Capítulo 1

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                                                                              UM MUNDO DIFERENTE.

Dora voltou do velório do seu marido, com seus dois filhos João Pedro de quinze anos, Isabelle com um ano e meio, e seus pais. Seu marido havia sido morto em um assalto quando saiu de uma agencia bancaria, com certa quantia em dinheiro. Ao chegarem no apartamento, os pais de Dora foram ao quarto de hospedes para descansarem um pouco, pois eles pretendiam viajarem de volta para o sitio onde moravam na madrugada do dia seguinte.

Seu filho João Pedro também foi ao seu quarto, Dora preparou uma mamadeira e levou a filha Isabelle para sua cama e enquanto a menina tomava o leite, ela ficou pensando na vida que ela havia tido com o marido, ela chegou a chorar pensando em todos os bons momentos que viveram juntos, como haviam se conhecido, o casamento, as viagens que haviam feito, o nascimento dos filhos, tudo o que haviam conquistado juntos, ela havia se formado em veterinária, em agronomia e em parceria com uma amiga ela havia montado um pet shop. Seu maridos sempre a apoiou em tudo, além de marido ele era companheiro e amigo. Dora também era uma mulher forte com garra e coragem, com muita determinação ela também apoiava o seu marido em tudo, eles haviam tido um casamento perfeito.

Assim que Isabelle adormeceu, ela foi até o quarto de João Pedro, ao chegar ao encontrou o filho jogando um joguinho no computador, ele era viciado em jogar no computador, quando ele não estava no colégio, ele estava em casa jogando.

João Pedro já havia ganhado vários campeonatos de vídeo game, não havia jogo que ele não sabia jogar no console ou no computador, muitas vezes colegas ou amigos dos seus colegas da escola pediam a ajuda dele para passar de fase de alguns jogos que eles não conseguiam passar, e muitas vezes ele travava batalhas online com seus amigos virtuais e sempre ganhava.

Ele iria viajar para os EUA para participar de um campeonato, mas como seu pai foi assassinado, a sua viagem foi cancelada, pois ele deveria ter embarcado na noite passada, pois seu pai iria acompanha-lo.

Na escola ele era considerado um nerd por que ele entendia tudo de computação, mas ele não tinha amigos, ele nem se importava com isso, o que ele mais se importava era com os jogos no computador e seus amigos virtuais com quem ele sempre jogava. Seu pai não implicava por que ele ficava tanto na frente do computador, seu pai sempre dizia é melhor que ele ficasse em casa na frente do computador do que ficar na rua, e a gente não saber onde ele está, e com quem ele está e ele acabar se envolvendo com drogas e más companhias, por isso seu pai não implicava com ele, mas sua mãe não, ela implicava com ele, ela estava preocupada porque ele passava muitas horas na frente do computador, ele estava se tornando um garoto obeso isso a deixava preocupada com a saúde física dele, por isso muitas vezes ela pedia para ele sair um pouco da frente do computador e dar uma volta com seus amigos, mas ele muitas vezes para não discutir com ela, saía, ia até a cozinha, ao banheiro, dava uma volta pelo apartamento, mas logo em seguida voltava para a frente do computador novamente.

Na escola ele passava de ano com as notas sempre no limite. Ela ficou observando o filho da porta do quarto por alguns minutos, ela havia aberto a boca para manda-lo desligar o computador e ir dormir, mas antes de falar ela desistiu e fechou à porta do quarto novamente, ela não queria entrar numa discussão naquele momento para fala que ele deixasse o computador um pouco de lado, que ele se interessasse por outras coisas, então ela foi até a cozinha e começou a preparar um chá para relaxar um pouco.

Assim que havia preparado o chá, sua mãe também entrou na cozinha e sentou se à mesa com ela e as duas conversaram sobre tudo o que havia acontecido nos últimos dias.

Dora contou os seus medos para o futuro, sem seu marido a sua insegurança com a violência na cidade, tudo o que estava sentindo, ela estava sem chão, não sabia o que pensar, e as lagrimas rolaram em seu rosto como uma torneira que havia sido aberta com toda pressão, então sua mãe a abraçou.

— Chore minha filha, põe tudo para fora que vai te fazer bem.

Assim que parou de chorar sua mãe falou da possibilidade de ela ir passar uns tempos no sítio com os filhos, sem pensar muito ela tomou a decisão que ia com os pais para o sítio. Dora levantou e ligou para sua amiga e sócia do pet shop, conversou com ela um bom tempo ao telefone, combinaram de se encontrar na manhã seguinte para tratar dos detalhes da sua ausência do trabalho por alguns dias.

Dora passou o resto daquela noite em claro, não conseguia dormir, ela andava no apartamento de um lado para outro. Ela ia a cada 15 minutos até o quarto do seu filho João Pedro, ele não saia da frente do computador, ela não quis travar uma discussão sobre ele sair da frente do computador, então o deixou a noite toda ali, na hora que ele ficar com sono ele vai dormir, pensou ela.

Assim que seus pais levantaram pela manhã para voltar ao sítio, ela pediu que eles esperassem por ela, por que antes de viajar ela precisava tomar algumas providências e depois ela e os filhos viajariam com eles para passar alguns dias no sitio. E assim que ela conversou com seus pais ela disse que precisava conversar com sua amiga sobre a sua ausência do pet shop por alguns dias, ela também precisava cuidar de alguns outros assuntos que ela precisava resolver antes de viajar, pois ela queria sair sem deixar nada pendente, por que ela não pretendia voltar logo em seguida para cuidar de alguma coisa, então ela iria sair logo para resolveu tudo o que tinha que resolver.

Mas a discussão foi quando ela comunicou ao seu filho João Pedro que eles iriam passar alguns dias do sitio dos avós, sem muita discussão ela o obrigou a arrumar suas coisas para viajarem. E ele ficou revoltado começou a xingar sua mãe, mas seu avô interferiu e deu uma bronca nele, como ele respeitava seu avô, ele muito contrariado arrumou as suas coisas para ir junto com os avós ao sitio.

Dora saiu foi falar com sua amiga sobre ela sair alguns dias do pet shop, sua amiga concordou. Sua amiga iria cuidar sozinha do pet shop até a hora em que ela se sentisse bem em voltar e continuar sua rotina normal, ela também tinha outras coisas pendente. Por que ela não pretendia voltar logo em seguida para cuidar de alguma coisa pendente, então ela resolveu tudo o que tinha que resolver. Tudo resolvido sua amiga e sócia cuidaria do Pet Shop e dos demais negócios dela, as malas foram colocadas no carro Dora acomodou sua filha Isabelle na cadeirinha no banco de trás João Pedro sentou-se ao seu lado no banco do carona, seu pai foi com a caminhonete na frente e ela seguiu com a sua caminhonete atrás. Durante toda a viagem João Pedro não conversar e não falou nada, Dora tentou puxar conversa, mas ele não respondia e fazia de conta que não era com ele, então ela resolveu respeitar o silêncio dele como Isabelle dormia na cadeirinha no banco de atrás eles viajaram em silêncio, a viagem até o sítio transcorreu sem nenhum problema.

Ao chegar ao sítio à discussão com sua mãe foi feia, porque ali no sitio o computador que seu pai havia trazido há uns anos atrás estava estragada e não funcionava e o seu vídeo game que ele havia trazido junto não combinava com a TV que seu avô tinha ali no sitio, isso o deixou indignada, ele também não sabia que no sitio não havia internet nem outro computador, mesmo que ele havia levado seu laptop junto, mas esse computador para o seu vício era insuficiente, mas ele pensou que para alguns dias o laptop serviria, mas a briga com sua mãe foi intensa, até seu avô interferir novamente. Seu avô teve uma conversa séria com ele e João Pedro se acalmou e foi para o quarto resmungando e ficou o dia inteiro sem sair do quarto e também ficou sem comer nada, com a atitude do filho Dora pensou em voltar para cidade, mas seu pai não permitiu, dizendo que se ela fosse fazer a vontade dele ela não conseguiria educar ele e ele iria se tornar um garoto rebelde, era para eles continuarem ali como ela havia planejado, com os dias ele iria se acostumar com a vida ali no sitio.

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