Cartas Para Um Anjo(Romance)

Capitulo 1

29 de abril de 2016

Todos os dias são iguais para mim. Sempre sonhei em viver em um lugar confortável, onde nem se quer um barulho de um mosquito me pertubasse. Meu pai decidiu morar em São Paulo comigo quando tinha meus quatros anos de Idade. Minha mãe nunca quis saber de mim, disse que eu fui e sou um atraso na vida dela. Meu pai não suportava ver ela dizer isso. Quando eles se divorciaram fui logo pensando em me acostumar uma vida sem minha mãe.

Primeiro passo seria esquecer todos os dias das mães, segundo não me apaixonar por ninguém com o mesmo nome que o dela, terceiro e último eu teria que arranchar um jeito de fazer com que meu pai esquecesse ela. Eu já não supotava ouvir Roberto Carlos todos os dias. Meu pai disse que o sonho de minha mãe seria casar, ter filhos, mas ele disse se desacreditar quando viu que ela tinha mudado de opinião de uma hora pra outra.

Minha vida sempre foi mais ou menos. Minha avó é uma das pessoas que eu mais amo nesse mundo, ela é minha avó por parte de pai. Minha avó diz que existem vários tipos de crianças:

* Aquelas que se encostam nos móveis e ficam falando sozinhos;
* Aquelas que são o que não são, se diz ser comportados, mas são o diabo sem rabo.
* Aquelas crianças choronas e etc..

Eu fazia parte das crianças choronas, se bem que nada mudou, pois eu ainda choro muito entre quatro paredes. Mas, também sempre fui uma pessoa comportada, sapeca e muito, mais muito inocente. Se não fosse a escola eu nunca teria aprendido os famosos palavrões esticados. Todos faziam o que fazia comigo, eu nunca tinha uma resposta concreta para responder para uma discussão típica de alunos mau enfrentados.

Me chamo Ângelo, mas sou mais conhecido como Angel. Talvez seja pela fisionomia de um anjo? Não considero um garoto de cor branca, louro, sarnas ao redor dos olhos e um pouco baixinho considerado um anjo.
Meu pai esta trabalhando em uma empresa de moda. Sempre tive o que quis. Fico com raiva por não ter fotos mimhas quando criança a tecnologia era pouco e meu pai disse que não existia máquinas fotograficas naquela época - Qual é pai, corta essa... Eu  não nasci antes de Cristo.

Saio da cama em um pulo. Estou apenas com um calção branco, vou até o banheiro e molho meu rosto, escovo meus dentes. Vou até a cozinha e vejo meu pai lendo sua última revista publicada.

- Bom dia, pai. - cumprimento pegando uma maçã.

- Bom dia, Angel. - responde tomando sua xícara de chá feita pela empregada Glória uma certa senhora de idade morena e muito simpática. Meu pai é branco minha fisionomia toda. Não teria como dizer que ele não era meu pai e eu não ser seu filho. - Hoje é seu primeiro dia de aula.

Reviro meus olhos só de saber que irei ter que enfrentar esse desafio. Me sento mesa em frente ao meu pai. Nossa mansão é enorme, sem falar da biblioteca que é uma das maiores sala da mansão. Meu pai se tornou milionário quando eu tive meus doze anos quando sua quinta revista top model que foi uma das que mais fez sucesso.

Fico perguntando se minha mãe não se arrepente de ter deixado meu pai, mas ela parece tão segura de si que nem se quer dar um sinal de vida.

- Pai, eu posso faltar hoje. - resmungo cruzando os braços e fazendo um bico e uma carinha que meu pai se derretia.

- An.... Angel, meu filho... Você vai gostar muito. - meu pai fala suavemente para que eu também caia na armadilha dele. - É uma das melhores escolas de São Paulo. Seu amigo Bobby disse que lá é uma escola legal...

Reviro os olhos e encaro meu pai. Odeio Bobby.

- Bobby não sabe o que fala. - digo pegando um suco.