Capítulo 0: O mártir da Monarquia

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A história de Noterska é longa, muito longa. Data desde a queda do Império Romano, a nação está situada entre a Grande França e o oeste da Alemanha. É uma porção de terra pequena, menor que a Suíça e etnicamente diversa, desde judeus até muçulmanos fazem parte da sociedade Noterska. A cultura do país é diversificada, até 1890 ainda tinha as mesmas ideias políticas, inquietações e formulações de seus irmãos: Ommun, Ommun do Sul, Kalhenadro, Cidade de Putiskcha. As 4 nações foram reunificadas em 1946, depois de serem tomadas pelo Grande Reich Nazista, Noterska não foi indexada, seguindo a ideia de ter feito um pacto de não-agressão com o seu vizinho, embora garantisse que não tinham contato com os inimigos ao Norte, Noterska mantinha uma perfeita relação diplomática com a Inglaterra e o Reich, mas os líderes nazistas desconheciam a relação de agente duplo do Presidente Klaus Shawl.

Quando informados do papel de Noterska no andamento da Guerra, o líder nazista decidiu por indexar e tomar a capital, Ondlag, bombardeando-a, destruindo-a e tornando seu povo escravo. No centro fora construída uma grande estátua em homenagem ao Führer, na periferia, os judeus e muçulmanos se tornaram meros objetos de gozo dos soldados e cidadãos que quisessem usá-los como joguetes. A resistência se ergueu contra o movimento, mas fora aniquilada em questão de poucos dias, a queda os tornou tão destituídos, que em 1944, com a queda do controle Nazista, os periféricos e a própria resistência se tornaram incapazes de retornarem ao seu ponto de início.

Com a intenção de auxiliar seu aliado a se reconstruir, a Inglaterra e os Estados Unidos montaram fábricas nos arredores da capital, chamados de Ghenns (regiões habitadas por excluídos e pobres), mas a verdade por detrás era que estes países estavam interessados na mão-de-obra quase que escrava. Em 1952, os Ghenns se expandiram até sua borda com a Região Central e um Muro foi construído como forma de dividir a região relativamente desenvolvida, mais tecnológica e abastada da cidade daquilo que os poderosos chamavam de insignificância e lixo de Noterska.

1. A FORMAÇÃO DE NOTERSKA

A queda do Império Romano representou o ápice da formação cultural do povo de Noterska que eram chamados pelos romanos como Ulinos. Antes da Queda de Roma, a distribuição do povo por entre a Europa era fraca e muito pouco consistente, a unidade cultural era inexistente. O que o unia o mundo Noterska eram seus deuses, a língua que falavam e a forma com a qual suas comunidades eram organizadas, distinguíveis frente aos povos da época.

2. A Proclamação da República

Cerca de 1300 anos depois, em 1845, o Rei Sonda Rommenl sofreu o mesmo destino que o rei assassinado pela deusa-mãe, embora tenha sido em uma guilhotina. O processo da proclamação da República em Noterska foi longo e exigiu do povo uma guerra sem igual, em que o próprio povo fora dizimado e o Rei morto, junto a toda sua corte e nobreza, totalizando milhares de guilhotinas caindo aos pescoços de nobres e homens corteses. O caso mais tenebroso do povo no poder de uma guilhotina fora do garoto Mikalil Rommenl, príncipe herdeiro do trono de Noterska, triplamente estuprado em praça pública e posto para a guilhotina nu, prostrado com um pedaço de madeira em seu ânus. Em 1851, o escritor e monarquista Mathus Karanjehill diz:

"[...] o povo subiu uma revolução sangrenta, irracional e colocou ao poder um grupo de homens insatisfeitos com a monarquia por sua própria intenção de tornar a pátria uma porção de terra de prostitutas e ladrões [...] os bandidos que formaram a revolução e estupraram o pequeno Mikalil também foram responsáveis pelo aborto da Monarquia em sua fase de maior ápice, com a rendição dos Geledaes ao norte, uma guerra que já durava dezenas de anos [...]"

O pequeno Mikalil se tornou mártir em dezenas de incursões populares ainda durante a revolução republicana. O povo pedia por justiça e que os estupradores e idealizadores de tamanha crueldade fossem presos, mortos, estuprados e caíssem sobre a guilhotina de forma tal qual o pequeno Mikalil. Em um periódico da época, um liberal defensor das incursões de justiça ao pequeno Mikalil, narrou as cenas de tortura e horror que vivera o herdeiro do porvir em seus últimos momentos de vida, no periódico O Científico Liberal:

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