❤ CAPÍTULO 2 ❤

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   Mais uma vez acordo pela manhã com meu estômago revirando, mal tenho tempo de chegar no vaso, antes de vomitar o que tem e também o que não tem nele, mais mesmo assim o enjoo não passa, me sinto fraca

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   Mais uma vez acordo pela manhã com meu estômago revirando, mal tenho tempo de chegar no vaso, antes de vomitar o que tem e também o que não tem nele, mais mesmo assim o enjoo não passa, me sinto fraca. Sei que em alguma hora terei que procurar um médico, mas por enquanto, ainda consigo suportar o incomodo. Odeio hospitais, o cheiro característico de antissépticos me lembram os machucados da minha infância. Entro debaixo do chuveiro, deixando a água levar embora um pouco do meu mal-estar.

Quando me sinto melhor, me arrasto novamente para a cama, pego meu celular debaixo do travesseiro, conectando ao carregador na tomada junto ao criado-mudo. Fecho meus olhos, enquanto espero carregar algumas porcentagens suficientes de bateria.

Meu estomago não para, e minha cabeça lateja, é como se minhas forças estivessem sumindo. Tenho certeza que tudo isso está ligado ao meu emocional, tenho tido essas coisas desde aquele cretino partiu.

Não consigo comer nada direito, e quando como, no instante seguinte coloco tudo para fora no banheiro. Fora as oscilações de humor, esses dias descontei minhas frustações todas em Paul, o pobre coitado nem soube o que o atingiu, quando iniciamos uma discussão sobre catchup, ou cheddar na batata frita. Eu sabia que estava exagerando, mas foi incontrolável, quando percebi estava chorando no meio da lanchonete.

Às 8:30 estou pronta, como sempre, para o trabalho. Grito que pode entrar, quando alguém bate na porta do meu quarto. Valentina, entra com sua graciosidade, e eu a odeio por ser tão boa de manhã, enquanto eu pareço uma boneca de vodu, com olheiras enormes, que nem o melhor corretivo é capaz de esconder.

— Becca, você está com uma cara péssima! — Ela me olha preocupada

— Não ando muito bem, não sei o que está acontecendo, talvez seja alguma virose — Arrumo minha bolsa — Mas vai passar!

— Ou talvez, seja saudades de um certo peão! — Ela se senta na cama

— Como eu disse, vai passar!

— Porque você tem que ser tão cabeça dura assim? — Ela joga as mãos para o alto.

— Porque sim, e sim, porque sim é resposta! — Passo por ela indo para a porta — Vamos, não quero chegar atrasada, sua casamenteira de araque.

De braços dados, descemos os degraus contando um por um, como fazemos desde de crianças. Ao entrarmos na cozinha, Paul está sentado à mesa conversando com Bete, mas seu sorriso aumenta quando vê a noiva. Sei que soa horrível, mas uma pontinha de inveja do relacionamento dos dois, aparece e outra onda de chora ameaça aparecer. Como apenas algumas torradas, mesmo sem vontade, enquanto conversamos.

Minha cabeça parece querer explodir, e assim que chego na clínica corro para o banheiro novamente. Durante a manhã tenho que agendar diversas palestras do meu patrão em algumas faculdades, isso me fez lembrar do Will. Onde será que ele está agora? Estudando, ou farreando com alguma "coleguinha gringa"? E esses tipos de pensamentos me fazem querer chutar minha própria cabeça para deixar de ser besta

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