Sinal fornecido pelo universo de que algo está prestes a acontecer.
"Basta uma decisão para mudar todo rumo da sua vida. E como ondas que reverberam freqüências e conseqüências, é bem provável que você leve algumas pessoas no processo"
Um som estridente, repetitivo, ensurdecedor, soou por toda casa acordando Marta e Ricardo, que como bons juízes – aposentados-, mas ainda assim, juízes, levantaram já buscando uma forma de proteção e fuga.
- Vou ver Alicia e já te encontro – a senhora de cabelos grisalhos coloca seu roupão enquanto caminha a passos largos até o quarto da neta, mas para no caminho ao ver uma silhueta bem conhecida na porta da casa.
Se a situação fosse com outra família, provavelmente, a avó estaria aos berros chamando atenção da neta por ter saído sem avisar de madrugada e com isso ativado o alarme. Mas essa era a família X , marcada por mais mistérios do que acreditam poder suportar.
- Não é possível – Marta desceu as escadas correndo em direção a sua neta, as lágrimas se formando e embaçando sua visão.
- O que houve? – Ricardo que estava logo atrás com a arma em mãos, acompanhou os passos da esposa e suspirou preocupado ao vê-la se aproximar da silhueta. Ele passou as mãos pelo pouco cabelo que tinha e abaixou a arma indo em direção a ela.
- Já sabe o que temos que fazer, né?! – ela fecha e tranca a porta da casa devagar e enxuga as lágrimas enquanto vigia a silhueta que se move em direção as escadas – Não fale com ela, não a toque, apenas a vigie enquanto pego a seringa.
- Será que é preciso? Ela já está indo para o...- ele para de falar ao ver Marta ir em direção ao escritório e destrancá-lo com mais força do que precisava.
- Ô minha menina, será que vamos ter que começar tudo de novo – ele a vigia de perto, sem encostá-la. Ela abre a porta do quarto, senta na cama e deita se cobrindo.
Marta entra em seguida com a seringa em mãos e encontra a neta já deitada.
- Não vai precisar – a senhora respira fundo e abaixa a seringa encostando-se à porta do quarto, a preocupação tomando conta de seu semblante.
Ricardo a abraça em silencio, eles ficam assim por um tempo até ouvirem a neta ressonar, então ele verifica as grades da janela e depois os dois descem em direção a sala.
- O que será que ela foi fazer lá fora? – a senhora enxuga as lágrimas que descem por seu rosto e passa as mãos pelo cabelo.
- Não sei Marta, não sei, agora é esperar a bomba estourar e saber lidar com ela.
XXX
Tcharam! Voltei por aqui também! haha
Prontxs para embarcar em mais um mistério? Para serem tombadxs?
Para começarem as teorias?
Beijos maravilindxs e até breve :*
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Nocturne
RomanceDuas vidas completamente distintas. De países diferentes. Caminhando em direções opostas. Ela com o olhar voltado para capturar e reproduzir a beleza de cada momento. O sentir e transbordar pulsando nas veias. Intensa. Pulsante. Vívida. Ele com os...