Capítulo 6

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Tentei me levantar da cama mas não consegui ao ver que minhas mãos, elas  estavam algemadas, assim como meus pés.

-Ele te estuprou

-Laurinha ele não abusou de você, ele não seria capaz...Ele abusou de você.

-Não, ele disse que não iria abusar de mim. Ele disse que me queria por completo.

-Como assim Laura.

-Ele não me queria dessa forma, ele queria que eu fosse dele, só dele. Ele queria que eu me entrega-se toda para ele, ele não queria nada forçado.

-Nossa que dominador.

Ele três vezes por dia ia ao quarto, para me dar comida e me deixar ir ao banheiro.

-E como você comia com algemas.

-Ele te dava comida na boca.

-Não ele tirava as algemas para eu comer e ir ao banheiro.

-Como foi você olhar para ele todos aqueles dias.

-Foi a pior coisa que eu poderia fazer.

-Como era.

-Era nojento, eu sentia nojo dele, depois que fiquei sabendo do que ele era capaz.

- Laura como escapou  de lá.

Teve um dia, o último dia que estive lá, notei que ele não foi ir me dar café, e nem almoço, veio várias hipóteses em minha cabeça. Foi ai que pensei em gritar por socorro, mas não adiantava de nada, parecia que as paredes eram a prova de som.
Então comecei, a tentar soltar a minha mão direita. Acho que devo ter tentado soltar ela por 30 minutos. Mas não consegui.
Ele era esperto demais em ter me colocado algemas.
Então quase desistindo, vi que a cama era de grades de ferro, nas duas pontas da  cama, do lado esquerdo e direito, avias duas bolas douradas, então peguei as algemas e joguei contra as bolas douradas,fiz movimentos de vai e vem, e consegui tira-lás, mas aqueles  movimento de vai e vem fizeram doer muito.
Vi que saiu umas lascas de pele de meus pulsos, não saiu sangue, ainda bem,  assim ele não iria ver por onde eu escapei.
Depois foi muito, muito difícil de soltar os meus pés.

-como soltou os seus pés. Porque o tornozelo e o garrão do pé são partes grandes, e difíceis de tirar as algemas.

Fiquei pensando o que eu usaria ou oque iria fazer para me tirar dali. Então por sorte, lembrei que em um dos criados mudos havia um alicate que ele usava para me machucar.
Tentei abrir, lembrei que estava trancada. Ele mantinha trancado caso eu fugisse. Ele era tão convencido que dizia que eu nunca iria sair daquele quarto. Pelo visto estava errado, em ralação a sua fortaleza.
Então com toda a força que eu tinha, dei um soco na gaveta do criado mudo, que quase abriu, então eu peguei um abajur e joguei contra a gaveta, que se abriu. Peguei o alicate e me soltei com cuidado.
Fui direto no computador procurar por ajuda, mas quase o quebrei, em ver que não tinha internet.

-Pensa Laura ele não iria te deixar lá naquele quarto, com poucas chances de escapar e se escapasse poderia usar o computador com internet, para escapar ou chamar ajuda.

Então procurei por todo o lado uma maneira de escapar. Vi que havia uma janela coberto por uma enorme cortina, mas estava fechada. Abri e tive a má sorte de ver que tinha enormes grades e arames enfarpados.

-Porque não tentou a porta de início.

-Porque eu já sabia que ela estava trancada.

Procurei e procurei mas só havia a porta de saída. Fui até ela devagar e girei a maçaneta com medo de estar trancada ou medo do Marcos estar do outro lado da porta.

Abri.

Vocês não imaginam a minha alegria ao ver que ele deixou a porta aberta, ELE DEIXOU ABERTA,***ABERTA***.
Não pensei duas vezes e corri tanto, naqueles corredores, que as únicas coisas que pude notar, foram que as paredes eram de um branco escuro e que havia retratos meus nas paredes.
Vi que na casa tinha  funcionários (eu espero que não tenham me visto),e câmeras, então entrei em um comodo e notei que era uma cozinha muito grande e peguei um uniforme de assistente de cozinha.
Assim ninguém iria me notar, naquela casa.

Procurei uma porta principal, mas achei que tinha me perdido em tantos corredores. Achei a porta dos fundos, tirei aquela roupa que era a minha única escapatória e sai correndo daquela casa grande.

Não sabia em que bairro estava, então corri em direção a um táxi ali estacionado, e pedi para ele me trazer até a casa de Elisa. Eu disse para o taxista que eu estava perdida, e que não sabia onde estava, ele me disse, que eu estava em um dos bairros mais nobres e sossegados da nossa cidade vizinha. Ele me trouxe a casa de Elisa, disse a ele, que não havia trazido dinheiro comigo, ele apenas me olhou e disse que na vida dinheiro não é tudo.
Ele me disse tchau e foi embora.





Obrigada meus amores por lerem até aqui, espero que estejam gostando,  digo a vocês que já no capítulo 7 e 8, haverá muitas surpresas beijão e até mais.
♥️♥️♥️♥️♥️♥️

Coração ObsessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora