{Capítulo 1 - Cry Baby}

12 4 35
                                    

Yukkine*

Acordo com os altos falantes da escola, o que significava mais um dia de merda em um internato inútil.

Me levanto com uma imensa vontade de ter um ataque cardíaco e morrer mas acabo sendo obrigado a tomar um banho e a me vestir.

Normalmente aqui no internato todos tem colegas de quarto, mas eu não, meu último colega de quarto sofreu um acidente fatal de trem, as pessoas que viram disseram que ele ia atravessar o trilho correndo para o outro lado mas seu agarrou nos trilhos e o trem o pegou em cheio, dês desse acidente, ninguém sequer falou comigo ou tentou ser meu amigo, e eu comecei a sofrer um bilingue por valentões do internato.

Meus pais sofreram um acidente de carro um mês depois que eu vim para esse inferno, minha avó resolveu ainda me deixar aqui, minha avó não é tão velha, ela é até uma mulher de negócios, dona de uma empresa rica, ninguém nunca suspeitou que eu era neto dela, e ela nunca me aceitou sendo seu neto, nem mesmo ela tinha aceitado quando meu pai, o seu filho, se casou com minha mãe.

Eu não a considero minha avó, nem ela me considera seu neto, quando ela quer conversar comigo ela me liga completamente escondida ou quando precisa vir aqui vem toda coberta, eu tenho nojo dela.

Enfim, voltando a minha fodida realidade, me ajeitar e saio do meu quarto. Vejo o tumulto das pessoas pegando suas coisas em seus armários e logo me dirijo até o meu e pego minhas coisas, com algumas pessoas se distanciando de mim é claro.

Pego o último livro e saio pelo corredor, enquanto estava distraído em meus pensamentos sinto um empurrão e eu caio, enquanto meus livros se esparramam pelo chão.

Mark: Olha ...o abandonado resolveu sair da sua caverna. - Fala sendo acompanhado por risadas.

Yukkine: Me um tempo Mark...Ainda é de amanhã. - Falo pegando minhas coisas e e ele pisa em cima do último livro me impossibilitando de o pegar.

Mark: Oras cadê o bebê chorão de sempre? Quer me enfrentar mesmo, fracassado?

Eu engulo um seco, imaginando como seria se eu não tivesse vindo para cá, esses dois últimos anos foram um inferno, meus pais ainda estariam vivos, eu seria tão feliz.

Arranco o livro de seus pés me levanto e saio correndo dali com as pessoas rindo da minha cara e gritando apelidos "bebê chorão" "medroso" "abandonado".

Finalmente chego na sala, ainda estava cedo, me sento na primeira cadeira perto da parede do canto esquerdo ao lado da janela com vista para o céu e o jardim da escola, jogo minhas coisas na mesa me sento e abaixo a cabeça, eu não choraria, não hoje, eu precisava aguentar, é o começo do ano... a vinda do outono, a vinda de novos ventos.

A vista do jardim me acalmava, pois aquelas flores tão bem arrumadas e cuidadas em tons diferentes de cores me causa uma emoção diferente, talvez a de conforto, pois me lembrava os dias que meus pais saiam de casa para cuidar das plantas do nosso jardim, o que me deixava feliz pois me inspirava a desenhar ou escrever coisas.

Uma lágrima solitária acaba escorrendo pelo meu rosto e ir ao encontro do chão, seco o mesmo e continuo a pensar positivo.

- " Hoje você vai poder ver as estrelas de fora Yukki, se alegre, finalmente você conseguiu..." - Eu falo comigo mesmo imaginando a doce voz da mamãe dizendo tais palavras e acabo dando um leve sorriso.

Logo após eu me acalmar o sinal toca, e todos entram em sala, como sempre Mark e sua panelinha das últimas cadeiras, uma das garotas que provavelmente é uma recém participante do grupo me olha com uma cara de dó, ela parecia ser a única...doce, do grupo, que todos são amargos e sem sal.

- " Pare de pensar bobagem Yukkine, ela nunca vai te dar bola." - Penso falando com minha própria mente e prestando atenção na aula.

"Hoje o dia será longo..."

>[💧☁🔥]<

Em Busca Da Estrela Perfeita [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora