Capítulo 16

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7 ANOS ANTES

POV Alexa

Já fazem duas semanas que eu proibi a entrada de Richard em meu quarto. Ele já me ameaçou diversas vezes dizendo que iria me matar e que iria fazer da minha vida um inferno. Porém eu não ligo mais para suas ameaças pois eu sei que no fundo ele nunca mataria sua fonte inesgotável de prazer.

- ALEXA! Abre essa porta agora!

Disse Richard do lado de fora do meu quarto enquanto batia ferozmente na porta. Eu nunca respondo, porém quando eu percebo que tem a opção dele arrombar a porta eu pulo a janela e me escondo na parte de fora do telhado onde ele não pode me ver.

Richard só sabe que eu estou em casa pois eu faço comida e deixo meus sapatos na entrada da casa. Há 3 semanas atrás Richard me levou em uma psiquiatra onde ele me disse que se eu fosse junto a ele, ele pararia com os abusos, porém logicamente ele mentiu. Quando eu cheguei em casa no outro dia ele já estava lá me esperando.

- Ela está dentro do quarto!

Diz ele me chamando atenção. Com quem ele está falando? Depois de alguns minutos de silencio eu já não estava mais preocupada, porém bruscamente a porta cai e dois homens de branco correm até mim me segurando pelo braço.

- ME SOLTA! QUE MERDA É ESSA RICHARD?

Ele se aproxima e faz sua melhor cara de preocupado colocando a mão em meu rosto.

- Calma minha filha, eu prometo que vou cuidar de você.

Eu estranhei seu comportamento e então me debati para tentar sair dali. Porém os dois homens me seguravam e me levavam para a fora onde me colocaram em uma ambulância.

QUE PORRA TÁ ACONTECENDO?

Eu me pergunto desesperada não sabendo para onde estão me levando. Me senti indefesa, quebrada, desamparada. Tudo estava sendo confuso e angustiante ao mesmo tempo.

Depois de ter sido internada semana passada eu consegui algumas informações que esclareceram o porquê de eu estar aqui.

Richard conseguiu um laudo psiquiátrico alegando que eu tenho distúrbios mentais. Ele também conseguiu me colocar em uma clínica com esse laudo e agora ele me visita apenas para parecer um bom pai. Todos os dias eu fico quieta apenas lendo alguns livros ou desenhando alguma coisa. Minhas próprias enfermeiras dizem que não sabem o motivo de eu estar aqui, e até já falaram com Richard sobre isso, porém ele obviamente esfregou o laudo na cara delas como se isso fosse o seu maior álibi.

Já se passaram 2 meses que estou aqui e posso afirmar que estou mais louca aqui dentro do que lá fora. Nestes 2 meses foi meu aniversário de 16 anos ninguém além de Dona Rosa minha enfermeira me parabenizaram.

- Alexa seu pai está aqui e ele assinou os papéis para sua liberação.

Dona Rosa diz, eu me levanto rapidamente e fico em choque. Por algum tempo eu pensei que não sairia mais daqui. Dona Rosa me ajudou a preparar tudo e se despediu de mim. Quando cheguei na recepção cuja antes eu não podia chegar por ser proibido para pacientes, eu vi Richard com um sorriso sarcástico no rosto. Eu não disse nada, apenas assinei alguns papéis e sai daquele lugar. Richard não disse uma palavra no carro em direção à casa. Eu estava aliviada, porém uma dúvida me ocorreu. Richard continuaria a me estuprar?

Quando chegamos em casa eu entrei e respirei fundo o ar da liberdade que só durou alguns segundos pois Richard me agarrou e me jogou no sofá. Ela me olhou e então tentou abrir minhas pernas para se posicionar no meio delas, porém eu as mantive fechada enquanto ele gritava ordenando para que eu abrisse. Em um momento de vacilo meu ele consegui abrir minhas pernas e abrir suas calças colocando para fora a arma que ele usou durante toda minha vida. Ela me penetrou e então falou palavras inelegíveis.

- Eu estava com tanta saudade...

Ele então me estuprou, não uma ou duas vezes mais sim oito. Eu estava tão quebrada que ao acordar no outro dia eu não consegui me levantar com a dor no meio de minhas pernas. Mesmo com a dor e a dificuldade de me locomover, Richard me estuprou novamente naquela noite.

Depois de algum tempo desde que eu sai da clíninca Richard me informou que o tempo em que eu estive lá ele se saciou com prostitutas e que em um momento de irresponsabilidade ele acabou engravidando uma delas. Para mim não foi surpresa que isso acontecesse porém a surpresa veio depois.

- Quando a criança nascer ela vem morar com a gente.

Eu gelei e apenas aceitei pois não poderia discordar.

6 meses depois daquele acontecimento Richard veio do trabalho com a notícia de que a criança nasceu. No início eu ignorava a pequena, porém depois de um ano eu já sabia que eu cuidaria dela com todo amor e carinho. Eu daria a ela o que Richard não me deu. AMOR. Eu prometi para mim mesma que ele não colocaria suas mãos imundas nela!

A garota dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora