Os Viajantes - Origem

Capítulo 1 - Conspirador.

Certo, certo, certo, vejamos o que vocês leitores gostariam de saber primeiro sobre essa épica história, os sensatos seriam começar apresentando o ano que é 1922 e a cidade na qual estamos que é Nuvia, na verdade, seria exatamente o que uma história convencional faria, acho eu, mas essa não é uma história convencional, então que se dane! Vamos mostrar direto nosso protagonista.

Está vendo aquele sujeitinho de cabelos grandes e sobretudo azul, aquele lá que carrega uma bicicleta repleta de jornais, bem em frente a sua casa, este é o nosso protagonista, notaram o que eu disse? " bem em frente sua casa ", em vez de dizer em frente a garagem de sua casa, pois então, essa e a primeira coisa que vamos descobrir sobre o curioso sujeito chamado Gavi, ele mora nessa garagem, essa é sua casa, ele tem 17 anos e é um jornalista de garagem, ou seja, ele produz jornais artesanalmente em sua garagem barra casa, viram só? Não é difícil. Gavi ao copiar os 52 exemplares de cada edição semanal de seu jornal, sai pela vizinhança para vender seu original para os residentes, pelo preço de algumas moedas ou uma ferramenta útil para seus experimentos de garagem, mais a frente vocês saberão o que são esses tais experimentos de garagem e também o que Gavi faz com os ganhos de sua venda.

O diferencial do jornal de Gavi, intitulado como "Evolution AGE", além é claro de ser copiado a mão e vendido por um guri que aceita chaves de fenda em troca como pagamento, é que não se trata de um jornal de conteúdo convencional, não, não, o Evolution AGE fala sobre coisas um tanto peculiares.

- Ei garoto, procurando seus monstros?

A voz irônica de um dos residentes da Rua 5 coou, o sujeito estava de pé em sua varanda, Gabi ignorou e claro, eles não o compreendiam, achavam que ele era louco, devido os lobisomens, unicórnios e os viajantes espaciais, e outras das coisas que ele notícionava no Evolution AGE, mas ele tinha seus motivos para acreditar naquilo tudo e querer mostrar a todos que se tratavam de coisas reais. O trajeto casual do nosso protagonista conspirador estava sendo seguido com êxito, e até aquele momento, em algumas casas ele havia conseguido lucrar algumas coisas, mas foi chegando próximo a Rua 7 ele ouviu algo que o fez virar os olhos com veemência, dessa vez não a frase irônica de um residente bocô ocasional, não, era algo doce, suave, que ele odiava ouvir...