Capítulo 4

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As horas que se seguiram foram acompanhadas pela amargura e tristeza, a medida que a noite se aproximava,o céu escurecia, logo uma chuva quente começou a cair.

-Talvez a chuva seja passageira-Disse o assassino interrompendo o silêncio

-Não sei-ponderou seu espião

-Então que dizer que o filho da mãe morreu?

-Sim, é só o que se fala na cidade

-Algum suspeito?

-Não, senhor

O assassino serviu-se de conhaque,sentou na cama e refletiu pela milésima vez sobre o que tinha feito.Nada em muitos dias tivera o poder de aborrecê-lo ou preocupa-lo. Sua vida seguira por um caminho cinzento e sem vida,que não oferecia pontos de referência seguros e do qual parecia não haver perdão e nem volta.De algum modo,porém, aquilo não importava, nada mais importava pra falar a verdade.

-Bem,acho que não tem mais nada a me dizer, já pode ir embora 

O espião deu de ombros e saiu em direção a porta

Ninguém fugia ao destino, os 20 anos sem o amor da família haviam-no ensinado a ter uma dose de resignação...

Amaldiçoada fosse sua família!

Para extravasar sua raiva,chutou a poeira que se acumulava sobre o chão.Seus olhos umedeceram e ele tombou a cabeça pra frente

-Foi por você mamãe, foi por você....

CORAÇAO DE GELO NEGROOnde histórias criam vida. Descubra agora