todos os detalhes. Deixando-nos sempre às escuras.

   As marcas de queimaduras no pulso estavam lá e isso também me intriga, três marquinhas que formam um triangulo, o que esse cara deseja? Será que odeia tanto assim as mulheres? O que leva um ser a fazer tantas atrocidades assim?
As perguntas são tantas que fico perdida em pensamentos, teorias e nada de pistas. Os legistas foram avisados e novas amostras foram retiradas, enquanto aguardamos o novo laudo, resolvo dar atenção a  outros casos menores. O dia passa devagar e o tormento de não obter pistas está sim, me consumindo, quero logo resolver esse caso e descobrir a mente psicopata por detrás de tantos assassinatos.

   Ao fim do turno de trabalho, vou à sala de Adrian para voltarmos para casa juntos, já que não almoçamos juntos e depois de avisá-lo sobre a mordida eu não o vi mais. Quando me aproximo de sua sala, vejo o médico legista sair de lá com ar de preocupação, adentro a sua sala e ele fica surpreso ao me ver, escondendo uns papéis. Faço de conta que não prestei atenção em sua reação e o convido para irmos.

__Amor vamos para casa?

__  Vamos sim, só preciso assinar mais alguns papeis e poderemos ir. _ Responde, meio desconfortável. Percebo que sua atitude é um pouco diferente.

__ Tudo bem, aguardo você lá fora, vou tomar um café. _ Falo, levantando_me da cadeira e saindo de sua sala. Vou dar tempo a ele para dizer-me o que está o atormentando.

   Saí da sua sala sem obter respostas da sua parte. Do lado de fora com um café em mãos, o vejo pelo vidro, ele parece estar nervoso. Passa as mãos pelos cabelos de forma descontrolada, analisa o documento e por várias vezes sinto que se segura para não estourar. Adrian é o tipo de homem que abomina violência contra mulheres e crianças, ele não tem piedade nenhuma em prender esses seres que cometem tais crimes, percebo claramente sua revolta. Mas será esse o motivo? Mais um crime contra alguma mulhe ou criança?

   Ficar quieta quando Adrian está tão revoltado com algum caso tem me dado pontos, tanto em nosso relacionamento quanto profissionalmente, sim, consigo informações preciosas para solucionar os casos, então mais uma vez usarei minha tática de guerra.

   Saímos do departamento e todo o trajeto Adrian fez em silêncio, quando chegamos ao prédio, ele estaciona sem dar uma palavra, subimos os onze andares sem conversar, ele está estranho, mesmo querendo saber o que lhe aflige, mantenho minha serenidade e continuo a oboservá-lo. Adrian é o típico macho alfa, sempre protetor, carinhoso, brincalhão e comunicativo. Mas quando acontece alguma coisa que está fora da sua alçada resolver, ele se fecha. Cinco anos juntos é o suficiente para saber que algo está fugindo do seu controle. Mas resta-me esperar o momento certo para descobrir. E sei que não é agora. 

   Na porta do apartamento ele  puxa-me selando nossos lábios em um beijo casto, me olha com carinho mas seus olhos são tomados por uma melancolia que me aperta o peito, porém me calo, não quero brigar por estar preocupada e ele não contar o que está acontecendo, então suspiro fundo e o convido para entrar.

__ Quer entrar? Conversar?

__Hoje não Lindsay, estou cansado e preciso ficar sozinho, vou para o meu apartamento. _ Responde, tentando esboçar um sorriso sem dentes. Baixa o olhar e com um suspiro pesado se despede indo em direção à porta do seu apartamento que fica em frente ao meu.

    Fico parada na porta de casa o vendo se distanciar, a vontade de chorar me consome, ele nunca preferiu ficar sozinho quando estava assim, e desde que começamos a namorar ele sempre dava um jeitinho de ficar pelo menos um pouquinho comigo antes de ir para seu apartamento, vê-lo entrar pela porta do seu apartamento sem ao menos olhar para trás foi como um soco no estômago. Pela primeira vez Adrian tinha problemas gravíssimos e não os iria dividir comigo.

 

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                        Adri & Nanda
 
   

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⏰ Última atualização: May 24, 2018 ⏰

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