Depois de um tempo que durou uma vida, que na verdade foram exatos uma hora e vinte minutos, meu celular apita avisando sobre uma nova mensagem.Eu ainda estou deitada na cama da Riley, me forçando comer umas batatinhas que a Topanga trouxe para nós duas, Riley não parou de falar durante todo o tempo, querendo me distrair, acho. Mas ela é Riley, é falante por natureza.
Quando ouço o meu celular, pego depressa e leio a mensagem:
"Mommy:
Venha para casa."
Simples. Seca. Direta.
— Quem é? — Riley se joga em cima de mim para tentar ver a mensagem quando percebeu que não prestava mais atenção em seu monologo.
— Minha mãe, tenho que ir para casa — Falo já me levantando e calçando minhas botas.
— Quer que eu vá com você?
— É melhor não... A gente se fala depois, tá bem?
— Tudo bem. Se for preciso, eu vou estar aqui.
— Você sempre está — Sorrio agradecendo.
Chego em casa o mais rápido que posso.
A loja está com as luzes acesas, mas está vazia. Nem um sinal da minha mãe, nem do Shawn, nem dos dois armários que o acompanhava. Se minha mãe não tivesse mandado aquela mensagem, eu já estaria em pânico. Ah não ser... Ah não ser que não tenha sido a minha mãe.
O pânico bate e subo correndo enquanto eu grito minha mãe sem parar.
Quando chego no topo da escada e entro na sala, minha mãe está sentada em um sofá, e o homem no outro. Suspiro aliviada e meu coração volta a bater no ritmo normal. Ela olha para mim e percebo que ela chorou. Muito.
— Mãe? O que está acontecendo? —Pergunto enquanto vou de encontro a ela, mas paro quando percebo o olhar triste dela. Olho para o Shawn e vejo que os olhos dele também estão vermelho.
— Querida, eu... —Ela engole em seco e respira fundo. — Nós precisamos conversar —Ela diz isso enquanto olha para o homem sentado na sua frente.
Ela pega na minha mão e me faz sentar ao seu lado.
— Esse é o Shawn —Eu olho para ele e o mesmo me da um sorriso fraco em resposta. — Hunter. Shawn Hunter.
Franzo as sobrancelhas em confusão e olho para os dois.
— Ok, e por que você está chorando? Ele te machucou? — Pergunto enquanto afago as suas mãos.
Shawn solta uma risadinha e passa as mãos pelo rosto, parecendo frustado.
— Não, meu amor. Ele não me machucou. Eu só... Maya, eu tenho tanto medo de você não me perdoar. De me odiar.
— Mommy, não existe nada nesse mundo que me faria te odiar.
Ela respira fundo mais uma vez e então continua:
— Eu quero que você entenda que eu não fiz por mal. Eu era jovem, burra e fiquei com medo. Eu não queria que você tivesse que passar por isso — Ela diz tentando controlar o máximo sua voz.
A encaro e espero que ela continue:
— Maya, esse é Shawn. O seu pai.
Minha mãe continua me olhando esperando alguma resposta. Mas não dou nenhuma, não esboço nenhuma reação. Não consigo. Parece que todos os meus sentidos congelaram e nenhum deles me responde. Eu não estou com ódio da minha mãe, mas meu peito queima por dentro com toda confusão e emoção, e eu quero gritar. Mas quando falo, minha voz sai um fiapo.
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Diante à Coroa | LUCAYA |
FanficMaya tem 17 anos e seu pai, o qual ela nunca teve notícias durante todo esse tempo, cai de para quedas em sua vida. E mais, ele é um rei de um pequeno país chamado Ladonia. Maya decide deixar seu pequeno apartamento que dividi com a mãe para viver...