War between ages

Capitulo 20

-Isso não é normal de se perguntar.- Catarina bufou tirando o seu telemóvel da mala que tocava ao som da banda do Niall.- Estou amor?

Ouvi a palavra amor e continuei o meu caminho, eu sabia que ela estava a falar com o Niall, Catarina não conseguia passar mais de uma hora sem ter contacto com Niall.
Isso de uma maneira até era bonito de se ver, muitos dos problemas dos casais de hoje em dia é que não gostam de se sentir demasiado sufocados pelo parceiro, na minha opnião quando isso acontece é porque o casal não gosta assim tanto um do outro como diziam.
Niall é um rapaz muito romântico e carinhoso para com a minha irmã, será que Luke também é assim?

Bato-me mentalmente por voltar a por Luke nos meus pensamentos sendo que ele não têm nada haver com eles. Ontem Luke estava estranho, parecia feliz mas ao mesmo tempo bastante desiludido, ontem vi uma forma do Luke que nunca antes tinha visto, ele estava mais livre? Sim acho que livre é a palavra certa para descrever a forma de Luke ontem.

Ontem sem dúvida que tinha sido uma das mais estranhas experiencias de sempre, Luke nunca antes me tinha tratado assim em frente ou até mesmo sozinhos, o seu olhar a parecer que queria matar Drake com o seu próprio olhar, se eu não o conhecesse diria que era ciúmes mas Luke não me vê dessa maneira, aliás ele agora está livre, livre como um pássaro.
Felizmente naquela noite Lauwren só estava a dizer aquelas coisas por estar bêbeda, admito foi um grande alivio para mim, na minha cabeça eu já tinha montado a história de amor deles onde eu acabava a viver sozinha, gorda e com demasiados gatos para a minha sanidade mental.

#Luke#

Um som irritante foi ouvido do outro lado do quarto fazendo-me resmungar, a minha vontade de sair desta cama quente e pôr-me no meio da rua em pleno inverno é completamente nula.

Alevantei-me da minha cama esfregando as minhas palpebras, lentamente fui até á casa de banho e encontrei Calum a lavar os dentes.

-Bom dia Luke.- Calum comprimentou-me com a sua boca coberta de pasta de dentes cuspindo de seguida.- Vais para a escola?

-Infelizmente.- Passei os dedos por água passando-os de seguida pelo meu cabelo.- Não me apetece ter de ir para a paragem de autocarros.

-Eu posso te levar.- Calum passou uma toalha pela sua boca.

-Obrigada então.- Lavei os meus dentes e a minha cara tirando os vestigios de mais uma noite muito mal dormida, voltei para o quarto e vesti umas calças pretas com uma t-shirt preta e um casaco preto com capucho cizento, calcei os meus ténis e fui até á cozinha com a mochila nas minhas costas.

-Bom dia!- Ashton apareceu com um prato que continha três panquecas recheadas de nuttela, e eu rapidamente tirei uma e dirigi-me para perto do carro de Calum que já me esperava.

A viagem de carro durou menos de 10 minutos e quando cheguei encontrei Catarina a entrar na escola entretida com o seu telemóvel. Despedi-me de Calum e sai a correr atrás de Catarina.

-Catarina!- Gritei ainda um pouco longe, Catarina virou-se e acabou por me ver, continuei a andar até ela e cumprimentei-a com um beijo na testa.

-Olá Luke, tudo bem?- Tudo bem era uma pergunta bastante complicada neste momento para a minha pessoa.

-Sim e contigo?- Pus o meu braço em volta dos ombros de Catarina e ambos continuamos a andar em direcção ao seu cacifo como a habitual rotina.

-Não, o Niall vai em tour por seis meses.- Catarina abraçou-se a mim enquanto eu senti que algumas lágrimas no meu pescoço.

-Calma princesa, tu vais ver que passa rápido, quando é que ele vai?- Abracei-a mais junto de mim dando pequenas caricias nos seus cabelos.

-Daqui a quatro meses.- Afastei Catarina dos meus braços podendo-lhe limpar as suas lágrima.

-Quatro meses? Ainda falta, não penses já nisso está bem? Esquece isso e quando a data se aproximar permaneces calma, tu sabes que se disseres a ele para não ir ele não vai e este é o grande sonho dele.

-Eu sei, mas custa na mesma, eu tento ver os lados positivos eu juro que tento mas pensar que vou estar seis meses sem o Niall a meu lado parte-me o coração!

-Tu tens de ser forte.- Beijei mais uma vez a sua testa e continuamos a caminhar até ao seu cacifo.

****************

A mais de 80 minutos que estava a ouvir o professor Jes a falar sobre a decomposição do plástico, oitenta minutos em que eu não tive com nenhuma atenção tal como o resto das aulas que eu já tinha tido, a minha mente insistia em permanecer cheia de memórias onde Ana beijava Drake, aquela cena partiu o meu coração em dois, tenho estado a tentar ganhar coragem desde daquela festa para falar com a Ana mas tudo se estragou quando vi com o tal Drake. Admito que quando descobri quem era o Drake só me apeteceu foi partir-lhe a cara logo ali naquele momento, mas eu não podia, por muito que eu quizesse fazer isso por ele estar a tocar na minha Ana, eu teria de me aguentar, ele é mais novo que eu e nem sabe deste amor pela Ana...
Eu sei que este amor por ela não é bom evai trazer  várias consequências mas eu por ela sofro tudo o que seja preciso desde que fiquemos juntos!

Olhei pela janela e vi que estava tudo branco, isto é tão diferente de Sydney. Olhei para a entrada da nossa escola onde se encontrava uma rapariga totalmente encolhida tentando-se proteger contra o frio e a queda de neve, os seus cabelos loiros voavam com o vento e esta tentava esconder a sua cara por detrás de um cachecol de lã e do seu barrete também de lã , ela estava simplesmente adoravel!

-Menino Luke!- Um grito foi-se ouvido na sala fazendo-me dar um pequeno salto na minha cadeira pelo susto.

-Diga?- Perguntei vendo o professor Jes com uma expressão bastante zangada.

-Onde é que você anda? Não está a prestar atenção nenhuma a aula!

-Desculpe.- Foi a única palavra que pronuciei, o professor voltou-se mais uma vez para o quadro e passados poucos minutos a campainha tocou e todos saimos da sala.

Enquanto toda a minha turma andava para a próxima aula eu caminhei para a saida com esperança que a rapariga adoravel ainda não tivesse se ido embora. Corri até ao portão e encontrei-a na mesma posição, aproximei-me dela e abracei-a com toda a minha força.

Só Deus sabe o quanto eu sofro por ela...