Ainda doí

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Ainda doí. Doí ver te e não te ter, doí querer te e não poder. Doí saber que nunca mais vou te sentir, que os nossos corpos nunca se voltaram a encontras e os nossos nunca mais se voltaram a interlaçar.

Doí. Doí ver te com outro alguém, doí ver que seguiste em frente e que estas a passar o que passamos com outro alguém. Seguiste a tua vida e eu nem sei o que fazer com a minha.

Eu não quero que me ames, mas também não quero te amar, entendes? Eu quero que não doa quero que não sinta mais falta e deixe de haver um acelerar no coração sempre que te vejo. Quero deixar de recordar os nossos momentos, as nossas historias, ou seja, que deixar de te recordar.

Eu quero não querer te porque no fundo quero. Quero que a angustia passe e o amor também, quero voltar a sentir segurança e melhor voltar a amar alguém como te amei, quero que alguém em faça sentir como tu me fazias.

Porra, eu quero não querer te porque no fundo eu quero. E doí. Bastante. Ao certo eu nem sei bem o que sinto, isto anda tao confuso que nem eu mesma me entendo. Quer dizer, nunca me entendi, mas cada vez está pior...

Eu quero não querer porque no fundo eu quero, vem, abraça-me, beija-me uma ultima vez. Vamos recordar os velhos tempos. Ou então não.

Pensando bem não venhas. Vai me custar mais.

Vem e não vem. Vem, mas faz me arrepender de teres vindo. Não venhas porque não vale a pena.

Pareço-te confusa? A mim não, quer dizer se calhar um pouco. Sim eu estou confusa. Mas é normal, o amor é um misto de confusões e quando ele acaba é o dobro das emoções misturadas num copo de vodka pura.

Tenho de apanhar uma grande bebedeira, eu digo. Pode ser que assim não me lembre de ti. Ou então até ligue para ti. Eu não sei. Vamos tentar?

Eu quero não querer te porque fundo eu quero. E tu não queres. Pelo menos não mais.

E doí eu querer te e não poder, eu querer te e tu não. Amor que não é reciproco dói. E ainda doí.

Cartas PerdidasWhere stories live. Discover now