Sam - parte I

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Depois da morte de papai, mamãe começou a ficar cabisbaixa, eu não entendia muito bem, eu estava super feliz, porém não poderia demonstrar isso de forma alguma e também não queria. Em 6 meses descobrimos que ela tinha um câncer na garganta, tratamos do jeito que conseguimos, mas quando eu tinha 17 anos e meio ela faleceu, não resistiu, sofri como nunca pensei que sofreria, nossa como doía e ainda dói, mas sinto que ela me acompanhou e me iluminou por muito tempo... enfim, por ainda ser de menor, passei 6 meses no abrigo, quando completei 18 fui fazer uma visita a minha empresa em Massachusetts, a casa de Lionel era três vezes maior lá do que a daqui, como eu já era fluente em inglês por lá mesmo procurei uma universidade para tratar dos negócios de papai, decidi trocar a casa dele por uma mais moderna, em frente à praia e que eu pudesse fazer as pessoas se apaixonarem. Dentro de uma semana me adaptando fui dar uma volta pela praia dos meus sonhos: Miami. Era realmente bela como nas fotos, vi futuras vítimas em uma roda de amigos adolescentes, entre eles Noah e Samantha, eles me levaram pra conhecer toda Califórnia, passeamos por todo dia, a noite os convidei para sair, me levaram para uma festa da galera do colégio deles, um paraíso para escolher pessoas para matar, bebiam muito, usavam muitas drogas e principalmente perdiam as roupas kkk, Sam me vendo um pouco deslocada veio conversar comigo:

- Já esteve em alguma festa dessa?

- Na verdade nunca estive em festa nenhuma, minha primeira.

-Nossa!? Tá de brincadeira né?

- Estou falando seríssimo.

- Então hoje vc vai se divertir!

Ela me deu muita bebida, por algum motivo eu não conseguia ficar bêbada, mas ela sim, eu a levei para casa e durante a semana a gente se falava pelo whatsapp, Sam era uma menina esplêndida, estava no último ano do colégio, faria dezoito daqui a 8 meses, ganhou bolsa na Universidade da Califórnia para dança, seu sonho, mas é claro que adolescente não sabe ficar quieto, decidi então dar uma festa de inauguração da minha mais nova casa, era enorme, a varanda com piscina ficava de frente à praia, comprei barris de cerveja, contratei um Dj, dei umas músicas de funk brasileiro pra ele tocar e o cara ficou louco, falei com Sam para dizer que ela era a anfitriã e convidasse todos que ela quisesse.
Chegado o sábado, umas 20 hrs começou a chegar vários adoslencentes na minha casa, minha boca enchia d'água ao pensar em cada um deles mortos, mas quando Sam chegou foi como estar com fome e ter seu prato favorito para comer, porém eu tinha que ter paciência, confesso que escondi drogas pela casa e esses pequenos demônios acharam e usaram todas, lá pras 6 da manhã tinha gente dormindo pelo quintal, uma bagunça enorme e Samantha com a cabeça no meu ombro olhando aquela obra:

- Essa festa foi épica! Todos do colégio vão me amar mais. Obrigada! - me deu um beijo no rosto e tirou uma foto para postar o final da "épica" festa.

- Não seja por isso, faremos uma a cada mês, até a melhor de todas! O seu aniversário. - falei dando um sorriso enorme.

- Mentira! Mentiraaa! Você vai fazer isso por mim? De verdade? - saltitava e batia palmas de alegria. Os peitos acompanhava o movimento dos pulos, o cabelo não tinha rumo, o vestido sambava naquele corpo esbelto, o sorriso mais lindo que já vi, eu estava apaixonada por aquela menina, não iria deixá-la escapar.

- Claro que é verdade, agora vamos tomar um café que a equipe de limpeza esta vindo limpar a casa.

Saímos e fomos comer hambúrguer com fritas, eu com certeza deveria engordar enquanto estivesse morando lá, tudo era muito barato, porém, com o ritmo na empresa de Lionel eu sempre mantive o mesmo peso e o corpo bem desenhadinho, quando terminamos a refeição a levei em casa e conheci o seu pai, a mãe abandonou a família quando ela completara 3 anos, desde então era só os dois, ele me convidou para o almoço e eu não perderia a chance de entrar naquela casa, precisava analisar melhor o perfil da minha vítima, estacionei o carro e entrei, aconchegante, simples, o pai dela o Sr. Bear ou como pediu para chama-lo Steven, gostava muito de falar, até demais, confesso que algumas vezes senti vontade de me oferecer para cozinhar, ele, no caso, mas mantive a calma e a carisma, batemos papo e então ele contou sobre o talento natural para a arte que a família tinha, ele e a mãe de Sam tinham uma banda de punk rock, então a mãe engravidou e queria abortar, mas ele não permitiu, ela aceitou a ideia por 3 anos e pelo que parece se arrependeu - ele falou com um sorriso melancólico no rosto - nesse meio tempo Sam tinha ido fazer algo, ao voltar tinha colocado um short jeans justo, uma blusa branca bem decotada e que deixava o umbigo furado do lado de fora, o cabelo loiro bem penteado, o cheiro do perfume tomou conta e o frescor da sua pele de quem tinha acabado de tomar banho era sentido, ela passou abriu a geladeira e pegou uma cerveja, me ofereceu e claro que aceitei:

- Vamos lá pro quarto, papai fala um monte de besteiras.

- Já já o almoço estará pronto, ein meninas! Frango assado com espargos e macarrão! - Sam falou a frase ao mesmo tempo que o pai.

- Ele só sabe cozinhar isso na verdade.

- Hahahaha, pelo menos ele sabe fazer alguma coisa, papai só sabia beber, mas era um bom homem. - sempre que eu mencionava Lionel lembrava do dia da morte dele, meus olhos brilhavam e todos sempre pensara que é por ama-lo muito.

O quarto dela era bem típico de adoslencente, tinha uns pôsters de dança, uma cama de solteiro, closet, uma parede só com espelho, uma estante com livros e um radinho, um criado mudo com um despertador e um abajur, o carpete era bem macio, sentamos na cama e eu não aguentei, assim que sentamos eu a beijei, um beijo romântico, entregue, eu analisei cada estrela do céu da sua boca, ela suspirava de prazer, quando começou a esquentar e ela queria sentar em meu colo o pai dela nos chamou para o almoço, fiquei lá até de tardinha, mas eu teria que viajar a trabalho, ir nas redes da empresa, ficaria um mês fora:

- Sério que você tem que ir? Vou sentir sua falta.

- Infelizmente, como agora sou a chefe, tenho responsabilidades, sentirei saudades.

- Sau.. sau.. ?

- Kkk, saudades, é como dizemos no Brasil que sentiremos falta.

- Gostei! Saudades. Sentirei Saudades.

- Haha, também, a gente se fala pelo whatsapp?

- Com certeza, obrigada por ontem e pela companhia de hoje.

- Disponha - falei com um sorriso no rosto, então ela me olhou nos olhos e nos beijamos, cortei o beijo - tenho que ir. - ela me abraçou e me deixou partir, ali eu comecei a mata-la e eu já estava amando aquilo.

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⏰ Última atualização: Feb 08, 2020 ⏰

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