Chuck & Nate

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  P.O.V. Chuck

Antes que eu pudesse lhe responder, ele continua:

— Eu não posso cancelar esse noivado!  — ele parecia cada vez mais desesperado.  -— O futuro da minha família depende desse casamento, Chuck. 

— Calma, Nathaniel. Vamos pensar em alguma coisa.... — foi o que consegui responder, agarrando um de seus ombros. — Já saímos de situações piores do que essa, esqueceu? — tento levantar seu ânimo da melhor maneira possível no momento.

Lentamente ele começa a concordar com a cabeça e um tímido sorriso nasce em seu rosto.

— Então... a Lady Serena lhe reconheceu? — pergunto enquanto começo a pensar em uma estratégia.

— Sim, conversamos rapidamente durante a dança. — responde. — Ela me pediu para fingir que não nos conhecíamos. Disse que os Waldorf estão muito ansiosos com o casamento e ela não quer decepcionar a amiga.

— Ela correspondeu seus sentimentos? — questiono-lhe mais diretamente agora.

— Sim, mas disse que não posso cancelar esse casamento. Que não se casaria comigo... — agora está quase a beira das lágrimas.

O maior problema ali, não era a traição que ambos cometeram, mas que uma pessoa sairia dali machucada, nem Nate, nem Lady Serena, mas sim a própria Lady Blair.

Não acho que Waldorf ame Nathaniel, porém ela não pode ficar sabendo que um caso entre seu noivo e sua melhor amiga aconteceu, jamais!

— Sugiro que vá se deitar. — aconselho-lhe. — Amanhã, depois que tiver uma boa noite de sono, conseguirá pensar melhor.

Ele concorda com a cabeça, indo em direção aos anfitriões e pedindo sua licença.

Viro-me para onde acho ter visto Lady Blair pela última vez e me dirigo até lá. Infelizmente sinto que nossa conversa não pode esperar até o dia seguinte. Preciso confirmar...Preciso saber o que ela sente por Nathaniel, para o meu próprio bem.

***
P.O.V. Blair

Assim que termino de falar com Serena, a mesma se retira, voltando para o salão. Decido permanecer no aposento por mais alguns minutos, aproveitando a brisa que vem da imensa janela. É quando percebo que não estou mais sozinha ali.

Viro-me e logo meus olhos se cruzam com os de Bass. A última pessoa que gostaria de ver naquele momento.  Nossa dança já não fora o suficiente? Tento manter minha indignação controle e pergunto-lhe cortês:

— O quê o senhor está fazendo aqui? — ele se aproxima, sem, contudo, me responder. — Deseja me falar mais alguma coisa, Milorde?

— Creio que nossa conversa não possa esperar até amanhã de manhã. — ele se aproxima cada vez mais enquanto fala. Quando percebo, ele já me emprensou contra a parede. Muito perto! Não aqui!

Meu coração começou a bater tão rápido quanto o meu desespero. Ele estava tão perto agora que quase podia ouvir sua respiração. Ele é louco! Foi essa a minha conclusão.

— Está nervosa... — observa, murmurando mais para si mesmo do que para mim. Porém, sua próxima reação é ainda mais estranha: ele se afasta, rindo cínico. — Aqui não é o lugar para isso, Milady...

— Seu indecente! — bravejo, desencostando-me da parede. — O senhor não tem vergonha?

— Sou Chuck Bass.

De novo essa frase...Como apenas três palavras conseguiam me irritar...

— O que o senhor quer falar comigo? — repito, tentando voltar ao assunto, ou melhor, fugindo de um.

—  Que tal uma aposta, Milady? — questiona parecendo satisfeito com a própria indagação.

Eu não estava entendendo nada, mas é óbvio que não poderia transparecer isso, então resolvo jogar seu jogo, respondendo:

— E qual seria?

— Daqui a cinco dias, na véspera do casamento, se a senhora conquistar o Lorde Nathaniel, então me retirarei e o que aconteceu hoje mais cedo, será enterrado. Claro, a senhora nunca mais me verá novamente.

— E se eu não conseguir? É óbvio que conseguirei, mas estou curiosa para saber o que aconteceria caso viesse a falhar.

— Ah, sim. — ele concorda com a cabeça. — Muito bem, caso a senhora venha a falhar, então... Cancelará o noivado.

— Como? — ele é louco, definitivamente. Sem mais espaço para justificativas. — Cancelar o meu noivado?

— É claro que se a senhora não aceitar essa aposta, irei me retirar desse castelo, porém não posso garantir que sua família não saiba do escândalo de Lady Blair Waldorf. — ele sorri.

Eu fui ameaçada! Eu, Blair Waldorf!

Não sei como acabei me impedindo de dar um tapa em seu rosto. Ao contrário, devolvi o sorriso tentando demonstrar que a chantagem não funcionara comigo.

Por fim, estendi uma das mãos dizendo:

— Fechado. — ele por sua vez, ainda sorrindo, fez o mesmo gesto.

Apertamos nossas mãos em sinal de acordo. Eu não iria perder.

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Olá, leitores!

Essa aposta promete...
Só pergunto uma coisa: como não amar Chuck Bass?

Até mais

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