Capitulo 16

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#Ana#

Aos poucos pude avistar o grande prédio da madrinha da Catarina a aparecer cada vez mais perto, o carro ia rápido em direcção ao destino que nos esperava e pequenos flocos de neve começavam a cair do céu nublado.

Meu pai acabou por estacionar o carro ainda um pouco longe do prédio pois todos os lugares perto estavam ocupados, ajeitei o meu casaco no meu corpo e sai do carro ficando ao lado da minha irmã, quando o meu pai trancou o carro todos fomos andando em direcção do prédio.

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- Então minha querida como está a correr o namoro?- Numa sala com 8 pessoas a falarem entre si, eu ainda me sentia excluida, tudo o que era importante era a Catarina e como ela é perfeita. Mas sim ela é perfeita! Os meus pais adoram-na, tem o namoro perfeito, o namorado e lindo e preocupasse com ela, tem amigos de verdade, tem liberdade, tem a compreensão dos meus pais, tudo o que eu queria ter ela têm! Não quero parecer invejosa ou alguma coisa assim parecida mas a verdade é que eu adoraria de ter um pouco da vida dela....

-Ana queres vir brincar com os meus bonecos ás guerras?- Gentilmente Bruce aproximou-se de mim, o seu pequeno corpo subiu o sofá com alguma dificuldade e sentou-se ao meu lado permanecendo assim a olhar para mim com os seus olhos castanhos cor-de-mel.

-Claro pequenote vamos lá.- Peguei nele ao colo na qual me arrependi rapidamente pois o meu pai mandou-me logo pô-lo no chão de uma maneira bastante zangada. Dei um pequeno suspiro e meti o pequeno Bruce de volta ao chão.

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Acordei com um pequeno arrepio a passar-me pelo corpo, preguiçosamente voltei a tapar-me e tentei dormir mais um pouco, quando se está de castigo e não á nada para fazer dormir não é tão mau plano assim.
Quando os meus olhos voltaram a pesar fazendo-me quase cair num sono profundo outra vez passos foram ouvidos no corredor, ouvi pequenos risos e outra vez passos mas desta vez estavam a correr.
Alevantei-me da cama fazendo um rabo de cavalo rápido e vesti o meu robe braco felpudo, abri a porta do meu quarto e vi um rapaz de caracóis que estava a tentar parar de rir juntamente com o Niall.

-Niall?- Minha voz saiu mais roca do que eu esperava fazendo-me tossir um pouco.- O que estás aqui a fazer?

-Desculpa Ana, é que estamos todos lá em baixo e quisemos fazer uma partida á tua irmã.

-E porque é que vieram cá para cima.

-Penso que isso já é culpa minha.- O rapaz de caracóis falou.- Eu queria ir a casa de banho e acabei por fazer coisas ou melhor descubrir coisas engraçadas.- A sua resposta fez-me rolar os olhos e voltei a fechar a porta e voltei para o meu quarto, aguardei no meu pequeno caderno cizento e comecei a escrever um pequeno texto:

"A vida é uma ilusão, tudo o que nós vimos de bonito é apenas ilusão, uma ilusão que a nossa mente nos proporciona para não vermos os defeitos, os olhos onde eu me afundo são uma ilusão, o seu cabelo loiro pelo qual espero que os meus dedos possam se perder lá são apenas uma ilusão... A vida é repleta de dor, sofrimento e injustiça... Veres que outras pessoas que nunca fizeram nada e têm tudo o que tu alguma vez sonhas-te, veres os teus sonhos a esmagarem-se por um acontecimente infeliz, estares com mais de um milhão de pessoas e mesmo assim te sentires sozinha, isso sim é a vida... Nada na vida têm alguma felicidade verdadeira, apenas ilusões e ilusões... Será que um dia irei morrer cheia de ilusões ou apenas de sofrimento por ter vivido a vida que ela realmente é crua e nua?"

Voltei a arrumar o meu caderno no seu antigo sitio e fui até á casa de banho, lavei apenas a cara e voltei para o meu quarto, ele estava um desastre!

Comecei a arrumar todas as peças de roupa espalhadas pelo quarto e de seguida fiz a minha cama, olhei em volta do meu quarto e acabei por decidir que iria estudar.

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-Ana?- Minha irmã lentamente entrou no quarto e aproximou-se de mim.

-Diz!- Olhei para o manual de ciências para poder copiar uma frase importante sobre a matéria e continuei a escrever o resumo da matéria no meu caderno.

-Não vens almoçar?

-Não tenho fome.

-Ana, passas-te a manhã toda aqui fechada.

- E faço questão de passar o resto da tarde assim também, fazes o favor de sair?

-Eu tentei-te ajudar...

-Eu não preciso de ajuda! Só quero que me deixem em paz!

-Não precisas de falar assim comigo! Eu não sou tua inimiga!

-Apenas baza Catarina...- Calmamente pousei a caneta em cima dos meus apontamentos e deite-me na cama, não estou para aturar ninguém muito menos as falsas preocupações das pessoas que me rodeiam.

Como pedido Catarina saiu do meu quarto sem pronuciar mais nenhuma palavra e rapidamente o meu quarto voltou-se a encher de silêncio, porque é que ninguém me entende?

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Seis horas se passavam e os amigos da Catarina ainda continuavam cá em casa, do meu quarto é possivel ouvir eles a fazerem jogos parvos, a rirem-se que nem loucos e ainda pude ouvir um copo a partir-se, só espero é que não seja nenhum da colecção preferida da minha mãe.

Arrumei os meus cadernos e ajeitei o meu cabelo num coque rápido, abri a porta do meu quarto e vi que ninguém se encontrava no corredor, em passos apressados dirigi-me até a casa de banho.
Quando lá entrei olhei-me ao espelho e vi uma rapariga que nunca antes tinha visto, os meus olhos estavam vermelhos e com pequenos circulos pretos a rodearem a parte inferior dos meus olhos, a minha pele parecia suja e o meu cabelo um labirinto sem fim.

Comecei por lavar a cara despertando-me assim um pouco, estar o dia todo no quarto deu-me demasiada molesa, pentiei o meu cabelo fazendo um rabo de cavalo quase perfeito e sai do quarto, quando estava a fechar a porta atrás de mim um corpo chocou contra mim com alguma força pois possivelmente estaria a correr, com o impacto a minha cabeça bateu contra a parede de madeira fazendo-me elevar a minha mão até ao local agora aleijado.

-Oh meu Deus desculpa Ana, eu não te tinha visto, qual olhei para a porta ela estava aberta, desculpa!- Luke puxou a minha cabeça contra o seu peito fazendo com que eu pudesse inalar o seu perfume e sentir o seu calor perto do meu corpo, a sua respiração batia suavemente por cima da minha cabeça e lentamente começou a massajar o local onde eu batera com a cabeça.- Estás bem? Queres is ao médico? Precisas de alguma coisa? Oh meu Deus fala Ana!

-Calma Luke foi só uma pequena batida.- Luke puxou-me mais para si quantinuando a sua acção por cima da zona aleijada.

-Luke?- A voz de um rapaz fez-se soar.

- Vou já Calum dá-me uns minutos.

-Ok mas despacha-te a Lauwren está a ficar insupurtavel por não ter o seu Luke fofinho ao lado dela.- Calum voltou a descher as escadas e senti Luke a ficar mais tenso.

Lauwren? Luke Fofo? Sem estar ao lado dela? O quê?

War between agesOnde histórias criam vida. Descubra agora