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Abro meus olhos relutantemente com o sol da manhã invadindo as persianas da janela do meu quarto às sete horas, meus olhos ardem anti a claridade e desligo o despertador do meu smartphone.

Levanto da cama um pouco cambaleante de demasiado sono, alongo o meu corpo e bocejo. Vou ao banheiro, me olho no espelho e olho para uma figura pálida de olhos cor violeta raros que herdei do meu pai, e cabelos ondulados e um tanto cacheados. Corpo magro, um pouco curvilíneo mas nem tanto, rosto ovalado, boca rosada e carnuda, tenho um nariz empinado que herdei da minha mãe.

Eu me considero bonita mas eu sempre desejei ter um corpo mais curvilíneo como o da minha irmã mais velha Caroline, e ter o estilo mais despojado dela embora eu goste bastante do meu estilo de roupas.

Sacudo a cabeça e deixo o pensamento de lado.

Vou ao chuveiro e tomo um banho rápido, depois de uns vinte minutos estou pronta, de calça jeans skinny cintura alta preta, e uma blusa leve branca, com mangas três quartas, sapatilha rosa claro e uma bolsa transversal caramelo.

Coloco o meu óculos de grau estilo tartaruga preto, vou a cozinha como uns oito mini pãezinhos de queijo tomo um café e saio do prédio que deve ter uns bons trinta anos, e não tem elevador. Eu desço os seis degraus de escada, pego o táxi na frente do prédio e vou para o trabalho.

No caminho, penso que até hoje eu me arrependo por não ter comprado um prédio que tenha um elevador, apesar disso ele tem as suas vantagens, por ser um prédio antigo é bem espaço e tem um quê de graciosidade nele e Deus me livre viver de aluguel.

Eu morava com a minha amiga Lídia, neste mesmo prédio. Afinal foi ela mesma que o achou na época em que estávamos procurando um apê perto da universidade, enfim depois de uns dois anos e meio ela se apaixonou por um homem rico e encantador, que pediu a garota para morarem juntos no seu apartamento luxuoso e agora ambos estão noivos e felizes.

Ela e eu nos conhecemos na universidade, viramos melhores amigas e nos formamos em Letras, e eu estou felicíssima por ela, que conseguiu um emprego como professora em uma escola particular ela nem se quer precisava trabalhar pois o noivo dela é dono de uma empresa muito rica, mas ela ama o que faz e não deseja sair nem tão cedo de uma profissão que ama e que não é nem muito valorizada no Brasil, mas no fundo eu sinto uma pontadinha de inveja por não ter encontrado o meu "Príncipe Encantado."

Bem na verdade eu tinha encontrado, por assim dizer, o meu ex melhor amigo Darlan Rousseau que estudava comigo na mesma escola mas em salas diferentes.

Nós nos conhecemos quando nos esbarramos juntos na cantina no meu segundo dia de aula na escola nova, para mim foi amor à primeira vista desde que eu pus os meus olhos naquele garoto de olhos castanhos claros penetrantes, pele morena clara e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer garota, eu pensei que no início ele sentia alguma coisa por mim, mas depois ele não demonstrou nenhum interesse e tentei esquecê-lo, no início pensei que tinha conseguido... Com o passar do tempo fomos nos conhecendo melhor e gostamos ainda mais da companhia um do outro e nos tornamos melhores amigos.

A propósito no último dia de Darlan na escola, ele decidiu dar uma festa da piscina em sua casa já que ele era bastante popular no ensino médio, pois todos na escola o achavam divertido e uma companhia bastante agradável e as meninas "morriam" de amores por ele tentando consquistar o seu coração, mas ele não era do tipo mulherengo e só namorou umas duas garotas no ensino médio, e quando eu o estava procurando eu o flagrei com a megera da Tatiana a minha colega de sala, dando em cima dele bem na minha frente na cozinha, e o pior é que os dois me viram assistindo aquela cena, totalmente mortificada, e depois disso eu saí correndo para o banheiro e chorei horrores lembrando da cena dos dois agarradinhos e quase se beijando, sim eu sou muitíssimo ciumenta e odeio isso.

Logo após Darlan disse que ele não estava interessado nela e que tentou sair das investidas insistentes da mesma, e que gostava de outra pessoa que ele não disse nem se quer o nome e isso piorou tudo mas não tive coragem de perguntar quem era ou falar nada, para não demostrar o meu interesse por ele, e logo após ele disse que ia se mudar com os seus pais no outro dia para a França na cidade de Marselha seu país de origem e nem se quer tinha me contado antes, dizer que isso piorou a situação toda seria um eufemismo, nós brigamos e foi uma briga rápida e mal resolvida, porque eu não aguentei a dor que eu sentia no coração por perde-lo e eu não queria que ele me visse aos choros, e me arrependo até hoje pois eu sentia que ele queria me contar alguma coisa, a propósito depois dessa briga toda eu acho que ele acabou descobrindo que eu sinto alguma coisa por ele.

O meu subconsciente e Lídia dizem que eu ainda sou apaixonada por ele, mas finjo que não e deixo o assunto de lado. E depois desse drama todo, além de nunca mais nos vermos, Darlan não me ligava nem para dizer um "oi" e nunca enviou cartas, e por orgulho meu eu também não liguei e não enviei cartas, nem mesmo quando eu estava sofrendo com o meu amor não correspondido, e a sua ida á França, com medo de ser rejeitada, e ele muito menos me contou quem era a felizarda quem ele gostava, sim eu estou falando do meu primeiro e único amor com quinze anos de idade à oito anos atrás.

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Olá pessoinhas lindas! Por favor, comentem e votem a opinião e voto de vocês são muito importantes para mim. (=

O Silêncio de um OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora