PRÓLOGO

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Paula narrando:

Antes de contar a minha história a vocês eu devo me apresentar, eu me chamo Paula, sou morena, olhos castanhos escuros, cabelos cacheados e castanhos.

Eu moro em um país de fadas chamado Ferville com meus pais, Tiffany e Saulo. Eu sou adotada, meus pais me falaram que me encontraram ainda recém nascida em uma cesta de palha, um tipo de artesanato que é mais comum pelos humanos, essa cesta estava perto da Grande Barreira* e meus pais tinham acabado de passar por uma grande decepção quando me encontraram. Minha mãe usou a magia dela pra me mostrar essa lembrança, a do dia que ela me achou.

Lembrança :

Mais cedo naquele dia minha mãe tinha acabado de passar no hospifada* e descoberto que infelizmente ela era estéril, ela e meu pai estavam a bastante tempo tentando ter um filho então aquilo foi uma grande decepção pra ela, que voltou pra casa arrasada, meu pai estava esperando por ela na sala de espera mais ela passou reto e ignorou a presença dele, meu pai, preocupado seguiu ela em silêncio, já imaginando qual foi o resultado daquele exame.

Só mais tarde minha mãe resolveu desabafar com meu pai e contar pra ele que ela não poderia ter filhos, meu pai tentou de todas as maneiras possíveis consolar minha mãe mais ela estava desolada, foi quando meu pai teve a ideia de chamar minha mãe pra fazer uma ronda, pelo incrível que pareça trabalhar sempre acalmou muito a minha mãe.

Minha mãe meio relutante aceitou, e quando os dois já tinham patrulhado a Grande Barreira, minha mãe já estava mais calma e haviam decidido ir embora quando eles escutaram um choro de bebê, minha mãe deu um sorriso triste e disse :

__ Até o choro eu estou imaginando agora.

Meu pai que estava estático desde que havia escutado o choro se virou lentamente pra minha mãe com os olhos arregalados.

__ Meu amor você não está imaginando, eu também escutei um choro de bebê.

Minha mãe subiu o olhar pro rosto do meu pai e depois olhou toda a sua volta procurando algum sinal do tal bebê, até que seus olhos pararam em uma cesta dourada que parecia ter sido tecida á mão, dentro da cesta tinha uma coberta grossa que parecia estar se mechendo e era de lá que saía o barulho do choro, minha mãe deu dois passos em direção a cesta mas foi impedida de continuar pela mão do meu pai que estava apoiada no ombro dela.

__ Você tem certeza que consegue fazer isso querida ?

Meu pai perguntou e minha mãe não falou nada, só assentiu com os olhos embargados e seguiu para a cesta, quando ela pegou a cesta a coberta caiu no chão e revelou uma bebê morena com cabelos ralinhos e um sorriso banguela, minha mãe pegou a mão do bebê que apertou o dedo dela, meu pai se aproximou lentamente e acariciou o ombro e o rosto da minha mãe.

__ Você sabe que ela não é nossa filha né? - ele falou com um sorriso triste.

__ Ela pode não ter sido antes, mas a partir de hoje ela passa a ser.

Fim da lembrança

Depois disso minha mãe e meu pai me levaram pra casa deles e cuidaram de mim até hoje, aqui estou eu com 204 luas azuis* de idade, sinal que minha mãe cuidou de mim bem, bem até demais.

Ai vai um pouquinho da personalidade da minha mãe e do meu pai : Minha mãe é parda, tem os cabelos castanhos lisos e meu pai é branco, tem os cabelos castanhos e usa barba, os dois são fadas anãs e tem como trabalho patrulhar a Grande Barreira.

Minha mãe é carinhosa e muito super protetora comigo, eu não posso dar um espirro que pra ela eu já estou com gripe suína, as vezes é muito difícil de entender ela, fica nervosa quando qualquer coisa sai do planejado. Minha mãe é bem pequena por ser uma fada anã, mais as asas dela são bem maiores que ela.

Meu pai também é super protetor mais não tão carinhoso quanto minha mãe, não que ele seja rude, longe disso. Ele só tem dificuldades pra falar de sentimentos e pra demonstrar o carinho, ele é o típico "durão" apesar dele dizer que ama eu e minha mãe todo dia, quando ele está com raiva ele mete medo até na maior das fadas.

Depois que minha mãe e meu pai me adotaram eles passaram a fazer a patrulha em horários diferentes pra mim não ficar sozinha, eu acho isso desnecessário agora que eu não sou mais bebê, mais vai tentar convencer dona Tiffane disso.

Meu melhor amigo se chama Otiniel e ele é um lobisomem, ele sofre com isso tanto como eu já que a maioria dos lobisomens vivem em matilhas e no mundo dos humanos, e ele vive aqui em Ferville, eu sofro porque eu não faço a mínima idéia de que tipo de ser eu sou, eu sei que fada eu não sou porque não tenho asas, como eu fui adotada e não pareço com ninguém de Ferville ou qualquer outra cidade mágica eu me sinto muito deslocada no mundo da magia, a familia de Otiniel foi expulsa de Wolville - o país dos lobisomens - por isso eles moram aqui em Ferville.

Eu tenho um dragão chamado Eclipse, minha mãe me deu ele de presente quando eu fiz 200 luas de aniversário, ela falou que o Eclipse era tão especial como eu, ele é meio azulado e meio dourado, não sei explicar direito, no rabo dele tem espinhos e os olhos são verdes, ele é um bom garoto.

Agora que eu já apresentei a vocês todos que são importantes pra mim eu já posso começar a contar a minha história.

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Oi xuxus ☺

Primeiro capítulo depois da reforma desse livro 😁👏🏻👏🏻

Oq vcs estão achando? 😑

Hospifada: Hospital de fadas

Grande Barreira: Barreira mágica que divide o mundo sobrenatural do mundo dos humanos

Lua azul: No mundo sobrenatural existem 3 ciclos de luas sendo elas a lua branca, ( que também é vista no mundo humano ) a lua azul e a lua vermelha. A lua azul aparece 12 vezes por mês humano e é usada pra contar a idade, a lua branca aparece 1 vez ao mês humano ( raramente 2 vezes ) e é usada pra contar o tempo de colheita e a lua vermelha que também é a mais rara aparece uma vez a cada 5 anos humanos e é usada para contar o ano.

O REINO ESCONDIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora