Luna pov
Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto, olhei em direção a janela e vi apenas uma silhueta, pisquei algumas vezes até conseguir enxergar, vi Margo andando em minha direção e a encarei séria.
- Não faz essa cara pra mim não, já são 10hrs. - Ela puxou meu cobertor- Eu to saindo com seu irmão, volto daqui a puco. Hayes, não deixa ela dormir de novo! -Disse saindo do quarto e fechando a porta-
Continuei encarando a porta, ainda tentando acordar, vi Hayes saindo de uma das portas que tinha no quarto. Ele sorriu e se sentou na minha frente.
- Bom dia.
- Nada bom. -Puxei o cobertor até a minha cabeça-
- A senhora não vai voltar a dormir. -Ele puxou o cobertor-
- Você não manda em mim. -Disse colocando a cara no travisseiro-
- Eu trouxe café. -Eu olhei pra ele com um sorriso no rosto- Gorda. -Ele revirou os olhos e riu-
Se levantou e sentou na pequena mesinha que tinha na sacada. Eu o olhei com preguiça, mas minha barriga roncou tão forte que me obrigou a levantar.
- Eu poderia comer uma vaca inteira com a fome que eu to. -Me sentei e peguei o lanche que estava em cima da mesa dando uma mordida generosa-
- Só não come os dedos. -Ele disse me observando comer e eu revirei os olhos dando outra mordida-
- E a ressaca? -Disse tentando puxar algum assunto-
- Sempre aqui pra me lembrar que eu não deveria beber.
- Beber você pode beber a vontade, mas a próxima vez que bater na minha porta 3hrs da manhã, eu vou ser obrigada a te jogar da sacada. -Ele riu-
- Obrigada por cuidar de mim.
- Você me deve uma. -Tomei um gole do suco que estava em cima da mesa-
- Quando quiser. -Ele disse pegando o copo da minha mão e bebendo um gole também, o encarei séria-
- Você tem sorte que eu to com muita preguiça pra te bater.
- Então vou aproveitar essa preguiça. -Disse pegando o lanche q eu comia alguns segundos atrás e mordendo-
- Agora você brincou com fogo. -O encarei séria e o sorriso em seu rosto diminuiu-
- Exagerei? -Perguntou colocando o lanche no mesmo lugar que estava antes-
- Até demais.
Ele correu e eu pulei nas suas costas tampando seu olho, ele me jogou na cama e eu o empurrei, me levantei e ele gritou me fazendo rir.
- Suba aqui e me enfrente. Eu o desafio!
- Eu prefiro morrer do que perder a vida. -Disse fingindo falar sério e eu ri novamente-
- Vamos! Suba aqui a mostre do que é capaz, ou... você está com medo? -Ele pulou na cama e me encarou-
- Desafio aceito.
Nós nos encaramos por alguns segundos e então ele me segurou pela barriga me derrubado, soltei um grito de surpresa, minhas costas bateu no colchão confortavel, e eu virei rapidamente sem tempo dele me prender e o empurrei com o pé, ele caiu no chão e ouvi um grito de dor.
- Se renda e saia vivo! -Disse o olhando de cima da cama-
- Jamais. -Ele puxou meu braço e eu cai em cima dele-
- O inimigo é inteligente, mas não o suficiente. -Coloquei o joelho em cima de seu estômago.- Se renda!
- Nunca!
- Então terá que morrer. -Precionei meu joelho-
- Oh não! Ela me venceu. -Disse fechando os olhos e relaxando o corpo-
- A luta acaba. -Digo me levantando e pulando pelo quarto- A plateia vai a loucura, todos gritando, LUNA, LUNA, LUNA, LUNA!!
- Mas algo inacreditável acontece. -Ele se levanta- Ele ainda não morreu, será que usará suas últimas energia contra a inimiga?
- Maldito! Eu te matei, com meus próprios joelhos.
- Não morrerei sem minha vingaça! -Ele começou a correr atrás de mim-
- Nunca conseguirá me vencer. -Subi na cama de Margo-
Ele puxou minhas pernas e eu cai novamente, ele me pegou pela cintura e me colocou em seus ombros.
- Quais suas últimas palavras?
- MINHA FAMÍLIA SE VINGARÁ!
- Adeus pequena inimiga. -Ele me jogou na cama e logo depois se jogou em cima de mim, gemi ao sentir seu peso sobre mim-
- Diga a minha mãe que eu a amo... -Fechei meus olhos e coloquei a língua pra fora-
Abri os olhos e ele me encarava, os dois começaram a rir que nem dois idiotas.
Margo entrou no quarto e nos olhou jogados na cama rindo, depois olhou ao redor do quarto.
- Eu saio por vinte minutos e vocês destroem o quarto.
- Aconteceu a maior luta de todos os tempos. -Hayes disse empolgado-
- A única luta aqui vai ser minha mão voando na cara de vocês se não arrumarem tudo isso agora.
- Ela desrespeitou a luta de todos os tempos. -Disse apontando pra ela-
- Você pensou no mesmo que eu? -Hayes me olhou sorrindo-
- Vamos nessa!
Nós corremos até ela e a pegamos no colo a levando até a cama.
- Retire o que disse! -Falei enquanto Margo ria e se debatia-
- NUNCA!
- Ela tem que morrer. -Ele me olhou- Um
- Dois.
- TRÊS. -Nós falamos juntos e a jogamos na cama. Hayes se jogou em cima dela e eu em cima dele-
Margo batia em Hayes, eu não sabia que ela estava rindo ou se tentava respirar, mas eu também comecei a rir.
Ouvi a porta abrindo e olhei em direção a mesma e Sammy nos encarava confuso.
- Eu não vou nem perguntar. -Ele disse- Os vizinhos estão reclamando do barulho, façam mais silêncio. -Ele se jogou na minha cama e ligou a TV.
Sai de cima de Hayes e ele de cima de Margo, que continuou jogada na cama.
Voltei para a mesinha da sacada e peguei meu lanche mordendo o mesmo.
- Onde vamos hoje? -Voltei para dentro e me joguei do lado de Sammy-
- Para um karaokê.
- Vai ter comida? -O olhei-
- Só pensa em comer. -Ele revirou os olhos-
- É a única coisa que não me decepciona.
- Eu te decepciono? -Margo perguntou-
- Todo dia.
- E eu? -Sammy me olhou-
- Você naseceu pra me atormentar, o que acha?
- Faz sentido. -Disse voltando sua atenção para a TV-
- Como eu te decepciono? -Margo voltou a perguntar-
- Que horas você me acordou hoje?
- 10hrs.
- Assim. -A olhei e ela revirou os olhos-
- Desculpa se eu queria te fazer viver um pouco.
- Até agora eu só fiquei no quarto com um monte de panaca. Uau, como é bom viver.
- Está desmerecendo nossa luta histórica? -Hayes me olhou ofendido-
- Ok, isso valeu apena. -Ele riu-
Começamos a prestar atenção no filme que Sammy assistia, alguns dos meninos desceram pro nosso quarto, enquanto os outros faziam outras coisas, e assim passamos a tarde toda.
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Remember Last // H.G
FanfictionO mais estranho quando você reencontra alguém que conhecia na infância, é perceber como as coisas mudam.