3°T. cap. 1

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Anteriormente...

Pov Emma

- Emma... - Vi que ele estava com os olhos marejados - Ela é minha filha?

[...]

Ele me olhava de um jeito diferente... Parecia que sua vida dependesse da minha resposta, eu deveria mesmo dizer?

- De quê importa saber ou não? - Eu disse ríspida.
- Emma, por favor... Eu preciso saber - Disse ele.
- Do que adianta? Mudaria alguma coisa? - Disse friamente.
- Emma... - Ele tenta dizer mas eu o interrompo.
- Agora se me der licença... - Eu dei as costas a ele.

Tentei sair dali mas senti ele segurar meu braço e me virar fazendo
encará-lo...

- Por favor! me diga se aquela menininha que acabou de sair daqui -Ele apontou para mesa, atraindo alguns olhares- É ou não minha filha!
- Sim Eduardo, é a nossa filha - Eu disse tentando acabar logo com aquilo.

Ele não disse nada... Apenas movia a boca tentando dizer algo porém nada saía, talvez devido ao "choque" que acabou de ouvir...

- Está satisfeito? Agora por favor, nos deixe em paz... - Eu disse - Adeus...

Me afastei dele e sai dali o mais rápido que pude...
Senti meus olhos marejaram... Por mais que eu negasse ainda doía... E depois de vê-lo hoje ainda é como se toda aquele dor estivesse aqui...

Sai do restaurante rapidamente, logo avistei Eric me esperando no carro, fui até eles e entrei...

Soltei minha pesada respiração que eu nem tinha percebido que prendi...

- Amor tá tudo bem? - Ele perguntou tocando meu ombro.
- Tá sim... Só... - Respirei fundo - Só me leva pra casa - Eu disse por fim.

Ele apenas assentiu e deu partida no carro...
Limpei uma lágrima atrevida que insistia em descer...

- Mamãe? - Escutei Júlia me chamar no banco de trás.
- Oi amor - Eu disse.
- Quelo ir pra casa... Sono - Ela disse sonolenta.
- Estamos indo filha - Eu disse.
- Mamãe...Quem era aquele moçinho? - Ela perguntou se referindo a Eduardo provavelmente.

Fiquei sem saber a coisa certa a se dizer... Então disse a primeira coisa que veio em mente...

- É um amigo da mamãe, só isso filha - Eu disse.

Ela não falou mais nada, olhei para ela no banco de trás e a mesma havia dormido na sua cadeirinha...

Sorri ao ver seu "soninho pesado"...

[...]

Depois de alguns minutos chegamos em casa, peguei Júlia e levei até seu quarto para colocá-la na cama, enquanto Eric colocava o carro na garagem...

- Oh meu amor... Queria tanto que você entendesse - Eu passei a mão pelos seus cabelos bagunçados do sono...

Ela estava dormindo tranquilamente, enquanto murmurava algumas coisinhas desconexas.

Escutei a porta abrir lentamente e Eric aparecer, ele veio até mim e se sentou ao meu lado na cama.

- Vai me contar o que aconteceu? - Ele perguntou.
- Ele perguntou sobre a Júlia...
perguntou se era o pai dela - Eu disse.
- O que você disse a ele? - Ele perguntou.
- A verdade, uma hora ele iria saber amor... -Eu disse- Vamos, ela pode acordar -Eu me refiro a Júlia e me levanto- Depois conversamos sobre isso, estou cansada.

Ele respeitou minha decisão e fomos para o nosso quarto, tomei um banho quente e vesti uma roupa confortável, enquanto Eric estava no banho escolhi um filme para assistirmos.

O Desconhecido da Biblioteca (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora