Capítulo 3 (COMPLETO NA AMAZON)

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Dia três


Não consigo dormir direito, pois a cada movimento do corpo de Jasmine desperto, assustado. Tenho medo de que ela se levante dormindo e saia para a rua. Verifiquei que as portas não têm trancas. Um pânico cresce em minha mente, congelando a minha alma, por saber que o meu anjo salvador ficará em perigo. Não sei explicar, mas um sentimento protetor cresce dentro de mim, é como se eu tivesse nascido para protegê-la, como se fôssemos um do outro.

Você está com sérios problemas, "senhor ninguém", acho que acabaram com sua sanidade. Que bobagem é essa que acabou de pensar?

"Fôssemos um do outro"! Sério, isso?

Olho para ela, agarrada ao meu corpo. Sorrio com o meu pensamento. Bem, minha vontade é de puxá-la para mais perto e beijá-la... Lá vem você outra vez! Essa moça está fora do seu alcance, seu idiota. Percorro seu rosto lindo com os meus olhos, relaxado em seu sono sereno.

Será que alguém da minha família ‒ se tiver uma ‒ virá atrás de mim?

Coloco Jasmine com cuidado sobre o seu travesseiro e levanto-me da cama com calma.

-Vamos ver o que temos para o café - digo, enquanto caminho descalço para o pequeno banheiro. Olho-me no espelho. - Quem é você, estranho? Por que alguém queria o matar? - Acho que nunca me senti tão sozinho. Olho em direção à cama. Seu idiota, você não está sozinho.

Lavo o rosto, faço um gargarejo, penteio os cabelos e vou para a cozinha.

Não há muita opção para o café da manhã. Apenas pó de café, um pouco de leite, biscoitos e só. Não sei como, mas sei fazer café. Será que fui um cozinheiro? Escuto um barulho vindo do quarto, meus olhos seguem para a direção dele.

- Bom dia! - Ela está parada diante da porta, com uma carinha de sono linda, coçando a cabeça e bocejando.

- Desculpa, tentei não fazer barulho para não a acordar. Como se sente? - Ela me fita com os olhos semicerrados.

- Estive doente? - Sorri, envergonhada.

Levanto a cabeça, fitando-a desafiadoramente.

- Não, mas por pouco não ficou. - Vou até a mesa e coloco dois copos, os biscoitos e o bule com o café. Volto meu rosto para sua direção, e ela me encara sem entender nada do que estou falando. - Por que você não me contou que é sonâmbula?

Seus braços caem ao lado do corpo, seu rosto mostra uma expressão descontente.

- Desculpe, Moço Bonito, mas não há como dizer a uma pessoa que acabamos de conhecer: "Hei, seu moço, prazer! Meu nome é Jasmine e eu sou sonâmbula". Soaria um pouco estranho isso, não acha?

HANDS THAT HEAL (APENAS PARA DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora