Capítulo 4

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Pov Eduardo

           Sexta-feira , 5:11 da manhã.

Hoje eu consegui acordar antes do despertador, um milagre? Sim!
Faltava bastante tempo para eu levar meu irmão pequeno a escola, então resolvi fazer aquela coisa que todo mundo faz de madrugada...

DORMIR!... Não pensem besteira, apenas dormir...

Resolvi então tirar aqueles 5 minutinhos a mais...

[...]

Sabe aquela macumba, magia, saravá sei lá o que, que fazem as horas passarem feito o flash? Foi exatamente o que aconteceu...

[...]

Eu já estava no auge no sono, quando senti pequenas mãozinhas, leves e macias passando sobre meu rosto.

- Duardo? Dudu? - Escutei ele sussurar baixo em meu ouvido.
- Vamo pa es.. esculinha! - Ele disse com aquela vozinha melosa e doce de criança.
- Tá acodado? - Ele perguntou me cutucando mais uma vez.
- Sim pequeno! - Disse ainda sonolento, e sorri ao ver seu rostinho.
- Quem te arrumou? - Perguntei ao reparar que ele estava de uniforme.
- A mamãe Rafa! - Escuto ele dizer, e se sentando ao meu lado.

A Rafaela é nossa madrasta, ele a chama de mãe, já eu apenas de Rafaela, não temos muita intimidade, mas nos damos bem até.
Ela é nossa madrasta desde que meu pai se separou da minha mãe... Aliás ela deixou de ser minha minha a partir do dia que descobrimos a verdade sobre ela, mas não vou tocar nesse assunto...

- Vamo logo Dudu! - Ele pede tirando meu cobertor.
- Tá tá! Já vou! - Dou risada, e me levanto indo para o banheiro.

Não estávamos tão atrasados assim, ainda dava tempo para levá-lo a escola, e não chegar atrasado na minha aula hoje.
Estou morrendo de curiosidade para saber o nome dessa tal garota, e se ela me respondeu.

Já pensou, será que eu estou falando com alguma moça da limpeza? Ou algum professor??

Não... Não pode ser! Nada ver Eduardo! Para de bobeira!

Me arrumei rápido, tomei meu café da manhã, e sai com meu irmão.
Em cerca de uns 20 minutos chegamos na escola, eu deixei o mesmo lá, me despedi e saí.
Peguei o metrô para ir pra escola, pois era um porquinho longe, e dias de sexta meu pai não pode ir nos levar, mas eu já me acostumei, é até legal ficar na janela do metrô, pensando na vida, ainda mais com fone e uma música bem bad.

Vai me dizer que sou o único que faz isso!?

[...]

Consegui chegar na escola, sem atrasos nem nada, aproveitei que a primeira aula foi vaga, pois professora havia ficado doente, e inventei uma desculpa que precisava ir ao banheiro, e o substituto deixou eu sair, é meio óbvio pra onde eu vou, já que a curiosidade estava me matando.

Hoje a biblioteca estava bem vazia até, entrei, e conversei pouco com a D.Mary, por fim subi para o segundo andar.
Olhei em toda a volta, queria me certificar que não havia ninguém por perto e segui para a mesa.

- Droga! - Digo ao olhar a mesa a procura de resposta, mas não havia nada além do que eu escrevi antes.
- Eu já deveria ter imaginado! - Digo e saio um pouco frustado.

Saio rápido, para o professor não estranhar a minha demora, acabei nem me despedindo da D.Mary, mas tudo bem.

- É melhor eu esquecer esse assunto, deveria ter imaginado!

Duas horas depois...

A manhã passou bem lenta hoje, e eu o mais desanimado possível, não sei se era por ter tido duas aulas seguidas de cada matéria, ou por causa da mensagem não respondida.

O Desconhecido da Biblioteca (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora