espetáculos tornaram-se uma tortura. Em minhas horas solitárias, eu ansiava por eles. Enquanto assistia, podia sentir os golpes nas minhas nádegas como se eu também estivesse sendo espancado e sentia meu pênis endurecer contra a minha vontade, diante da visão das menininhas sendo perseguidas ou até mesmo do príncipe Gerald sendo golpeado e, às vezes, chupado por um pajem para o divertimento da rainha.
"Devo acrescentar que o príncipe Gerald considerava tudo isso muito difícil. Ele era um príncipe muito ansioso, sempre se empenhando para agradar à rainha e punindo- se terrivelmente em sua própria mente por qualquer fracasso. Ele nunca pare cia perceber que muitas de suas tarefas e jogos eram propositalmente os mais difíceis, preparados especialmente para ele. A rainha o fazia pentear os cabelos dela com a escova presa nos dentes. Assim, a tarefa se torna muito mais complexa. E ele chorava quando não conseguia escovar o cabelo dela em cachos suficientemente longos e perfeitos. É claro que a rainha ficava perturbada. Ela o jogava no colo e, com uma escova de cabo de couro, batia nele. O príncipe Gerald deixava as lágrimas escaparem, repleto de vergonha e dor, e temia a pior consequência da cólera da rainha: ser concedido a outros para prazeres e castigos severos."
-Ela já o concedeu a outros, Alexi? - Bela perguntou.
- Quando está irritada comigo, ela me concede a outros - ele continuou. - Mas tenho me rendido e aceitado o fato. Entristece-me, mas aceito. Nunca fico no mesmo frenesi em que o príncipe Gerald sempre se encontrava. Ele implorava à rainha, cobrindo as sandálias dela com beijos silenciosos. Isso nunca adiantava. Quanto mais ele implorava, mais era punido.
-O que aconteceu com ele?
-O tempo do príncipe Gerald aqui terminou e ele foi mandado de volta para o reino dele. Esse dia chega para todos os escravos. Chegará para você também, apesar de
ninguém poder saber quando será, visto a paixão que o príncipe sente e o fato
de ele tê-la despertado e exigido você. Seu reino era uma lenda por aqui.
"Mas o príncipe Gerald voltou para casa ricamente
recompensado e, acho eu, muito aliviado por terem-no deixado ir. Ele foi, obviamente, vestido com belíssimas roupas antes de ser levado e foi recebido pela corte. Nós fomos reunidos para vê-lo partir a cavalo. É esse o costume. Acho que isso foi tão humilhante para o príncipe Gerald quanto todo o resto. Era como se ele se lembrasse de sua nudez e submissão. Mas outros escravos sofrem até mais quando são libertos, por muitas razões. De qualquer forma, quem saberá? Talvez as preocupações sem fim do príncipe Gerald o tenham poupado de algo pior. É impossível dizer. A princesa Lizetta é salva por sua revolta. Sem dúvida, isso era interessante para o príncipe Gerald..." Alexi fez uma pausa para beijar Bela novamente e a
silenciou:
-Não tente entender tudo que acabei de dizer. Isto é, não lente encontrar um significado imediato em tudo isso. Sim- plesmente ouça, aprenda e, quem sabe, o que eu lhe contar possa poupá-la de alguns erros, concedendo-lhe novos níveis de consciência em um futuro próximo. Ah, você é tão frágil, minha flor secreta.
Ele iria abraçar Bela novamente, talvez fascinando-a
com sua paixão mais uma vez, mas ela o conteve tocando os lábios dele com os dedos.
-Mas, me diga, quando você estava acorrentado à parede, no que pensava... quando estava sozinho, você devia sonhar acordado. Com o que sonhava?
-Que pergunta estranha.
A expressão de Bela era muito séria.
- Você pensava em sua antiga vida e desejava estar livre para desfrutar de determinados prazeres?
- Na verdade, não - disse ele devagar. - Pensava mais no que aconteceria comigo a seguir, acho eu. Não sei. Por que pergunta isso?
Bela não respondeu, mas ela já havia sonhado três vezes
desde que chegara ali e, em cada uma dessas ocasiões, sua antiga vida havia lhe parecido amarga e abarrotada de problemas ínfimos. Ela se lembrava das horas passadas com seu bordado e as infinitas reverências na corte, destinadas a príncipes que beijavam sua mão. Lembrava- se de se sentar praticamente imóvel por horas em banquetes intermináveis onde outros falavam e bebiam, enquanto tudo que ela conseguia sentir era tédio.
-Por favor, continue, Alexi — pediu ela gentilmente. -
Mas para quem a rainha o concedia quando estava irritada?
- Ah, essa é uma pergunta com muitas respostas. Mas deixe- me prosseguir. Você pode muito bem imaginar o que era a minha existência, as horas de tédio e solidão quebradas apenas por essas três distrações: a própria rainha, as punições do príncipe Gerald ou os severos espancamentos que Felix me desferia com a palmatória.
Bem, logo, contra a minha vontade e apesar de minha raiva, comecei a demonstrar minha excitação sempre que a rainha adentrava sua alcova. Ela me ridicularizava por isso, mas não deixava de notar. E, às vezes, eu não conseguia esconder minha ereção quando via o príncipe Gerald tão vigorosamente excitado e atingindo seu gozo com um dos outros escravos ou até mesmo empunhando a palmatória. A rainha observava tudo isso e, a cada vez que percebia que meu membro estava rígido contra a minha vontade, imediatamente ordenava que Felix me espancasse com severidade. Eu lutava, tentava amaldiçoá- la e, no início, esses espancamentos reprimiam meu desejo, mas, com o tempo, pararam de sufocá-lo. E a rainha aumentava meu sofrimento com as próprias mãos, dando tapas em meu pênis, acariciando-o e batendo novamente logo em seguida enquanto Felix me surrava. Eu me debatia, tentava lutar. Era inútil. Passei a desejar tanto as mãos da rainha que lamentava em voz alta e, durante um desses imensos estados de sofrimento, fazia de tudo que era capaz por meio de gestos e atitudes para demonstrar que eu lhe obedeceria. É claro que eu não tinha intenção alguma de fazê-lo. Eu o fiz por tempo suficiente apenas para ser recompensado. E fico pensando se você é capaz de imaginar o quão difícil isso foi para mim. Fui solto, colocado de quatro e recebi ordens para beijar os pés dela. Era como se eu houvesse acabado de ser despido. Nunca obedecera a nenhum comando, nem fora obrigado a obedecer enquanto estava livre das correntes. E, ainda
assim, estava tão atormentado para me ver livre, meu sexo estava tão intumescido de desejo, que me forcei a me ajoelhar aos pés da rainha e beijar suas sandálias. Nunca me esquecerei do toque mágico de suas mãos. Pude sentir o choque da paixão atravessar meu corpo e, assim que ela me acariciou e começou a brincar com meu sexo, minha paixão foi imediatamente descarregada, o que a enraiveceu enormemente.
'"Você não possui controle algum', ela me disse, mal- humorada, 'e será punido por isso. Entretanto, tentou ser submisso e isso já é alguma coisa.' Mas, nesse momento, eu me levantei e tentei correr para longe dela. Nunca tive intenção alguma de ser submisso nem nada do tipo.
"É claro que os pajens me prenderam na hora. Nunca se
deve pensar que se está a salvo deles. Pode-se estar em um imenso aposento turvamente iluminado na companhia de um lorde. Você pode se considerar quase livre quando ele adormece com sua taça de vinho. Mas, se tentar se levantar e fugir, imediatamente os pajens aparecerão e irão contê-lo. Só agora que sou o servo de confiança da rainha tenho permissão para dormir sozinho nos aposentos dela. Os pajens não ousam entrar no quarto escuro enquanto a rainha dorme. Por isso, não têm como descobrir que estou aqui com você. Mas isso é raro, muito raro. E, mesmo agora, corremos risco de ser descobertos..."
- Mas o que aconteceu com você? - Bela pressionou-o,
temerosa. — Eles o prenderam?
— A rainha deu pouca atenção a como eu deveria ser punido. Ela me mandou para lorde Gregory, dizendo que eu era o mais incorrigível de todos os escravos. Apesar de minhas mãos e pele finas, e meu berço real, eu deveria ser levado imediatamente para a cozinha, para lá servir por quanto tempo a rainha decretasse... e, de fato, ela esperava se lembrar de que eu estava lá e enviar alguém para me resgatar após algum tempo.
"Fui carregado escada abaixo até a cozinha, protestando como sempre. Imagine só, eu não fazia a menor idéia do que aconteceria comigo. Mas, pouco depois, vi que estava em um local escuro e sujo, repleto de gordura e fuligem do fogão, onde as panelas estavam sempre fervendo e dezenas de serviçais trabalhavam cortando legumes ou depenando aves, realizando todas as tarefas ligadas à produção dos banquetes servidos no palácio.
"Mal fui levado até lá e os criados se regozijaram por ter
um pequeno divertimento. Fui cercado pelos seres mais rudes que já vira. Mas o que isso significa para mim?, eu pensava. Eu não obedeço a ninguém. Entretanto, em questão de segundos, compreendi que aquelas criaturas estavam tão interessadas em minha obediência quanto se importavam com a obediência das aves que depenavam ou das cenouras que ralavam e das batatas que jogavam nas panelas. Eu era um brinquedo para aqueles servos e raramente se dirigiam a mim, como se considerassem que eu não tivesse ouvidos para escutar ou consciência para entender o que diziam a meu respeito.
"Logo eles me encoleiraram com uma faixa de couro que era ligada por correntes a algemas em meus pulsos que, por sua vez, estavam presas aos meus joelhos, assim eu podia apenas ficar de quatro, sem poder me erguer. Um freio de cavalo com uma rédea prendia minha boca e havia sido atado à minha cabeça com tanta força que eu poderia ser puxado para frente pelas correias de couro com poucas possibilidades de resistir, meus membros relutantemente permitiriam que eu seguisse em frente.
"Recusava-me a me mexer. Fui arrastado pelo chão sujo
enquanto eles uivavam de tanto rir. Todos tinham suas palmatórias nas mãos e logo começaram a me espancar sem piedade. É óbvio que nenhuma parte do meu corpo foi poupada, mas minhas nádegas particularmente os deliciaram. E, quanto mais eu resistia ou lutava, mais eles achavam tudo aquilo hilário.
Eu não passava de um cão para aquelas pessoas. E era
exatamente assim que me tratavam. Mas isso foi apenas o início. Depois, fui solto apenas o suficiente para ser jogado em um imenso barril. E, lá, fui estuprado por todos os homens ali presentes, sem exceção de nenhum, enquanto as mulheres observavam e riam. Fiquei tão machucado pelos constantes estupros e tão tonto pelo movimento do barril que fiquei enjoado, mas isso, novamente, servia apenas como um acréscimo à diversão deles.
"E, quando eles terminaram comigo e tiveram de
retornar para seus respectivos deveres, acorrentaram-me sobre um barril aberto que continha o lixo. Meus pés
foram firmemente depositados sobre restos de folhas de repolho, sobras de cenouras, cascas de cebola e penas de galinha que compunham o lixo do dia. E, à medida que jogavam mais lixo lá dentro, a pilha crescia ao meu redor. O fedor era terrível e, quando eu me retorcia e lutava para me desvencilhar, novamente eles riam e pensavam em outras formas de me atormentar."
— Oh, isso é horrível. — Bela arfou. Cada uma das
pessoas que lidaram com ela ou a puniram a admirou de alguma maneira. E, ao pensar em seu belo Alexi sendo tratado dessa forma, sentiu-se enfraquecida pelo medo.
- É claro que eu não sabia que ali seria o meu posto regular. Fui retirado dali horas depois, quando eles decidiram me estuprar novamente após a refeição da noite ter sido servida. Apenas nesse momento, fui jogado no chão e depois colocado sobre uma grande mesa de madeira. E, por puro prazer, eles novamente me espancaram, dessa vez com grosseiras palmatórias de madeira, afirmando que as palmatórias de couro que utilizaram mais cedo não eram boas para mim naquele momento. Separaram minhas pernas o máximo possível, lamentando não poderem torturar minhas partes íntimas sem correr o risco de ser punidos. Mas, sem dúvida, não estavam se referindo ao meu pênis, que sofreu muito com socos e foi rudemente manuseado.
"A essa altura, eu estava furioso. Não consigo explicar o
que senti. Havia tantos deles, eram tão cruéis, e meus movimentos ou sons não significavam nada para eles. A
rainha notava minhas mais ínfimas mudanças de expressão. Ela zombava de meus rosnados e ímpetos violentos, mas guardava tudo aquilo para si. Aqueles cozinheiros e ajudantes de cozinha cruéis puxavam meus cabelos, erguiam minha cabeça, estapeavam minhas nádegas e me espancavam como se eu não tivesse consciência alguma de tudo aquilo.
"Os homens falavam comigo. 'Que nádegas
rechonchudas', Veja essas pernas fortes' e coisas do gênero, como se eu fosse um reles animal. Eles me beliscavam, empurravam e socavam como o desejassem, e, depois, se prepararam para me estuprar. Untaram-me bem com aquelas mãos terríveis da mesma forma como haviam feito antes e, quando terminaram, lavaram-me sob um tipo grosseiro de cano ligado a um odre de vinho repleto de água. Não sou capaz de expressar em palavras a humilhação de ser tratado assim, sendo lavado por dentro e por fora por aquelas pessoas. A rainha pelo menos permitia que eu tivesse alguma privacidade para cuidar dessas questões, já que as necessidades de nossos intestinos e bexigas não a interessavam.
Mas ser esvaziado por violentos jatos de água gelada e
diante daqueles homens imundos fez com que eu me sentisse fraco e impotente.
"Eu mancava quando eles me penduraram novamente
sobre o barril de lixo. E, na manhã seguinte, meus braços doíam e eu estava enjoado pelo fedor que emanava ao meu redor. De maneira rude, eles me desceram e
acorrentaram-me para que eu ficasse de joelhos novamente e jogaram um pouco de comida em um prato para mim. Já havia se passado um dia inteiro desde que eu comera pela última vez. Eu até comeria, mas não queria fazê-lo para que se divertissem, já que não permitiram que eu utilizasse as mãos. Eu não era nada para eles. Recusei as refeições até o terceiro dia, quando não consegui suportar mais e lambi a papa que me deram como se fosse um cachorrinho faminto. Eles não prestaram a mínima atenção. Quando eu terminava minhas refeições, era levado novamente para o barril de lixo, até que tivessem tempo de se divertir à minha custa.
"Nesse meio-tempo, eu ficava ali pendurado. E, quando
passavam por mim, às vezes me davam um forte tapa, torciam meus mamilos, separavam bem minhas pernas com suas palmatórias.
"Era uma agonia maior que tudo que eu conhecera nos
aposentos da rainha. E logo, em uma noite, os cavalariços receberam ordem para ir até a cozinha e me usar como desejassem. Sendo assim, eu também tinha de satisfazê- los.
"Eles eram mais bem-vestidos, mas cheiravam a cavalo.
Os rapazes entraram e me tiraram do barril. Um deles enfiou o longo cabo redondo e revestido de couro de seu chicote dentro do meu ânus. Fazendo com que eu me erguesse segurando-me pelo chicote, ele me forçou a ir até o estábulo. Lá, fui colocado sobre outro barril e estuprado por todos eles.
"Isso parecia insuportável e, ainda assim, eu suportei. E, como acontecia nos aposentos da rainha, eu podia banquetear meus olhos com a visão de meus torturadores durante o dia inteiro já que, entre os intervalos das torturas, todos prestavam muito pouca atenção em mim.
"Certa noite, entretanto, quando todos haviam bebido muito após terem sido parabenizados por servir uma excelente refeição nos salões no andar superior, eles se tornaram mais criativos ao brincar comigo. Fiquei aterrorizado. Abandonei minhas noções de dignidade e, assim que eles se aproximaram de mim, comecei a gemer por trás da mordaça. Eu me contorci e girei meu corpo para resistir àquelas mãos.
"Os jogos escolhidos eram tão degradantes quanto
repulsivos. Eles falavam em me decorar, melhorar minha aparência, que eu era um animal limpinho e fino demais para morar na cozinha. E, amarrando-me com os braços e as pernas estendidos na cozinha, logo liberaram sua fúria sobre mim com uma dezena de misturas preparadas com mel, ovos, xaropes e preparados que estavam à disposição. Fui rapidamente coberto com esses líquidos rudes. Pintaram minhas nádegas e riam enquanto eu lutava. Pintaram meu pênis e os testículos. Decoraram meu rosto com essa mistura. Emplastaram meus cabelos e o pentearam para trás. E, quando terminaram, pegaram as penas de uma ave e colaram-nas em meu corpo.
"Fui surpreendido por uma onda de terror. Não senti dor de fato, mas a vulgaridade e a crueldade deles me
abalaram. Não podia suportar a humilhação de tal desfiguração.
"Finalmente, um dos pajens veio ver qual era a razão de todo aquele barulho e ficou com pena de mim. Ele fez com que os rapazes me soltassem e ordenou que me lavassem. É claro que me esfregaram com violência e começaram a me dar novos golpes de palmatória. Foi então que percebi que perdia os sentidos. Estava de quatro, mas livre das correntes, e corri desesperado para me esconder das palmatórias. Lutei para me enfiar debaixo das mesas da cozinha e, de qualquer lugar que encontrava para descansar por alguns momentos, eles me expulsavam, movendo as mesas e as cadeiras se precisassem atingir minhas nádegas com suas palmatórias. Obviamente, se eu tentasse me erguer, eles me empurravam para baixo. Eu estava desesperado.
"Flagrei-me correndo na direção do pajem e beijando os
pés dele do mesmo jeito com que vira o príncipe Gerald fazer com a rainha.
"Mas, se ele contou para a rainha, isso não me adiantou de nada. No dia seguinte, fui acorrentado como antes e colocado à disposição implacável dos mesmos senhores. Às vezes, ao passar por mim, colocavam alguns nacos de comida em meu ânus em vez de jogá-los fora. Cenouras, outras raízes, qualquer coisa que achassem parecida com um pênis. Fui estuprado repetidas vezes por essas coisas e precisava fazer um grande esforço para expeli- las. Eles não poupariam minha boca, eu supus, já que não haviam
recebido nenhuma ordem para me manter amordaçado como acontecia com a maior parte dos escravos.
"E, a qualquer momento em que via um pajem, mesmo que de relance, flagrava-me implorando a ele com todos os meus gestos e gemidos.
"Eu não conseguia nem pensar direito nessa época. Talvez lenha começado a pensar em mim mesmo como a coisa semi-humana que aqueles homens pensavam que eu era. Eu não sei. Para eles, eu era um príncipe desobediente que lhes foi mandado porque assim merecia. Qualquer abuso não era mais que a obrigação deles. Se as moscas eram nocivas, eles pintariam meu pênis e meus testículos com mel para atraí-las e se achariam muito espertos.
"Da mesma forma com que eu temia os cabos de couro
dos chicotes dos cavalariços enfiados em meu ânus, passei a ansiar pelos momentos em que era levado para o estábulo, onde tudo era mais limpo e havia ar fresco. Aqueles rapazes pelo menos consideravam maravilhoso o fato de terem um verdadeiro príncipe para atormentar. Eles montavam em mim por um tempo bastante longo e de forma severa, mas era melhor do que a cozinha.
"Não sei quanto tempo isso durou. Todas as vezes em
que me desacorrentavam, eu ficava apavorado. Logo começaram a espalhar o lixo pelo chão e me obrigavam a recolhê-lo enquanto me perseguiam com as palmatórias. Perdi a sensatez de simplesmente me manter imóvel e me atrapalhava, correndo em pânico de um lado para outro
para terminar a tarefa enquanto era espantado. O príncipe
Gerald nunca havia sido tão descontrolado.
"É claro que eu me lembrava do príncipe Gerald quando me pegava agindo assim. E pensava com amargura: Ele está divertindo a rainha nos aposentos dela e eu estou aqui, neste lugar asqueroso.
"Porque, para mim, os rapazes do estábulo eram a
realeza. E um deles, em particular, ficou bastante fascinado comigo. Ele era grande, muito forte. Podia fazer com que eu montasse no cabo de seu chicote de forma que meus pés mal tocavam o chão e me empurrava para frente com as costas arqueadas e as mãos amarradas. Ele quase me carregava e deleitava-se ao fazê-lo. Certo dia, esse cavalariço me levou sozinho para uma parte reservada do jardim. Tentei lutar contra ele uma vez, e o rapaz simplesmente prendeu-me entre os seus joelhos sem fazer esforço algum. Ele me obrigou a abaixar na grama e ordenou que eu colhesse com os dentes pequenas flores brancas para ele. Caso me recusasse, seria levado de volta à cozinha. Não sou capaz de dizer com que prazer obedeci. Ele manteve o cabo do chicote dentro de mim e, assim, forçava-me a tomar a direção que bem entendesse. Depois, começou a atormentar meu pênis. Ainda que abusasse de meu órgão e lhe desse palmadas, o rapaz o acariciava também. Para meu horror, senti que meu órgão endurecia. Queria ficar com aquele garoto para sempre. O que posso fazer para agradar-lhe?, eu pensava. E me senti humilhado por isso, em desespero por saber que era exatamente isso
que a rainha queria quando resolveu me punir. Mesmo em meio à minha loucura, fiquei convencido de que, se ela soubesse o quanto eu sofria, iria me libertar. Mas minha mente estava livre de qualquer pensamento. Sabia apenas que desejava agradar a meu cavalariço para que ele não me devolvesse à cozinha.
"Peguei as flores com os dentes e as levei até o rapaz.
Ele me disse, então, que era muito ruim para um príncipe ser tratado com tanta gentileza por todos e que sabia como me punir. Ordenou que eu subisse em uma mesa próxima. Era uma mesa redonda de madeira, ao ar livre, mas acortinada, utilizada quando algum membro da corte queria comer seu repasto no jardim.
"Obedeci imediatamente, mas não era possível me
ajoelhar ali. Eu tinha de me acocorar com as pernas totalmente separadas e as mãos atrás do pescoço e deveria manter os olhos baixos. Isso era inacreditavelmente degradante para mim e, ainda assim, tudo que conseguia pensar era em agradar a ele. É óbvio que ele me espancou nessa posição. Tinha uma palmatória de couro, pesada, mas fina, com uma poderosa capacidade de machucar. E começou a golpear minhas nádegas com ela. E, apesar de eu permanecer ali, desacorrentado, mas obediente, minhas pernas doíam enquanto eu me agachava, meu pênis endurecia cada vez mais enquanto ele me torturava.
"Essa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, pois
lorde Gregory presenciou a cena. Eu não tinha consciência disso no momento em que tudo aconteceu, sabia apenas
que outras pessoas passavam ali por perto e, quando ouvia suas vozes e percebia que eram lordes e damas, sentia uma consternação inacreditável. Eles me veriam sendo humilhado por aquele cavalariço, eu, o príncipe orgulhoso que se rebelou contra a rainha. E, ainda assim, tudo que podia fazer era deixar as lágrimas escorrerem, sofrer e sentir a palmatória me golpeando.
"Eu nem ao menos pensava na possibilidade de a rainha
saber disso. Estava desprovido de esperança. Concentrava- me apenas no momento. Agora, Bela, certamente esse é um dos aspectos da submissão e da aceitação. Eu pensava apenas no cavalariço, em agradar a ele e em fugir, por mais alguns momentos, daquela terrível provação que era a cozinha. Em outras palavras, eu pensava em fazer exatamente o que esperavam de mim.
"Então, meu cavalariço ficou cansado daquilo. Ele
ordenou para que eu voltasse para o chão de quatro e me conduziu para o interior da floresta. Eu estava completamente desacorrentado, ainda que estivesse sob o total controle do rapaz. Por fim, ele encontrou uma árvore e disse-me para ficar de pé e agarrar um galho acima de minha cabeça. Fiquei pendurado no galho, meus pés não tocavam o chão enquanto ele me estuprava com estocadas profundas, vigorosas e constantes. Pensei que aquilo nunca iria ter fim e, graças ao sofrimento, meu pobre pênis estava tão rígido quanto a própria árvore.
"E, quando o rapaz terminou, a coisa mais extraordinária aconteceu. Flagrei-me ajoelhado aos pés
dele, beijando-o e, mais do que isso, girando os quadris com todas as minhas forças, implorando para que ele aliviasse o desejo entre minhas pernas, que me permitisse algum alívio, algo que nunca conheci na cozinha.
"Ele riu, fez com que eu parasse, empalando-me com o
cabo do chicote e me conduzindo de volta à cozinha. As lágrimas escorriam incontroláveis pelo meu rosto, como sempre aconteceu em toda a minha vida.
"O vasto salão estava praticamente vazio. Todos estavam lá fora cuidando das hortas, ou nas antessalas no andar de cima onde as refeições estavam sendo servidas, e apenas uma jovem serviçal permanecera lá. Ela imediatamente ficou na ponta dos pés quando nos viu. Em um instante, o cavalariço estava sussurrando para a garota enquanto ela assentia com a cabeça e secava as mãos no avental. O rapaz ordenou que eu subisse em uma das mesas quadradas. Eu deveria me ajoelhar com as mãos atrás da cabeça novamente. Obedeci sem nem mesmo pensar. Mais golpes de palmatória, eu pensei, e o espetáculo seria dedicado aquela garotinha de rosto desbotado e tranças castanhas. Nesse meio-tempo, ela se aproximou e olhou para mim com o que parecia ser admiração. Então, para o deleite da jovem, o cavalariço começou a me atormentar. Pegou uma pequena vassoura de cerdas macias que era utilizada para varrer o interior do forno e, com ela, começou a roçar meu pênis e golpeá- lo. Quanto mais ele me atingia, mais miserável eu me tornava, entretanto, a cada golpe era quase insuportável
para mim o fato de o cavalariço manter a vassoura afastada de meu pênis por apenas alguns milímetros, de forma que eu precisava lutar para me aproximar dela. Aquilo era mais do que eu era capaz de suportar, mesmo assim, ele não permitia que eu movesse os pés e imediatamente me golpeava com a palmatória se eu lhe desobedecesse. Logo percebi qual era o jogo do rapaz. Eu deveria empinar os quadris o máximo possível para manter o pênis faminto em contato com as cerdas macias da vassoura que me golpeava. E foi o que fiz, chorando sem parar enquanto a menina observava com visível deleite. Finalmente, a garota implorou para que o cavalariço permitisse que ela me tocasse. Fiquei tão grato com essa atitude que não consegui evitar os gemidos. O cavalariço pôs, então, a vassoura sob o meu queixo, ergueu meu rosto e disse que
gostaria que eu satisfizesse a curiosidade da jovem
serviçal. Ela nunca vira um rapaz demonstrando sua paixão. E, enquanto ele me segurava, examinava e contemplava meu rosto coberto de lágrimas, ela esfregava meu pênis e, sem nenhum orgulho ou dignidade, senti minha paixão derramar-se nas mãos dela, minha face corando graças ao calor e ao sangue enquanto um tremor atravessou meus quadris, aliviando todos aqueles dias de frustração.
"Eu estava fraco quando aquilo terminou. Não tinha
orgulho, nem pensamentos a respeito do passado ou do futuro. Não apresentei resistência quando fui algemado.
Desejei apenas que o cavalariço voltasse logo, e me sentia sonolento e amedrontado quando os cozinheiros e os ajudantes retornaram e deram início ao inevitável esporte ocioso do qual eu era o alvo principal.
"Os dias seguintes foram preenchidos com os mesmos
tormentos terríveis típicos da cozinha. Recebi golpes de palmatória, fui perseguido, ridicularizado e, fora isso, tratado com desdém. No entanto, eu sonhava com o cavalariço. Era certo que ele voltaria. Nem ao menos acho que eu pensasse na rainha naquela época. Sentia apenas desespero quando a imagem dela passava por minha mente.
"Finalmente, certa tarde, o cavalariço foi até a cozinha
elegantemente vestido em veludo cor-de-rosa ornado com ouro. Fiquei perplexo. Ele ordenou que eu fosse cuidadosamente banhado. Estava excitado demais para temer as mãos rudes dos ajudantes de cozinha, apesar de eles terem sido tão cruéis quanto sempre.
"Meu pênis já endurecera só de avistar o meu senhor
cavalariço, mas ele me disse rapidamente que eu deveria concentrar-me para mantê-lo sempre dessa forma ou seria severamente castigado.
"Concordei com um movimento de cabeça vigoroso e
excessivo. Ele então tirou minha mordaça e a substituiu por outra, ornada.
"Como posso descrever o que senti naquele momento? Nem ao mesmo ousava sonhar com a rainha. Estava tão desolado que qualquer trégua era uma bênção. Ele então
contra quem quer que fosse, corria apressado atrás dele pelos corredores de pedra, passando pelas sandálias e as botas dos lordes e damas que se viravam, sem exceção, para me olhar e nos lançar alguns cumprimentos. O cavalariço estava muito orgulhoso.
"E, por fim, entramos em um imenso salão de teto alto.
Parecia que nunca em minha vida eu vira veludo cor de creme, folhas de ouro, estátuas nas paredes, ou buquês de flores frescas espalhadas por todos os cantos. Senti que havia renascido sem nem ao menos pensar em minha nudez e subserviência.
"E lá estava a rainha, sentada em uma cadeira de
espaldar alto, resplandecente com seu vestido de veludo púrpura e o manto de pele sobre os ombros. Corri na direção dela com ousadia, sem me importar de ofendê-la com meu servilismo, e cobri a bainha de seu vestido e os sapatos com beijos.
"Imediatamente a rainha puxou meu cabelo e ergueu
minha cabeça. 'Você já sofreu o suficiente por sua teimosia?', perguntou e, aproveitando que ela não tirou as mãos de mim, beijei-as, beijei as palmas macias e os dedos quentes. O som da risada dela me soava bonito. Vi de relance as colinas formadas pelos seios brancos e o espartilho apertado ao redor da cintura. Beijei suas mãos, até que ela me conteve, segurou meu rosto, abriu minha boca com os dedos e removeu a mordaça, dizendo que eu
não deveria falar. Sem demora, assenti com um movimento de cabeça.
'"Hoje será um dia de testes para você, meu voluntarioso e jovem príncipe', disse ela. E, então, colocou-me em um paroxismo de prazeres delicados ao tocar meu pênis. Sentiu sua dureza. Tentei impedir meus quadris de projetarem-se para frente, em direção a ela.
"Ela aprovou. E, em seguida, ordenou quais seriam
minhas punições. A rainha afirmou que ouvira a respeito do castigo severo que recebi nos jardins, antes de perguntar se meu jovem pajem, o cavalariço, poderia, por gentileza, punir-me para a diversão dela.
"Fui imediatamente colocado sobre a mesa de mármore
redondo diante da rainha, agachando-me, obediente. Lembrei- me de que as portas estavam abertas. Vi as figuras distantes de lordes e damas atravessando-as. Sabia que havia outras damas naquela mesma sala. Podia ver as cores suaves dos vestidos e até mesmo o brilho dos cabelos. Mas nenhum pensamento passava pela minha cabeça além de agradar à rainha, e eu apenas esperava ser capaz de permanecer agachado, em uma posição desconfortável, por quanto tempo ela desejasse, não importando o quão cruéis fossem os golpes da palmatória. Considerei os primeiros golpes mornos e bons. Senti minhas nádegas hesitarem e enrijecerem, e parecia que eu nunca havia experimentado um prazer tão intumescente em meu pênis, tão insatisfeito o órgão se encontrava.
e, ao perceber meus esforços para conter o som, a rainha beijou meu rosto e disse que, apesar de meus lábios deverem permanecer lacrados, eu deveria demonstrar para ela o quanto eu sofria por minha rainha. Compreendi imediatamente suas palavras. Minhas nádegas estavam então machucadas e pulsando dolorosamente. Arqueei as costas, os joelhos se afastaram ainda mais, as pernas encontravam-se rígidas e doíam graças ao esforço do agachamento e eu me lamentava sem reservas, minhas lamúrias tornando-se mais audíveis a cada estalo da palmatória. Entenda, não havia nada para me conter. Eu não estava preso, nem amordaçado.
"Toda a minha rebeldia havia evanescido. Quando, logo
em seguida, a rainha ordenou que eu recebesse os golpes da palmatória enquanto corria pela sala, eu me encontrava simplesmente repleto de desejo. Ela lançou um punhado de bolas douradas do tamanho de grandes uvas roxas pelo aposento e ordenou que eu trouxesse cada uma delas de volta para suas mãos, exatamente da mesma forma com que lhe deram ordens para buscar as rosas, Bela. O cavalariço, meu pajem, como a rainha o chamara, não poderia me desferir mais do que cinco golpes de palmatória antes que eu devolvesse uma das bolas às mãos dela, ou ficaria muito desapontada comigo. Essas bolas de ouro rolaram para todos os lados e você não conseguiria imaginar o quanto tive de correr para reuni- las. Tentava escapar da palmatória como se ela me
queimasse. É óbvio que, a essa altura, eu me encontrava fragilizado, ferido e alquebrado pelos golpes fartos e vigorosos, entretanto, era para agradar à rainha que eu corria.
"Trouxe a primeira bola com apenas três golpes. Eu
estava muito orgulhoso. Mas, quando pus a prenda nas mãos da rainha, percebi que ela colocara uma luva negra, cujos dedos eram cravejados por pequenas esmeraldas. Ela ordenou que eu me virasse e abrisse minhas pernas, deixando meu ânus à mostra para ela. Obedeci sem demora e imediatamente o choque daqueles dedos cobertos por couro abriram meu ânus.
"Como eu lhe disse, fui estuprado e banhado
repetidamente por meus cruéis captores na cozinha. Ainda assim, essa era uma nova exposição para mim, ser aberto, ainda mais pela rainha, e de forma tão simples e impensada, sem a violência do estupro. Isso fez com que eu me sentisse abrandado, fraco e totalmente em poder dela. Logo percebi que ela forçava em meu ânus a bola de ouro a qual eu resgatara. E, em seguida, instruiu-me para mantê-la dentro de mim, a não ser que eu quisesse lhe causar um feroz desprazer.
"Em seguida, tive de buscar outra prenda. A palmatória
caiu rapidamente sobre mim. Eu corri, trouxe outra bola de ouro, fui obrigado a me virar e o objeto foi enfiado dentro de mim.
"A brincadeira prosseguiu por um longo tempo. Minhas nádegas estavam mais feridas que nunca. Tinha a
você conhece a sensação. Sentia-me inchado, imenso e muito nu, e cada golpe da palmatória era como uma ferroada. Eu me encontrava cada vez mais ofegante e desesperado com a possibilidade de falhar, enquanto tinha de correr cada vez mais para longe da rainha para resgatar as bolas de ouro. Mas havia aquela nova sensação de preenchimento, a obstrução de meu ânus, o qual eu então precisava contrair com força para que as prendas não fossem expelidas contra a minha vontade. Logo senti que meu ânus estava expandido e aberto, ao mesmo tempo em que cruelmente obstruído.
"A brincadeira tornou-se cada vez mais frenética. Então
vislumbrei outras pessoas observando das portas o que acontecia dentro da sala. Com freqüência, eu esbarrava nas bainhas dos vestidos de uma ou de outra dama que se encontrava por ali, à espera.
"Esforcei-me com muito afinco, sendo constantemente preenchido por aqueles dedos revestidos de couro. E, apesar das lágrimas que começavam a escorrer pelo meu rosto e de eu estar com a respiração acelerada e arfante, consegui completar o jogo com não mais que quatro golpes da palmatória a cada rodada.
"A rainha me abraçou. Beijou-me na boca e disse que eu era seu escravo leal e o seu preferido. Houve uma onda de aprovação na corte e ela me deixou repousar sobre seus seios por um instante enquanto me envolvia em seus braços.
bolas de ouro e também para não deixar que meu pênis roçasse o vestido dela e, por esse motivo, fosse castigado.
"Ela então estendeu o braço e pegou um pequeno urinol.
Eu sabia o que era esperado de mim. E sabia que provavelmente havia corado com fúria. Teria de me abaixar sobre o objeto e expelir os brinquedos que reuni, o que, é claro, eu fiz.
"Após isso, o dia foi uma interminável sequência de provas.
"Não devo lhe contar como foram todas elas, salvo que tive a atenção e a concentração absolutas da rainha, e eu tencionava, com todo o meu coração, cumprir bem todas. Eu ainda não tinha certeza de que poderia ser enviado novamente para a cozinha. A qualquer momento, poderia ser mandado de volta para lá.
"Lembro-me de muitas coisas. Ficamos no jardim por
um longo tempo, a rainha andando entre suas rosas, da maneira como ela tanto gosta, e conduziu-me com aquela vara com um falo de couro em uma das pontas. Parecia às vezes que ela quase erguia minhas nádegas com a vara. Meus joelhos necessitavam terrivelmente do alívio da grama macia depois do assoalho do castelo. E, naquele momento, eu estava tão machucado e fragilizado que o mais leve toque em minhas nádegas já trazia dor. Mas ela apenas me conduzia. E, então, ela chegou a um pequeno caramanchão com treliças e vinhas, e fez com que eu entrasse à frente dela, seguindo o caminho de ladrilhos.
não lembro se era Felix, e algemou minhas mãos atrás da minha cabeça de forma que meus pés mal tocassem o chão. A rainha sentou-se bem diante de mim. Deixou a vara com o falo de lado e ergueu outra vara que estava presa por uma corrente em sua cinta. Era uma mera tira de madeira longa e fina coberta por couro.
"Agora você deve falar comigo', disse a rainha. 'Você
deve chamar-me de Vossa Majestade e responder às minhas perguntas muito respeitosamente.' Senti uma excitação quase incontrolável ao ouvir essas palavras. Eu teria permissão para falar com ela. Claro que eu nunca havia feito aquilo. Em minha rebelião, eu sempre ficara amordaçado e não sabia como iria me sentir quando as palavras me fossem permitidas. Eu era o cachorrinho da rainha, seu escravo mudo e, agora, deveria falar com ela. A soberana brincou com meu pênis, ergueu meus testículos com a vareta de couro e começou a puxá-los para frente e para trás.
'"Você gostou de servir os cruéis cavalheiros e damas da
cozinha', ela me perguntou em tom de brincadeira, 'ou prefere servir sua rainha?'
'"Quero servir apenas a senhora, Vossa Majestade, ou como a senhora desejar', respondi com rapidez. Minha própria voz soava-me estranha. Ainda era a minha voz, mas eu não a ouvia fazia tanto tempo que, quando pronunciei essas palavras de subserviência, foi como se houvesse acabado de descobri-la. Ou como se eu a
extraordinária efusão de emoção dentro de mim. As lágrimas escorriam por meu rosto e eu esperava não irritar a rainha.
"Ela então levantou-se e ficou de pé muito próxima a
mim. Tocou meus olhos e lábios. 'Tudo isso me pertence', disse ela. 'E isso', ela tocou meus mamilos, os quais os rapazes da cozinha nunca haviam poupado, e tocou minha barriga e meu umbigo. 'E isso', continuou, 'isso também me pertence', e envolveu meu pênis com uma das mãos, as longas unhas arranhavam suavemente a ponta dele. Meu órgão soltou um pouco de fluido e a rainha recuou, segurando meus testículos, e também reivindicou seu direito por eles. Abra as pernas', ela ordenou e virou-me na corrente que me mantinha preso. 'E isso é meu', a rainha tocou meu ânus.
"Ouvi-me responder-lhe: 'Sim, Vossa Majestade.' A
rainha então informou-me que, para mim, havia punições piores do que a cozinha, caso eu tentasse escapar dela novamente, me rebelasse ou a irritasse. Mas, por ora, estava mais do que satisfeita comigo, mas seria severa comigo, já que isso lhe traria prazer. Disse ainda que eu possuía uma resistência tão grande para os divertimentos dela que o príncipe Gerald nunca tivera e que testaria essa força até o seu limite.
"Todas as manhãs, a rainha me espancaria na senda dos
arreios. Ao meio-dia, eu a acompanharia em suas caminhadas pelo jardim. No final da tarde, eu participaria
espancado para entretê-la enquanto ela jantava. Havia várias posições que eu deveria assumir. Ela gostava de me ver completamente aberto, de cócoras, entretanto havia posições ainda melhores nas quais preferia estudar-me. Ela então apertou minhas nádegas e disse que, acima de tudo, elas lhe pertenciam, já que se deleitava em punir aquela parte de meu corpo mais do que qualquer outra. Mas, para completar o regime diário que vigoraria em breve, eu deveria despi-la antes que se deitasse e dormir nos seus aposentos.
"Para tudo isso, concordei com um: 'Sim, Vossa Majestade.' Faria de tudo para conservar a preferência da rainha. Ela então informou-me que minhas nádegas seriam submetidas às maiores provocações para testar seus limites.
"A rainha me libertou das correntes e ela própria
conduziu- me com a vara em forma de falo pelo jardim até o interior do castelo. Entramos nos aposentos dela.
"Soube então que sua intenção era me pôr em seu colo e espancar-me com tanta intimidade quanto fizera com o príncipe Gerald. Fiquei nervoso por antecipação. Não sabia como evitar que meu pênis descarregasse sua semente. A rainha me examinou e disse que minha taça necessitaria ser esvaziada para que eu pudesse enchê-la mais uma vez. Não que isso significasse que eu seria recompensado. Ainda assim, fui enviado à presença de magnífica princesinha. A jovem imediatamente envolveu meu órgão
com a boca e, assim que começou a sugá-lo, minha paixão explodiu sobre ela. A rainha observou tudo isso; acariciou meu rosto e examinou meus olhos e lábios e, então, ordenou que a princesa me despertasse novamente o mais depressa possível.
"Aquela era a forma com que torturavam aquela princesa. Mas logo eu estava tão insatisfeito quanto antes e pronto para que a rainha desse início aos seus testes de resistência. Fui colocado sobre o colo dela exatamente da maneira como suspeitava de que seria.
'"Você foi sonoramente espancado pelos cavalariços e
pelos cozinheiros. Acha que uma mulher pode espancar com tanto vigor quanto um homem?' As lágrimas já escorriam pelo meu rosto. Não sou capaz de descrever a emoção que senti. Talvez você, Bela, tenha sentido o mesmo quando esteve sobre o colo dela mais cedo esta noite. Ou quando o príncipe fez com que se deitasse na mesma posição. Não é pior do que ser atirado sobre os joelhos de um pajem, amarrado com as mãos para cima ou até mesmo ser acorrentado em uma cama ou mesa. Não consigo explicar. Mas um escravo se sente muito mais atado quando está no colo de seu senhor ou de sua senhora."
Bela concordou com um movimento de cabeça. Sentira aquilo quando esteve no colo da rainha, toda a sua compostura a abandonara.
- Somente nessa posição, toda a obediência e submissão podem ser ensinadas, eu acho - disse o príncipe Alexi. -
Bem, foi assim que aconteceu comigo. Deitei-me no colo dela, a cabeça pendendo, as pernas esticadas. Ela, então, as quis levemente abertas e obviamente tive de arquear as costas e manter as mãos juntas no dorso exatamente da mesma forma com que você foi instruída a fazer. Tinha de cuidar para que meu pênis não tocasse o tecido de seu vestido, apesar de desejá-lo com todas as forças. E, então, começaram os espancamentos. Ela me mostrou cada uma das palmatórias, expondo seus defeitos e virtudes. Havia uma que era leve; capaz de dar verdadeiras ferroadas, e era rápida. Outra mais pesada, quase fina, causava mais dor e deveria ser manuseada com cuidado.
"Ela começou a me espancar com absoluto rigor. E,
como ocorreu com você, ela poderia massagear minhas nádegas e beliscá-las se assim o quisesse. Entretanto, era muito cuidadosa na tarefa. Espancava com força e por muito tempo até que eu me encontrasse rapidamente sofrendo de uma dor terrível e sentindo-me tão paralisado como nunca me sentira em toda a minha vida.
"Minha impressão era de que o choque de cada golpe se
espalhava pelos meus membros. Obviamente, minhas nádegas o absorviam primeiro. Elas se tornaram o centro de mim mesmo graças à sua dor e maciez. Mas a dor atravessava minhas nádegas e todo o meu corpo e tudo que eu podia fazer era estremecer após cada golpe, tremer a cada som de espancamento e gemer cada vez mais alto, mas sem jamais ousar pedir por misericórdia.
"A rainha estava bastante alegre com essa demonstração de sofrimento. Como já lhe disse, ela encorajava isso. Constantemente, levantava meu rosto, enxugava minhas lágrimas e recompensava-me com beijos. Às vezes, fazia com que me ajoelhasse, ereto, no chão. Ela inspecionava meu pênis e perguntava se era ou não dela. Eu deveria dizer: 'Sim, Vossa Majestade, tudo em mim é seu. Sou seu escravo obediente.' Ela adorava essa resposta e afirmou que eu não deveria hesitar em dar-lhe respostas longas e devotadas.
"Mas ela era muito determinada. Depressa, pegou
novamente a palmatória, pressionou-me contra o seu colo e deu início a um espancamento sonoro e vigoroso. Logo eu estava gemendo em alto e bom som, mesmo entre os dentes. Não tinha orgulho, nenhum vestígio da dignidade que você ainda demonstra, a não ser que a tenha perdido em alguma ocasião que fuja completamente de meu conhecimento. Por fim, a rainha concluiu que minhas nádegas estavam da cor perfeita.
"Ela odiava ter de punir-me após admirar a cor que
alcançara, mas precisava conhecer meus limites.
'"Você lamenta ter sido um principezinho tão desobediente?', ela me perguntou. 'Lamento muito, Vossa Majestade', respondi em lágrimas. Mas ela continuou com a surra. Eu não era capaz de evitar que minhas nádegas se contraíssem ou de movê- las de forma a sentir menos dor, e ouvia as risadas dela, como se esses meus gestos a alegrassem muito.
"Eu gemia tão freneticamente quanto qualquer jovem princesa quando a rainha terminou e obrigou-me a ficar de joelhos mais uma vez, ordenando que eu me abaixasse e me ajoelhasse encarando-a.
"A rainha secou meu rosto, esfregou meus olhos e deu-
me um beijo generoso com uma grande dose de lisonja. Eu poderia ser seu valete, disse ela, o senhor de seu guarda- roupa. Apenas eu poderia vesti-la, escovar seus cabelos e, de todas as formas, cuidar dela. Eu teria muito o que aprender, e ela iria ensinar-me pessoalmente. Eu deveria ser muito puro.
"É claro que, naquela noite, pensei que houvesse passado pelo pior, o insulto de soldados comuns em meu caminho até o castelo, os abusos assustadores na cozinha. Fui profundamente humilhado por um cavalariço grosseiro e era, agora, o escravo do prazer abjeto da rainha, com uma alma que a ela pertencia totalmente, assim como todas as partes de meu corpo. Entretanto, eu era muito ingênuo naquela época. O pior ainda estava por vir."
O príncipe Alexi fez uma pausa e olhou para baixo, para
Bela, que repousara a cabeça no peito dele.
Bela lutou para esconder seus sentimentos. Não sabia verdadeiramente o que sentia, exceto que aquela história a estimulara. Podia vislumbrar cada humilhação descrita por Alexi e, apesar de seu medo ter sido desperto, a paixão também tomou conta de seu corpo.
- Não tenho certeza de que isso é exatamente verdade - disse o príncipe Alexi. - Veja bem, após as torturas que sofri na cozinha quando fui tratado como algo mais desprezível que um animal por meus captores, fui libertado ao mesmo tempo que me tornei o escravo obediente da rainha. Você não teve uma libertação tão imediata.
- Então é isso que querem dizer quando falam de
submissão
Bela murmurou. — E eu devo chegar lá através de um caminho diferente.
- A não ser... a não ser que você faça algo para ser odiosamente punida — disse Alexi —, mas isso exigiria muita coragem. E pode ser desnecessário que sua dignidade seja desnudada, nem que seja por um pequeno intervalo de tempo.
- Não demonstrei dignidade alguma esta noite - Bela
protestou.
- Ah, sim, demonstrou. Você estava coberta de dignidade. - Alexi sorriu. — Entretanto, continuando, até aquele dia, fui submisso apenas a meu senhor cavalariço e à rainha. A partir do momento em que estava nas mãos dela, me esqueci completamente do rapaz dos estábulos. Eu era propriedade da rainha. Pensei em meus membros, minhas nádegas, meu pênis, como sendo dela. Mas, para me submeter por completo, ainda teria de experimentar maior exposição e disciplina.
E A EDUCAÇÃO DO PRÍNCIPE ALEXI PROSSEGUE
Não lhe contarei os detalhes de meu treinamento com a rainha, como aprendi a ser o valete dela e a evitar que ela se aborrecesse. Tudo isso você aprenderá com o príncipe, pois, em seu amor por você, ele pretende claramente transformá-la em aia. Entretanto, essas coisas não são nada quando se é devotado ao seu senhor ou senhora.
"Eu precisei aprender a permanecer sereno diante das humilhações que divertem os outros, e isso não é fácil.
"Meus primeiros dias com a rainha foram passados, em sua maioria, com treinamentos no quarto onde ela dormia. Flagrei- me correndo tão diligentemente quanto o príncipe Gerald para obedecer ao mais leve capricho da soberana e, provando-me muito desajeitado com as roupas dela, era constantemente punido com severidade.
"Mas a rainha não me queria apenas para realizar essas
tarefas prosaicas para as quais outros escravos haviam sido treinados para executar com perfeição. Ela queria me dissecar, domesticar, transformar-me em um brinquedo para sua completa diversão."
- Um brinquedo - Bela sussurrou. Ela se sentira
exatamente como um brinquedo nas mãos da rainha.
- E a rainha divertiu-se imensamente nas primeiras semanas, ao me ver servindo outros príncipes e princesas para o prazer dela. O primeiro a quem servi foi o príncipe Gerald. Naquela época, ele já se aproximava do fim de seu período de servidão, mas não sabia disso e enfrentava um
paroxismo de ciúmes diante de minha visível mudança. A rainha, entretanto, possuía idéias esplêndidas para recompensá-lo e tranquilizá-lo, e, ao mesmo tempo, educar-me de acordo com os seus desejos.
"Diariamente ele era trazido aos aposentos da rainha e
amarrado contra uma parede com as mãos acima da cabeça de forma que pudesse me observar enquanto eu me esforçava para realizar minhas tarefas, e isso era um tormento para ele, até que percebeu que uma de minhas incumbências era dar-lhe prazer.
"Eu me distraía com a palmatória da rainha, suas
implacáveis mãos e o esforço para aprender a ter graça e habilidade. Todos os dias, eu corria para pegar coisas, amarrava cadarços, atava espartilhos, escovava cabelos, polia jóias e executava qualquer outro serviço comum que a soberana desejasse. Minhas nádegas estavam sempre feridas, as coxas e panturrilhas, marcadas pela palmatória, o rosto, manchado pelas lágrimas como o de qualquer outro escravo do castelo.
"E, quando a rainha percebia que o ciúme de príncipe
Gerald havia endurecido seu pênis ao extremo, quando ele estava prestes a descarregar sua paixão sem a ajuda de um estímulo, ela então ordenava que eu o banhasse e o satisfizesse.
"Você não imagina o quanto isso foi degradante para
mim. O corpo dele não passava de um inimigo. E, ainda assim, eu tinha de trazer uma tigela de água quente e uma
esponja, e, com apenas os dentes para segurá-la, lavava os genitais do jovem.
"O príncipe Gerald foi colocado em uma mesa baixa para eu realizar minha tarefa. Ajoelhando-me obedientemente da mesma forma com que me ajoelhei para lavar as nádegas dele, mergulhei a esponja mais uma vez, banhei seus testículos e, por fim, o pênis. Mas a rainha queria mais que isso. Eu deveria secá-lo com a língua. Fiquei horrorizado e derramei lágrimas como uma princesa qualquer. A rainha, entretanto, era teimosa. Com minha língua, lambi o pênis, os testículos e aprofundei-me na fenda entre as nádegas, entrando até mesmo no ânus, que possuía um gosto azedo, quase salgado.
"Fiz tudo isso enquanto o príncipe Gerald demonstrava
prazer e desejo visíveis.
"As nádegas dele estavam feridas, é claro. E senti uma imensa satisfação ao pensar que a rainha, naquela época, raramente o espancava com as próprias mãos como costumava fazer antes, tendo passado a incumbência ao pajem de Gerald, que o fazia antes de levá-lo à sua presença. Sendo assim, não era ela quem lhe infligia o sofrimento. Em vez disso, ele padecia no salão dos escravos, ignorado por todos. Apesar disso, era mortificante para mim ver que as carícias de minha língua nas marcas avermelhadas deixadas pelos golpes da palmatória davam-lhe prazer.
"Finalmente, a rainha ordenou que ele se ajoelhasse com as mãos nas costas e disse que eu deveria recompensá-lo
de forma completa. Sabia o que a soberana queria dizer com essas palavras, ainda que fingisse não ter compreendido. Ela mandou que eu colocasse o pênis de príncipe Gerald em minha boca e o drenasse até a última gota.
"Não sou capaz de explicar quais foram meus sentimentos naquele momento. Senti que não seria capaz de fazê-lo. Mesmo assim, obedeci em segundos, pois tinha muito medo de desagradar a ela, e engoli o pênis grosso do príncipe Gerald até o fundo da minha garganta, meus lábios e minha mandíbula doíam enquanto eu tentava sugar da maneira correta. A rainha me dava instruções de como chupar devagar, como usar a língua e depois acelerar. Ela me espancava sem demonstrar nenhuma misericórdia enquanto eu obedecia, os golpes ruidosos acompanhando com perfeição o ritmo de minha sucção. Por fim, o sêmen do príncipe encheu minha boca. Recebi ordens para engoli-lo.
"A rainha, entretanto, não ficou nem um pouco satisfeita
com minha reticência. Disse que eu não deveria demonstrar aversão por absolutamente nada."
Bela assentiu com um movimento de cabeça,
lembrando-se das palavras que o príncipe lhe dissera na estalagem, que até mesmo os mais humildes deveriam ser servidos se isso lhe causasse prazer.
- A rainha então mandou chamar os outros príncipes
que haviam sido torturados durante o dia no salão das
punições e conduziu-me até uma sala ao lado dos aposentos dela.
"Quando seis rapazes foram trazidos de joelhos, implorei por sua misericórdia da única maneira com que era capaz: com gemidos e beijos. Não sou capaz de expressar a maneira como a presença deles me afetou. Eu havia sido maltratado por camponeses na cozinha; obediente, submisso e ávido, às ordens de um cavalariço rude. Mas aqueles jovens pareciam mais degradantes e ao mesmo tempo mais dignos que os outros. Eles eram príncipes com a mesma posição que eu ocupava no mundo, soberbos e orgulhosos em seus próprios reinos, e também eram escravos abjetos, tão reles quanto eu.
"Não conseguia entender minha própria infelicidade.
Percebi então que passaria por variações infinitas de humilhação. Não era uma hierarquia de punições o que eu teria de enfrentar, e sim mudanças intermináveis.
"Entretanto, eu temia muito desapontar a rainha para nutrir esses pensamentos. Mais uma vez, perdi a noção de passado e futuro.
"Quando me ajoelhei aos pés dela, chorando silenciosamente, ela ordenou que todos aqueles príncipes que estavam doloridos, machucados e famintos graças às torturas no salão das punições pegassem palmatórias na prateleira que ela mantinha para esse fim.
"Os príncipes formaram uma fila à minha direita, todos
de joelhos, os pênis endurecidos tanto pela visão de meu
sofrimento quanto por qualquer prazer que em breve esperava por eles.
"Recebi ordens para me ajoelhar com as mãos unidas nas costas. Enquanto passava por aquele corredor polonês, não recebi nem ao menos permissão para ficar de quatro, uma posição mais fácil e que possibilitaria que eu me ocultasse. Em vez disso, eu deveria me esforçar para permanecer com as costas retas, os joelhos separados, meu próprio membro à mostra, meu progresso era lento e eu tentava escapar das palmatórias. Eles também podiam ver o meu rosto. Senti-me mais exposto do que quando fui aprisionado na cozinha.
"O jogo da rainha era simples. Eu seria obrigado a
atravessar o corredor polonês e o príncipe cuja palmatória mais agradasse a ela, ou seja, aquele cuja palmatória me atingisse com mais força e violência, seria recompensado antes que eu atravessasse novamente o corredor e assim sucessivamente.
"Fui encorajado pela rainha para acelerar minhas
travessias; fui informado de que, se eu falhasse, se meus punidores conseguissem acertar muitos golpes, seria entregue a eles por uma hora para os mais rudes esportes longe dos olhos da rainha. Isso me aterrorizou. Ela nem ao menos estaria lá. Aquilo não seria feito em nome do prazer dela.
"Comecei imediatamente. Sentia todos os golpes da
mesma forma, ruidosos, violentos, e a risada dos príncipes preenchia meus ouvidos enquanto eu lutava
já haviam aprendido a se manter com facilidade.
"O descanso vinha apenas durante as sessões rápidas, nas quais eu satisfazia o príncipe que me havia marcado com maior severidade. Eu tinha de me dirigir até onde ele estivesse ajoelhado. Os outros ficavam livres para assistir e era o que faziam até que lhes dessem permissão para me oferecer instruções.
"Passei a ter diversos senhores ávidos para orgulhosamente ensinarem-me como satisfazer aquele que seguravam com os braços enquanto fechava os olhos e desfrutava as sugadas que eu lhe proporcionava.
"É claro que todos eles prolongavam o ato ao máximo
para uma satisfação mais completa e a rainha, que estava sentada ali por perto com o cotovelo apoiado no braço da cadeira, assistia a tudo com ar de aprovação.
"Mudanças estranhas ocorreram em mim enquanto
executava minhas tarefas. Poderia ser devido ao frenesi de suportar sucessivas palmatórias. Minhas nádegas que sofriam uma dor lacinante, meus joelhos machucados, meus genitais à mostra e, acima de tudo, a dor que todos ali podiam perceber tão facilmente em meu rosto.
"Mas, enquanto sugava um membro, flagrei-me perdido
contemplando-o em minha boca, seu tamanho, forma, o sabor, até mesmo o gosto salgado e azedo dos fluidos que eram despejados em mim. O ritmo da sucção chamava tanto a minha atenção quanto todo o resto. As vozes ao meu redor eram um coro que, em um determinado
estranho, que fazia com que me sentisse fraco e abjeto, tomou conta de mim. Aquilo foi muito parecido com o que experimentei com meu imenso senhor cavalariço quando ficamos sozinhos no jardim e ele me fez agachar-me sobre a mesa. Naquelas circunstâncias, senti a excitação até mesmo na superfície de minha pele e o mesmo acontecia naquele momento, sugando vários órgãos e ficando empanturrado com seus sêmens. É impossível explicar o que aconteceu. Aquilo começou a se tornar prazeroso, pois era um ato repetitivo e eu não tinha saída. E o ato se repetia sempre como uma pausa para as palmatórias, o frenesi. Minhas nádegas podiam estar pulsando, mas me proporcionavam uma sensação quente; podiam estar latejando, mas eu estava degustando aquele pênis delicioso que bombeava sua força para dentro de mim.
"Descobri que gostava de ter tantos olhos me
observando. Mas não admiti isso para mim mesmo de imediato. Não estava mais gostando tanto de sentir aquela fraqueza mais uma vez, aquela hesitação em meu espírito. Estava perdido em meus sofrimentos, meus conflitos, minha ansiedade em agradar.
"Bem, seria assim com todas as novas tarefas atribuídas
a mim. A princípio, eu resistia com terror, agarrando-me à rainha com todas as forças; depois, em algum momento durante humilhações inenarráveis, eu sentia tamanha tranqüilidade que minhas punições tornavam-se doces para mim.
escravos. Quando eles me instruíam a sugar melhor um pênis, eu os ouvia. Quando me espancavam com a palmatória, eu recebia os golpes, inclinando meu corpo como forma de resposta.
"Talvez seja algo impossível de explicar. Eu caminhava rumo submissão.
"Quando por fim os seis príncipes foram dispensados, todos muito bem recompensados, a rainha tomou-me nos braços e premiou-me com beijos. Enquanto eu me deitava sobre o colchão de palha ao lado da cama dela, senti a mais deliciosa exaustão. Parecia que até mesmo o ar que rodopiava ao meu redor dava-me prazer. Sentia-o contra a pele, como se minha nudez estivesse sendo acariciada. E caí no sono, contente por ter servido a rainha da maneira correta.
"Mas meu próximo grande teste de resistência ocorreria
em uma tarde, quando a rainha, muito zangada comigo por minha inaptidão para escovar seu cabelo, enviou-me para servir de brinquedo às princesas.
"Mal pude acreditar no que ouvia. Ela própria não iria nem mesmo dignar-se a testemunhar o que aconteceria. Chamou lorde Gregory e lhe deu ordens para levar-me ao salão das punições especiais, onde eu seria entregue às princesas ali reunidas. Por uma hora, elas poderia fazer o que bem quisessem comigo. E, então, fui amarrado no jardim e minhas coxas foram açoitadas por uma correia de couro. Abandonaram-me lá fora até a manhã seguinte.
não consegui imaginar-me nu, indefeso e destinado apenas a punições de princesas. Eu havia deixado a escova da rainha cair duas vezes. Derrubara um pouco de vinho mais cedo. Tudo isso parecia estar além de meu controle e de meus mais admiráveis esforços.
"Quando lorde Gregory me infligiu inúmeros
espancamentos severos, fui tomado pela vergonha e o medo. E, à medida que nos aproximávamos do salão das punições especiais, senti que não tinha forças nem para me mexer.
"Ele colocara uma tira de couro em volta do meu pescoço e me puxava pelo caminho, espancando-me apenas levemente, enquanto dizia que as princesas sem dúvida iriam se divertir muito em minha companhia.
"Antes de entrarmos na sala, lorde Gregory pôs uma
pequena fita no meu pescoço que serviria como um sinal. Antes, mostrara-me a fita e senti um calafrio ao perceber que aquilo sinalizava que eu era um escravo desajeitado, voluntarioso e mau, que necessitava de uma correção.
"Ele trocou minha coleira de couro por outra, com vários anéis de metal, cada pequeno elo tendo apenas o tamanho exato para um dedo. Dessa forma, disse ele, as princesas poderiam me puxar para onde bem quisessem e castigar-me se eu demonstrasse o menor sinal de resistência.
"Algemas com os mesmos anéis foram colocadas em meus pulsos e tornozelos. Sentia que mal era capaz de me mexer enquanto arrastava-me até a porta.
"Não sabia como avaliar minhas emoções. Enquanto a
porta era aberta, vi todas elas, umas dez princesas, um harém de jovens nuas a esmo sob os olhos atentos de um pajem, todas sendo recompensadas por bom comportamento com aquela hora de lazer. Descobri depois que, sempre que alguém necessita ser severamente punido, é enviado a elas, mas, naquele dia, as jovens não esperavam por visitas.
"Elas gritaram de felicidade batendo palmas e imediatamente consultando-se umas com as outras. Tudo que via ao meu redor eram seus longos cabelos ruivos, louros, pretos, com ondas e cachos grossos, os seios e ventres nus, e aquelas mãos que apontavam para mim e ocultavam sussurros tímidos e obscenos.
"As princesas juntaram-se ao meu redor. Eu me encolhi, tentando me esconder. Mas lorde Gregory ergueu minha cabeça pela coleira. Senti as mãos delas sobre mim, tocando minha pele, estapeando meu pênis e tocando meus testículos enquanto gritavam e riam. Excluindo seus senhores, que possuíam domínio total sobre elas, aquelas jovens nunca haviam visto um homem tão de perto.
"Eu tremia violentamente. Não permiti que as lágrimas
escapassem de meus olhos e o que eu mais temia era que acabasse me virando e tentasse fugir, para receber apenas uma punição ainda pior. Tentei com desespero manter-me
frio, indiferente. Entretanto, aqueles seios redondos e nus estavam me enlouquecendo. Podia sentir as coxas roçando em mim, até mesmo os pelos pubianos úmidos enquanto elas se acotovelavam para me examinar.
"E eu era o perfeito escravo daquelas princesas, que elas
desdenhavam e admiravam. Quando senti os dedos tocando meus testículos, pesando-os, acariciando meu pênis, fiquei louco.
"Aquilo era infinitamente pior do que o tempo que eu passara com os príncipes, pois já podia ouvir as vozes das jovens repletas de um falso desprezo com o desejo de disciplinar-me, devolver-me à rainha tão obediente quanto elas. Ah, você é um principezinho mau, não é?', disse uma delas em meu ouvido. Era uma morena adorável com orelhas adornadas com brincos de ouro. Seu cabelo fazia cócegas em meu pescoço e, quando os dedos torceram meus mamilos, senti que perdia o controle.
"Temia me descontrolar e acabar tentando fugir. Nesse meio-tempo, lorde Gregory retirou-se para um dos cantos da sala. Os pajens poderiam auxiliar as princesas se elas assim o desejassem, disse ele, e as encorajou a fazerem bem seu trabalho, em nome da rainha. Essas palavras provocaram gritos de regozijo. Fui imediatamente estapeado por diversas mãos ligeiras.
Minhas nádegas foram puxadas de forma que ficassem
abertas. Senti pequenos dedos forçando a entrada.
"Eu me contorcia e me revirava tentando manter-me imóvel, tentando não olhar para elas.
"E, quando fui erguido e minhas mãos, amarradas acima da cabeça por uma corrente que pendia do teto, senti-me imensamente aliviado, pois assim não poderia mais tentar escapar caso fraquejasse.
"Os pajens lhes deram as palmatórias que elas pediram.
Algumas escolheram longas tiras de couro que testaram primeiro nas próprias mãos. No salão das punições especiais, elas não precisavam ficar de joelhos e podiam ficar na posição que bem entendessem. Logo, o cabo redondo de uma palmatória foi forçado em meu ânus. Minhas pernas foram puxadas para que ficassem completamente abertas. Eu tremia e, quando o cabo da palmatória começou a estuprar-me com estocadas para dentro e para fora como qualquer pênis que eu já houvesse recebido, sabia que meu rosto estava vermelho e que minhas lágrimas me poriam em risco. Em meio a tudo isso, vez ou outra sentia lábios gelados pressionados contra minha orelha; meu rosto era beliscado; meu queixo, acariciado e, então, elas atacavam meus mamilos novamente.
'"Belos mamilos', disse uma delas. Os cabelos da princesa pareciam fios de linho, idênticos aos seus, Bela.
'Quando eu tiver terminado meu trabalho, eles irão parecer seios', e começou a puxá-los e golpeá-los.
"Durante tudo isso, para minha vergonha, meu pênis
estava rígido, como se conhecesse suas senhoras até mesmo quando eu
me recusava a notá-las. A garota com o cabelo de linho repousou as coxas contra mim, demonstrando uma crescente crueldade enquanto puxava meus mamilos. Sentia o sexo dela contra o meu. 'Você se considera bom demais para sofrer em nossas mãos, príncipe Alexi?', ela sussurrou. Eu não respondi.
"As investidas do cabo da palmatória em meu ânus
tornaram-se então mais rudes e severas. Meus quadris foram empurrados para frente com tanta crueldade quanto na ocasião em que estive com meu senhor cavalariço e as estocadas quase faziam com que eu fosse erguido do chão. 'Você acha que é bom demais para ser punido por nós?', a jovem perguntou novamente. As outras riam e a observavam enquanto ela começou a estapear meu pênis da esquerda para a direita com força. Eu recuei, não conseguia mais me controlar. Desejei mais que tudo no mundo estar amordaçado, mas não estava. Ela correu os dedos sobre os meus lábios para fazer com que eu me lembrasse disso e ordenou que eu lhe respondesse de forma respeitosa.
"E, quando eu não o fazia, ela pegava a palmatória e, retirando o instrumento que me estuprava, mantendo o rosto junto ao meu, os cílios dela fazendo cócegas em minha bochecha, espancava-me sonoramente. É claro que eu já estava ferido como todos nós sempre estamos e os golpes da princesa eram muito severos e sem um ritmo definido. Ela me pegou com a guarda baixa e, quando
comecei a recuar e gemer, todas as meninas riram de prazer.
"Meu pênis era estapeado por todas. Elas torciam meus mamilos, mas a outra princesa demonstrava claramente sua supremacia. Você deve implorar por minha misericórdia, príncipe Alexi. Não sou a rainha, mas você deve implorar para mim, por lodo o bem que posso fazer a você.' Elas consideravam tudo isso muito divertido e a garota continuou a me espancar com cada vez mais severidade. Rezei para que ela rasgasse minha pele antes que meu desejo irrompesse, mas a jovem era esperta demais para isso. Ela começou a espalhar mais os golpes. Fez com que as meninas abaixassem levemente as correntes, de forma que eu pudesse abrir ainda mais minhas pernas.
"Ela segurou meu pênis com a mão esquerda, apertando,
com rudeza, correndo a palma aberta sobre a ponta para me atormentar e, em seguida, apertando os dedos novamente enquanto me espancava com fúria.
"Quando estapeou meus mamilos e meu pênis e ergueu
meus testículos envolvendo-os com as mãos, senti as lágrimas brotando e, superando a vergonha, gemi para escondê-las. Aquele foi um impressionante momento de dor e prazer. Minhas nádegas estavam em carne viva.
"Mas ela havia apenas começado. Ordenou que as outras
princesas erguessem minhas pernas diante de mim. Senti terror ao flagrar-me pendendo das correntes que vinham do teto. Elas não amarraram meus tornozelos em meus
braços. Em vez disso, simplesmente ataram-nos no alto enquanto a outra garota me desferia seus golpes do chão, com tanta violência quanto antes. Cobrindo meus testículos com a mão esquerda, ela me espancou com a palmatória com tanta força quanto era capaz enquanto eu me debatia e gemia incontrolavelmente.
"Enquanto isso, as outras jovens regalavam os olhos
comigo, ainda me tocando e desfrutando imensamente meu sofrimento. Elas chegavam até mesmo a beijar a parte de trás de minhas pernas, as panturrilhas, os ombros.
"Os golpes, entretanto, tornaram-se mais rápidos e
violentos. Ela me pôs sentado mais uma vez, totalmente escancarado, e começou a trabalhar a sério. Pensei que sua intenção fosse rasgar minha pele se pudesse, mas eu estava extremamente nervoso e chorava incontrolavelmente.
"Era isso o que ela queria e aplaudiu quando me
entreguei. 'Muito bem, príncipe Alexi, muito bem, deixe que todo esse orgulho rancoroso o abandone, muito bem, você sabe muito bem que merece tudo isso. Assim é melhor, é exatamente o que quero ver', disse ela, quase com afeição. 'Lágrimas deliciosas', a jovem tocou-as com os dedos. A palmatória não cessava.
"A princesa então libertou minhas mãos. Fui forçado a ficar de quatro e ela me conduziu pelo salão, ordenando que eu me movesse em círculos. Ela obviamente me conduzia cada vez mais depressa. Eu ainda não percebera que não estava mais preso. Ou seja, eu ainda não havia
nem mesmo reparado que poderia ter desistido e fugido. Estava sendo vencido. E, por fim, aconteceu o que sempre ocorre quando uma punição funciona, não conseguia pensar em mais nada além de escapar de cada um dos golpes da palmatória. E como eu poderia fazer isso? Simplesmente me contorcendo, revirando, tentando evitá- la. Nesse meio-tempo, ela estava muito ocupada com os próprios comandos, conduzindo-me ainda mais rápido. Passei apressado pelos pés nus das outras princesas. Vi que davam um passo para o lado para que eu passasse.
"E então ela disse que rastejar também seria muito bom
para mim, que eu deveria colocar os braços e o queixo no chão c deveria avançar desse modo com minhas nádegas voltadas para cima, para que a princesa pudesse golpeá-las com a palmatória. 'Arqueie as costas', ordenou a jovem,
'mais baixo, quero seu peito encostado no chão', e, com
tanta habilidade quanto qualquer pajem ou senhora, obrigou-me a prosseguir enquanto as outras a elogiavam e maravilhavam-se diante de sua habilidade e vigor. Nunca fora posto em uma posição nem ao menos semelhante àquela. Tratava-se de algo tão infame que não queria nem imaginar como estava me saindo, meus joelhos ainda raspavam o chão, as costas estavam dolorosamente arqueadas, as nádegas empinadas ao máximo. E ela me dava as ordens de sempre para mover-me mais depressa enquanto minhas nádegas ficavam ainda mais em carne viva, pulsando da mesma forma com que o sangue em meus ouvidos. E minhas lágrimas me cegavam.
"E deu-se então o momento a respeito do qual lhe falei mais cedo. Eu pertencia àquela garota de cabelos de linho, uma princesa esperta e imprudente. Ela própria era punida tão vergonhosamente quanto eu estava sendo quase todos os dias, mas, por uma hora, poderia fazer de mim o que bem quisesse. Lutei durante todo o trajeto, vendo de relance as botas de lorde Greogory, as botas usadas pelos pajens, ouvindo as risadas das meninas. Lembrei-me de que deveria agradar à rainha, deveria agradar a lorde Gregory e, finalmente, deveria agradar à minha cruel senhora de cabelos de linho.
"Ela parou para respirar. Havia trocado a palmatória por uma tira de couro e começou a me chicotear.
"No início, achei os golpes mais fracos que os da palmatória e senti um misericordioso alívio. Mas a jovem logo aprendeu a impulsioná-lo com tanta força que o chicote deixou marcas em minhas nádegas. Ela então parou para que pudesse sentir essas marcas, beliscando- as, e, no silêncio, pude ouvir meu próprio choro baixo.
'"Acho que ele está pronto, lorde Gregory', disse a
princesa e o homem concordou educadamente. Imaginei se essas palavras significavam que eu seria enviado de volta à rainha.
"Esses pensamentos foram uma tolice de minha parte. "Aquilo queria dizer apenas que eu seria rapidamente
chicoteado até o salão das punições. É óbvio que lá havia um punhado de princesas acorrentadas ao teto com as
pernas amarradas para cima. Minha jovem senhora me levou até a primeira delas.
"Ela ordenou que eu me erguesse e abrisse bem minhas pernas enquanto ficasse de pé diante da princesa amarrada. Vi o rosto aflito da cativa, as faces que coravam e, então, o sexo nu e úmido que espreitava timidamente da grinalda dourada dos pelos pubianos, muito pronto para o prazer ou para mais dor após dias de torturas. A garota, entretanto, havia sido pendurada mais baixo, ficando com o sexo na altura de meu peito, acho eu, e era bem essa a posição que minha torturadora desejava.
"Ela ordenou que eu me inclinasse na direção do sexo da jovem, empinando meus quadris para trás. 'Dê-me suas nádegas', disse ela, pondo-se de pé atrás de mim. As outras garotas puxaram minhas pernas para que ficassem mais separadas do que eu seria capaz de abri-las por mim mesmo. Novamente recebi ordens para arquear a coluna e colocar os braços ao redor das correntes e vislumbrei uma imagem dupla da princesa escrava pendurada diante de mim.
'"Agora você irá satisfazê-la com a língua, disse minha torturadora, 'e assegure-se de que cumprirá direito a tarefa, pois essa garota já sofreu muito, mesmo não possuindo nem metade de sua falta de jeito.'
"Olhei para a princesa amarrada. Estava mortificada,
embora desesperadamente sedenta por prazer. Pressionei minha face em seu pequeno sexo, doce e faminto, particularmente ávido para agradar a ela. Mas minha
língua aprofundava-se em sua fissura inchada enquanto lambia o pequeno clitóris e os lábios intumescidos eram continuamente espancados pela correia. Minha senhora de cabelos de linho escolhia uma marca após outra para ser trabalhada, e eu sentia uma dor imensa quando a princesa amarrada finalmente estremeceu de prazer mesmo contra a própria vontade.
"É claro que lá havia outros que já tinham recebido
punições suficientes e deveriam ser recompensados. Fiz o trabalho da melhor maneira possível, encontrando um refúgio naquelas tarefas.
"E, então, entrei em pânico ao ver que já recompensara todos os escravos ali presentes. Estava novamente nas mãos de minha captora com nada tão doce em meus braços quanto uma princesa amarrada.
"Mais uma vez, meu peito foi pressionado contra o chão,
lutei para me manter de joelhos sob os golpes do chicote da garota enquanto fazia o caminho de volta até o salão das punições especiais.
"Todas as princesas, então, imploraram a lorde Gregory
para que eu as satisfizesse, mas ele as silenciou imediatamente. Elas tinham seus senhores e senhoras a quem deveriam servir, e ele não ouviria mais nenhuma palavra, a não ser que quisessem ser penduradas ao teto como as outras do salão, como mereciam.
"Fui levado embora, indo para o jardim. Como a rainha
ordenara, fui conduzido até uma árvore de tronco largo e minhas mãos foram amarradas tão alto que meus pés mal
tocavam a grama debaixo deles. O sol se punha e fui deixado ali.
"Aquilo foi excruciante, mas eu tinha de obedecer, não devia fugir e, então, chegou o momento. Eu era atormentado agora pelas necessidades usuais, meu pênis dolorido que poderia não ser recompensado pela rainha no dia seguinte e até por mais tempo graças às imposições de sua raiva.
"Mas o jardim estava tranquilo, tomado pelos sons do crepúsculo. O céu estava púrpura e os troncos das árvores tornavam-se mais grossos devido às sombras. Logo depois, elas passaram a se assemelhar a esqueletos. O céu estava branco graças à noite que caía e, então, a escuridão tomou conta de tudo que estava ao meu redor.
"Resignei-me a dormir daquela maneira. Estava muito longe dos troncos das árvores para esfregar meu pobre pênis, caso contrário, teria realmente feito isso, atormentado como eu estava por qualquer prazer que a fricção pudesse me trazer.
"E, mais por hábito do que por condicionamento, a
rigidez de meu membro não iria esmorecer. Permaneci rígido e tenso como se esperasse por algo.
"Foi então que lorde Gregory apareceu. Ele se materializou na escuridão vestido de veludo cinza, o ouro nas bordas do manto resplandecendo. Vi o brilho das botas e o brilho entorpecente da correia de couro que ele carregava. Mais punições, pensei exausto. Mesmo assim, tinha de obedecer. Eu era um príncipe escravo e não havia
nada que eu pudesse fazer além de rezar para que eu tivesse graça suficiente para suportar tudo aquilo em silêncio e sem fazer nenhum tipo de esforço para escapar.
"Ele, entretanto, aproximou-se de mim e começou a
falar. Disse-me que eu me comportei muito bem e perguntou se eu sabia o nome da princesa que me atormentara. 'Não, meu senhor', respondi respeitosamente, um tanto aliviado por ter-lhe agradado. Era muito difícil satisfazer lorde Gregory. Mais difícil que a rainha.
"Ele me disse que o nome dela era Lynette, que era nova
no palácio e causou uma grande impressão em todos. Ela era escrava pessoal do grão-duque André. E o que tenho a ver com isso?, pensei, sou escravo da rainha. Mas lorde Gregory perguntou-me de forma bastante gentil se eu a havia achado bonita. Eu recuei. Como poderia evitar? Conseguia me lembrar muito bem dos seios dela quando os pressionou contra mim enquanto os golpes da palmatória faziam com que eu sentisse uma dor lancinante e suspirasse. Era capaz de me recordar dos olhos azul- escuros nos poucos instantes nos quais não estava envergonhado demais para olhar para eles. 'Não sei, meu senhor. Prefiro dizer que gostaria que ela não estivesse aqui, que ela não é bonita.'
"Por esta impertinência, lorde Gregory me deu pelo
menos cinco cintadas rápidas. Estava machucado o suficiente para cair
em lágrimas naquele momento. Ele às vezes dizia que, se fosse por sua vontade, manteria os escravos sempre feridos. Assim, as nádegas deles seriam tão macias que tudo que teria de fazer seria golpeá-las com uma pluma. Mas, enquanto eu estava ali com os braços dolorosamente esticados acima de meu corpo, sendo empurrado pelos golpes, perdendo o equilíbrio, tinha consciência de que ele estava particularmente enraivecido e fascinado comigo. Por qual outro motivo ele iria até ali para atormentar- me, tendo um castelo repleto de escravos para torturar? Isso fez com que eu sentisse uma satisfação estranha.
"Tinha consciência de meu corpo, de sua evidente masculinidade que, para alguns olhos, era certamente sua beleza... Bem, ele chegou ainda mais perto e disse que a princesa Lynette era insuperável em muitos aspectos e que seus atributos eram incendiados por um espírito incomum.
"Fingi que estava entediado. Deveria ficar a noite inteira pendurado naquela posição. Lorde Gregory era um inseto, pensei. Mas então ele me disse que havia estado com a rainha e contou-lhe como a princesa Lynette havia me punido, que a jovem apresentara grande talento para comandar e não recuava diante de absolutamente nada. Comecei a ficar com medo. Ele então assegurou-me de que a rainha ficara muito contente ao ouvir essas palavras.
'"O senhor da princesa Lynette, o grão-duque André,
também estava presente', lorde Gregory continuou, e todos eles ficaram muito curiosos e, de certa forma,
arrependidos por não terem testemunhado tal demonstração, que foi desperdiçada sendo vista apenas por outros escravos', ele esperou. 'Por isso, um pequeno entretenimento foi combinado', ele continuou, já que eu permaneci calado. 'Você irá atuar em um circo organizado para Sua Majestade. Certamente já viu os treinadores de animais de circo, que, com golpes hábeis de chicote, mantêm seus felinos sobre bancos, obrigam-nos a atravessar aros e a fazer outros truques para o divertimento do público.'
"Fiquei desesperado, mas não respondi. 'Bem, amanhã,
quando suas belas nádegas estiverem sarado um pouco, um pequeno espetáculo será preparado com a presença da princesa Lynette e seu chicote, que o conduzirão ao longo da apresentação.'
"Sabia que meu rosto estava vermelho, tomado pela
raiva e a indignação, ou pior, demonstrando meu furioso desespero, mas estava muito escuro para que lorde Gregory pudesse perceber algo. Eu podia apenas ver o brilho de seus olhos e não sei explicar como sabia que ele estava sorrindo. 'E você deverá executar seus pequenos truques de forma rápida e correta para a rainha', ele continuou, 'que está ávida para vê-lo saltar de uma banqueta para outra, ficar de quatro e pular através dos aros que, neste exato momento, estão sendo preparados para você. Por você ser um bichinho de estimação que anda sobre duas pernas, mas que possui tanto mãos quanto pés, também irá pendurar-se em um pequeno
trapézio que está sendo igualmente preparado com a palmatória da princesa Lynette sempre o incitando e entreterá todos nós enquanto demonstra sua agilidade.'
"Aquilo parecia impensável para mim, apresentar-me
daquela maneira. Não era como prestar um serviço, como vestir e adornar minha rainha, nem tentar encantá-la, demonstrando que eu aceitava seu poder e a cultuava. Nem sofrer por ela, recebendo seus espancamentos. Em vez disso, aquilo seria uma série de posições infames, deliberadamente executadas. Não podia suportar sequer pensar nisso. Mas o pior de tudo era que não conseguia me imaginar fazendo aquilo. Receberia humilhações terríveis se falhasse e seria sem dúvida arrastado para a cozinha novamente.
"Estava fora de mim de tanto medo e raiva, e essa ameaça, esse brutal lorde Gregory que eu tanto odiava sorria para mim. Ele segurou meu pênis e o esticou. E claro que o empunhou próximo da base e não junto à ponta, onde poderia me conceder algum prazer. E, enquanto puxava meus quadris de forma que eu perdesse o equilíbrio, disse: 'Será um grande espetáculo. A rainha, o grão-duque e os outros irão assistir a ele. E a princesa Lynette deve estar ávida para impressionar a corte. Tome cuidado para que ela não eclipse o seu próprio brilho.'"
Bela balançou a cabeça e beijou o príncipe Alexi. Ela
então percebeu o que Alexi queria dizer quando disse que estava apenas no início de sua rendição.
-Mas, Alexi - disse ela com suavidade, quase como se pudesse salvá-lo daquele fardo, como se aquilo não houvesse acontecido havia tanto tempo quando eles o levaram das mãos do cavalariço até a presença da rainha, quando você teve de entregar as bolas de ouro para ela em seu trono, não foi a mesma coisa? - Ela parou. - Oh, será que algum dia terei de realizar essas mesmas tarefas?
- Mas você é capaz de cumpri-las, todas elas, esse é o mo-
tivo de minha história. Cada nova incumbência parece terrível simplesmente porque é nova, por ser uma variação. Mas, no
fundo, todas as tarefas são as mesmas. A palmatória, a correia, a exposição, a contenção da vontade própria. Elas apenas variam infinitamente.
"Mas você fez bem em mencionar essa primeira sessão com a rainha. Foi parecido. Mas lembre-se de que eu estava machucado e abalado pelas experiências que tive na cozinha e agia por instinto. Fui readquirindo minhas forças desde então e elas precisavam ser quebradas novamente. Agora vejo que, se o pequeno circo houvesse sido armado quando eu já estivesse recuperado do que passei na cozinha, talvez eu também me sentisse ávido para conferir o que aconteceria durante o espetáculo. Mas não pensei assim. Aquilo envolvia uma exposição muito maior, muito mais vigor, uma rendição da vontade em posições e atitudes que pareciam muito mais grotescas e desumanas.
"Nem imagina que eles não precisavam de nenhuma crueldade real, nem fogo ou chicotes para ensinar suas lições ou se divertirem." Alexi suspirou.
- Mas o que aconteceu? O circo realmente foi armado?
- Sim, claro, apesar de lorde Gregory não ter mais necessidade alguma de falar comigo antes do evento a não ser para atrapalhar meu sono. Passei uma noite sofrida e inquieta. Acordei várias vezes, pensando que os outros se aproximavam, os cavalariços ou os ajudantes da cozinha, que haviam me encontrado sozinho e indefeso, prontos para me atormentar. Ninguém chegou perto de mim, entretanto.
"Durante a noite, ouvi conversas aos sussurros
enquanto cavalheiros e damas caminhavam sob as estrelas. Vez por outra, ouvia um escravo sendo conduzido pelo caminho, chorando
intermitentemente sob os inevitáveis golpes da correia de
couro. Uma tocha tremeluzia debaixo das árvores e nada mais.
"Quando amanheceu, fui banhado e untado, e, durante todo esse tempo, meu pênis não foi tocado, salvo quando amoleceu, sendo habilmente desperto.
"No crepúsculo, o salão dos escravos foi tomado por
conversas a respeito do circo. Meu pajem, Leon, contou-me que o picadeiro já havia sido armado em um salão espaçoso próximo aos aposentos da rainha. Lá haveria quatro fileiras de cavalheiros e damas ao meu redor, e eles trariam seus escravos também, para que vissem o
espetáculo. O pânico espalhara-se entre os escravos, todos temendo serem obrigados a participar. Leon nada mais disse além disso, mas sabia o que pensava. Aquele era um cansativo teste de autocontrole. Ele escovou meu cabelo, espalhou bastante óleo em minhas nádegas e coxas, untou até mesmo meus pelos pubianos e os penteou de forma que ficassem radiantes.
"Fiquei quieto, pensando.
"E, quando finalmente fui levado até o salão, até as sombras próximas à parede de onde eu podia ver o picadeiro iluminado, entendi o que teria de fazer. Havia bancos de várias alturas e circunferências, trapézios pendurados em imensas cordas montados perpendicularmente ao chão. Velas queimavam por todos os cantos em candelabros altos posicionados entre as cadeiras onde os cavalheiros e as damas já estavam reunidos.
"E a rainha, minha cruel rainha, também estava sentada, nervosa, com o grão-duque André ao lado.
"A princesa Lynette ficou de pé no meio do picadeiro. Ela recebera permissão para erguer-se, pensei, enquanto eu deveria ser conduzido de quatro. Bem, eu teria de me conformar.
"E, enquanto esperava ajoelhado, decidi que resistir seria impossível. Se tentasse esconder as lágrimas e deixar a tensão tomar conta de mim, a humilhação seria apenas mais terrível.
"Deveria me conformar para fazer o que tinha de ser feito. A princesa Lynette estava deliciosa. Os cabelos de linho caindo soltos em suas costas, trançados apenas o suficiente para que suas nádegas ficassem completamente à mostra, onde não havia mais que uma marca cor-de-rosa causada pela palmatória, assim como nas coxas e panturrilhas, o que, longe de desfigurá-la, parecia torná-la mais bela. Aquilo era capaz de deixar qualquer um furioso. Em volta do pescoço da princesa, havia uma coleira de couro dourado e trabalhado que era um mero ornamento. Ela também usava botas pesadas, igualmente douradas e com saltos altos.
"E eu estava completamente nu, como não poderia
deixar de ser. Eu não trazia nem ao menos uma coleira, o que significava que deveria controlar-me e obedecer às ordens da princesa. Não poderia nem ao menos ser conduzido de um lado para outro.
"Pude ver, então, o que exatamente deveria fazer. A princesa Lynette daria início a uma grande demonstração de inventividade. Estava pronta para descarregar sua raiva sobre mim através de comandos como 'mais rápido' e
'depressa', censurando-me e condenando-me à menor
desobediência. Ela iria então ganhar os aplausos do público. E, quanto mais eu resistisse contra aquilo,
mais a princesa brilharia, exatamente como lorde Gregory
me alertara.
"A única maneira de eu triunfar seria através da obediência completa. Teria de executar todas as ordens
com perfeição. E não deveria reagir de forma alguma, interna ou externamente. Teria de chorar, se assim me fosse ordenado, mas precisaria realizar tudo que a jovem mandasse, mesmo que o mais leve pensamento de revolta diante daquela situação fizesse com que meus pulsos e têmporas latejassem.
"Finalmente todos estavam prontos. Um grupo de
princesas jovens e maravilhosas serviam vinho balançando seus pequenos quadris e lançando-me olhares repletos de deleite enquanto se curvavam para encher as taças. E elas também estavam ali para me ver sendo castigado.
"Toda a corte, pela primeira vez, viera para assistir.
"Então, com um bater de palmas, a rainha ordenou que seu bichinho de estimação, o príncipe Alexi, fosse trazido e que a princesa Lynette me 'domasse' e 'treinasse' diante dos olhos de todos.
"Lorde Gregory me lançou seus golpes usuais com a palmatória.
"Logo, eu estava no círculo de luzes, meus olhos doeram por um momento e vi as botas de salto alto de minha domadora se aproximando. Em um arroubo de impetuosidade, corri para beijar suas botas. A corte soltou um murmúrio de aprovação.
"Continuei a cobri-la de beijos e pensava: Minha
diabólica Lynette, minha forte e cruel Lynette, você é minha rainha agora. Era como se minha paixão fosse um
fluido que corria por todos os meus membros, não apenas em meu pênis intumescido.
Arqueei as costas e separei as pernas ainda que ligeiramente, mesmo sem ter recebido ordens para isso.
"Os espancamentos logo começaram. Demonstrando
que realmente era um pequeno demônio, ela disse:
'Príncipe Alexi, você deve mostrar à sua rainha que é um bichinho de estimação muito perspicaz e deve executar todas as minhas ordens com obediência. E também deve responder com total cortesia a todas as perguntas que eu lhe fizer.
"Então, eu também teria de falar. Senti o sangue subir ao meu rosto. Mas ela não deu tempo para que eu sentisse terror e eu disse, com um rápido movimento de cabeça:
'Sim, minha princesa, o que gerou outro murmúrio de aprovação por parte da platéia.
"Como já lhe disse antes, ela era forte, capaz de espancar
com muito mais potência do que a rainha e com tanta intensidade quanto os ajudantes da cozinha ou os cavalariços me espancaram. Sabia que a princesa no mínimo gostaria de me deixar ferido, pois imediatamente lançou diversos golpes sonoros contra mim e tinha, assim como alguns outros torturadores, de erguer as nádegas da vítima enquanto a espancava.
'"Para aquele banco, ali', ela ordenou sem demora,
'agacha-do, com os joelhos bem separados e as mãos atrás do pescoço, agora!' E ela me conduziu para que eu obedecesse enquanto eu saltava para cima do banco
fazendo um imenso, ainda que rápido, esforço para me equilibrar. Fiquei agachado da mesma maneira miserável com que meu senhor cavalariço me punira. Toda a corte podia então ver meus órgãos genitais expostos como se eles nunca os houvessem visto.
'"Vire-se devagar, ela ordenou de forma que eu fosse exibido para todos os olhos, 'para que o distinto público possa ver o bichinho de estimação que se apresentará para ele esta noite!' E, mais uma vez, ela me deu numerosos e cortantes golpes de palmatória. Houve uma chuva de aplausos vinda da pequena multidão ali reunida e também o som de vinho sendo servido, e eu mal havia completado uma volta com os golpes da palmatória reverberando em meus ouvidos, e ela ordenou que eu desfilasse rapidamente pelo pequeno picadeiro de quatro e com o queixo e o peito no chão da mesma forma como eu havia me prostrado para ela anteriormente.
"Foi ali que me recordei de minhas intenções. Corri bem depressa para obedecer-lhe, arqueando as costas, com os joelhos separados, ainda que me movendo com rapidez enquanto os saltos da bota dela batiam no chão ao meu lado e minhas nádegas padeciam com os golpes. Não tentei manter meus músculos retesados, mas sim deixá-los tensos, deixei que meus quadris se erguessem e caíssem como deviam, contraindo-se com os golpes, mesmo que não pudesse evitar recebê-los. E, enquanto eu me deslocava pelo chão de mármore, a multidão sendo uma massa de rostos borrados, senti que aquele era o meu
estado natural, aquilo era o que sou, não havia nada antes ou depois de mim. Podia ouvir a reação da corte; eles riam do meu sofrimento e havia uma excitação crescente em suas conversas. Eles estavam muito atentos àquela pequena apresentação, o que era notável diante de seu habitual ar entediado. Eu estava sendo admirado por meu abandono. Suspirava a cada golpe da palmatória sem
nem ao menos pensar em conter esses sons. Deixei os
gemidos fluírem livremente e arqueei ainda mais minhas costas.
"Quando a tarefa foi completada e fui mais uma vez encaminhado para o centro do picadeiro, ouvi os aplausos. "Minha cruel domadora não fez nem ao menos uma pausa. Ordenou que eu pulasse imediatamente sobre outro banco e, deste, para outro ainda mais alto. Ajoelhei-me para executar cada um dos saltos e, quando os golpes me atingiram, meus quadris moveram-se para frente sem que eu parasse de gemer. O som de meus gemidos naturais
soava surpreendentemente alto em meus ouvidos.
'"Sim, minha princesa', eu dizia após cada comando e minha voz me parecia trêmula, apesar de profunda e repleta de sofrimento. 'Sim, minha princesa', repeti quando ela finalmente ordenou que eu ficasse de pé diante dela, com as pernas bastante abertas e ajoelhando-me devagar até que atingisse uma altura a qual ela aprovasse. Eu deveria então saltar através do primeiro arco com as mãos atrás do pescoço e conseguir, de alguma forma, ajoelhar-me novamente diante dela. 'Sim, minha princesa,
obedeci sem demora, atravessando diversos arcos com a mesma entrega. Eu era ágil e não demonstrava nenhuma vergonha, apesar de meu pênis e meus testículos moverem-se sem a menor graça ao sabor de meus esforços.
"Os golpes de Lynette tornaram-se mais fortes e menos regulares. Meus gemidos eram muito altos, repentinos e provocavam muitas risadas.
"Ela ordenou que eu saltasse e agarrasse com ambas as mãos a barra de um trapézio. Senti lágrimas de pura tensão e cansaço
escorrerem pelo meu rosto. Pendia do trapézio enquanto ela me golpeava com a palmatória, conduzindo-me para frente e para trás. A princesa deu ordens para que eu me virasse e segurasse as correntes com os pés.
"Isso era quase impossível e, enquanto eu me esforçava
para obedecer, as risadas ecoaram pelo salão. Felix deu um passo à frente e sem demora ergueu meus tornozelos até que eu ficasse pendurado da maneira que Lynette desejava e tive de suportar os espancamentos dela nessa posição.
"E, logo que a princesa ficou cansada disso, recebi ordens para voltar para o chão enquanto ela trazia uma longa tira de couro. Fiquei de joelhos e a jovem prendeu uma das extremidades em meu pênis, puxando-me em seguida para perto dela. Nunca havia sido guiado daquela forma antes, pela raiz de meu pênis, e as lágrimas fluíram copiosamente. Todo o meu corpo estava quente e tremia, e meus quadris eram puxados para frente de forma que nem
ao menos pensamentos graciosos poderiam possivelmente existir, mesmo que eu tivesse a presença de espírito necessária para tal. Ela me puxou até os pés da rainha e então me virou, puxando-me pelo picadeiro, correndo com suas botas que faziam um ruído seco no chão, para que eu tivesse de lutar, gemendo e chorando por trás de meus lábios cerrados, para acompanhá-la.
"Eu caíra em desgraça. O picadeiro parecia interminável.
A tira ao redor do meu pênis o contraía, e minhas nádegas estavam tão dolorosamente macias que ardiam até mesmo quando Lynette não as golpeava.
"Mas logo completamos a volta. Sabia que a criatividade de Lynette havia se esgotado. Ela contara com minha desobediência e relutância, e não conseguira sucesso. Sua apresentação careceu de qualquer atributo especial além de minha completa obediência.
"Ela deixou com que eu descansasse por alguns
segundos, algo que me surpreendeu.
"Em seguida, ordenou que eu me erguesse, abriu minhas pernas e então colocou minhas mãos espalmadas no chão diante dela. Minhas nádegas estavam de frente para a rainha e o grão-duque, uma posição na qual, novamente, mesmo em meio a tudo aquilo, lembrava-me de minha nudez.
"Ela deixou a palmatória de lado e pegou seu brinquedo
preferido, a tira de couro, e lançou uma severa chicotada em minhas coxas e panturrilhas, deixando que o couro se enrascasse em mim, e ordenou que eu me movesse alguns
centímetros para frente para que pudesse colocar meu queixo sobre um banco alto. Minhas mãos deveriam permanecer nas costas, que, por sua vez, deveriam estar arqueadas. Fiz como fui ordenado e fiquei com as pernas separadas, a cintura torta e o rosto inclinado para o alto para que todos vissem minha expressão de dor.
"Como você pode imaginar, minhas nádegas estavam
voltadas para cima, livres, e Lynette começou a cobri-la de elogios. 'Quadris muito belos, príncipe Alexi, belas nádegas, rígidas, redondas e musculosas, e verdadeiramente lindas quando você se contorce para escapar de meu chicote e de minha palmatória.' Ela ilustrou essas palavras imitando a forma como eu fugia do chicote e comecei a chorar baixinho.
"Foi então que Lynette deu uma ordem que me surpreendeu. 'A corte quer que você exiba suas nádegas. Que as movimente', disse ela. 'Não apenas para escapar da punição que você de fato merece e de que necessita, mas para demonstrar alguma real humildade.' Eu não sabia o que ela queria dizer com essas palavras. A princesa me espancou de forma severa, como se eu estivesse sendo propositalmente teimoso, enquanto eu dizia em meio às lágrimas: 'Sim, minha princesa.' 'Mas você não obedece!', ela gritou. Lynette havia começado com o que realmente queria e, assim que pronunciou essas palavras, comecei a soluçar contra a minha vontade. O que eu poderia dizer- lhe? 'Quero ver suas nádegas mexendo, príncipe', ela continuou. 'Quero vê-las rebolando enquanto seus pés
permanecem imóveis.' Ouvi a rainha rir. E subitamente me submeti à vontade dela, coberto de vergonha e medo. Sabia que ela queria me apequenar, ridicularizar, e isso era demais para mim. Movi os quadris, balancei-os enquanto ela me espancava e meu peito tremeu com outra crise de choro que eu mal pude conter.
'"Não, príncipe, nada é tão simples assim. Essa deve ser
uma verdadeira dança para a corte', disse ela, 'suas nádegas vermelhas e marcadas devem fazer algo além de ficarem dormentes com os meus golpes!', e ela colocou as mãos em meus quadris e lentamente moveu-os não apenas de um lado para outro, mas para cima e para baixo, de forma que eu tive de ficar de joelhos. Ela os girou. Parecia algo pequeno, como eu já disse. Mas, para mim, aquilo representava uma vergonha inenarrável, ter de pôr toda a minha força e presença de espírito naquela exibição aparentemente tão vulgar de minhas nádegas. E, ainda assim,
Lynette desejava que eu continuasse com aquilo, ela havia
ordenado, e eu não podia fazer nada além de obedecer, minhas lágrimas escorriam e meus soluços ficavam presos na garganta enquanto eu girava minhas nádegas como Lynette mandara. 'Curve mais os joelhos, quero ver uma dança, disse ela com um sonoro golpe do chicote. 'Curve os joelhos e mexa mais esses quadris para o lado, mais para a esquerda!', a voz dela elevou-se furiosamente. 'Você resiste às minhas ordens, príncipe Alexi, não é divertido.' Ela lançou uma saraivada de sonoras chicotadas enquanto
eu me esforçava para obedecer. 'Mexa-se', ela gritava. Lynette estava triunfante. Toda a minha compostura fora de fato perdida. Ela sabia disso.
'"Então você ousa demonstrar reservas na presença da
rainha e sua corte?', ela me censurou e, com ambas as mãos, empurrou meus quadris de um lado para outro, realizando uma rotação ainda maior. Não conseguia mais suportar aquilo. Havia apenas uma maneira de superá-la e isso significava contorcer-me naquela posição vergonhosa, ainda mais freneticamente enquanto ela me guiava. E, tremendo para tentar engolir o choro, obedeci. Comecei a dançar e os aplausos encheram o salão, minhas nádegas rebolando de um lado para outro, para cima e para baixo, meus joelhos completamente tortos, as costas arqueadas, o queixo sobre o banco, causando-me dor, pois todos podiam ver as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e a óbvia destruição de minha coragem.
'"Sim, minha princesa', eu me esforcei para articular essas palavras com minha voz suplicante e obedeci, reunindo todas
as minhas forças, realizando uma performance tão boa que os aplausos continuaram.
'"Isso foi bom, príncipe Alexi, muito bom', elogiou Lynette. 'Abra as pernas ainda mais, bem separadas, e mexa os quadris mais depressa!' Obedeci de imediato. Comecei a requebrar os quadris e fui tomado pela maior crise de vergonha que conhecera desde que fui capturado e levado para o castelo. Nem mesmo ser despido pelos
soldados nos campos, ou jogado sobre a sela do capitão, ou, ainda, estuprado na cozinha, comparava-se com a degradação que experimentei naquele momento, pois realizei tudo aquilo de forma grosseira e submissa.
"Enfim, ela deu por encerrada sua pequena exibição. As
damas e cavalheiros conversavam entre si, tecendo comentários e trocando idéias a respeito dos mesmos assuntos sobre os quais sempre falavam em ocasiões como aquelas. Os murmúrios, entretanto, eram repletos de inquietação, o que significava que as paixões haviam sido despertadas, e eu não podia olhar para cima para ver que todos olhavam para o picadeiro, não importando o quanto quisessem simular uma atmosfera de tédio. A princesa Lynette ordenou então que eu me virasse devagar, mantendo o queixo no centro do banco, mas movendo minhas pernas em círculo, enquanto balançava as nádegas, de forma que toda a corte pudesse contemplar igualmente aquela demonstração de obediência.
"Meus próprios soluços me ensurdeciam. Lutei para
obedecer sem perder o equilíbrio. Se eu esmorecesse na amplitude das rotações de minhas nádegas, a princesa teria uma nova oportunidade de menosprezar-me.
"Finalmente, ela ergueu a voz e anunciou para a corte
que tinham ali um príncipe obediente, capaz de realizar façanhas até mesmo mais criativas no futuro. A rainha aplaudiu. O público poderia então levantar e dispersar-se, entretanto eles o fizeram muito devagar e a princesa Lynette, com o intuito de continuar com o espetáculo para
os últimos espectadores, rapidamente ordenou que eu agarrasse o trapézio acima de minha cabeça e, enquanto me espancava com crueldade, recebi ordens para erguer o queixo e marchar para ela na ponta dos pés, sem sair do lugar.
"A princesa Lynette entregou a palmatória e o chicote a lorde Gregory.
"Continuei segurando o trapézio, meu peito pesava, meus membros formigavam. Tive o prazer de ver a princesa Lynette sendo despida das botas e da coleira por um pajem que a jogou sobre os ombros e carregou-a para fora do salão, mas não consegui ver o seu rosto e, portanto, não sabia o que estava sentindo. As nádegas dela estavam voltadas para cima sobre os ombros do pajem, seus grandes lábios eram compridos e finos e os pelos da vagina, ruivos.
"Eu estava sozinho, molhado de suor e exausto. Lorde
Gregory estava por perto, de pé. Ele se aproximou, ergueu meu queixo e disse: 'Você é indomável, não é?' Fiquei surpreso. 'O miserável, orgulhoso e rebelde príncipe Alexi!', ele pronunciou com fúria. Tentei demonstrar minha consternação. 'Diga-me de que forma desagradei', implorei, já tendo ouvido o príncipe Gerald dizer o suficiente aquele tipo de coisa nos aposentos da rainha.
'"Você sabe que sentiu prazer com tudo que aconteceu
aqui. Nada é deselegante demais, ou demasiadamente indigno ou difícil para você. Você brincou com todos nós!', ele afirmou. Novamente, fiquei surpreso.
'"Bem, você vai medir meu pênis agora', ele disse ordenando que o último pajem nos deixasse. Eu ainda segurava o trapézio como me havia sido ordenado. O salão estava escuro apesar da noite luminosa que atravessava as janelas. Ouvi-o abrir as roupas, fui cutucado pelo pênis dele. E, então, ele forçou-o entre minhas nádegas.
'"Principezinho deplorável', comentou ele enquanto
abria caminho dentro de mim.
"Quando ele terminou, Felix me lançou sobre seus ombros sem nenhuma cerimônia, da mesma forma como o outro pajem carregara a princesa Lynette. Meu pênis intumescia contra o corpo dele, mas tentei controlá-lo.
"Quando ele me pôs no chão, nos aposentos da rainha, a
soberana estava sentada à sua penteadeira lixando as unhas. 'Senti saudades suas', disse ela. Corri de quatro na direção dela e beijei suas sandálias. Ela pegou um lenço de seda e secou meu rosto.
'"Você me agradou muito', disse ela. Fiquei intrigado. O que lorde Gregory notara em mim que ela não havia percebido?
"Eu estava aliviado, entretanto, por poder refletir sobre isso. Caso ela houvesse me recebido com raiva ou ordenasse mais punições, eu ficaria tomado pelo desespero. Ela, entretanto, era toda beleza e suavidade. Ordenou que eu a despisse e deitasse na cama. Obedeci da melhor forma possível. Mas ela recusou a camisola de seda.
"E, pela primeira vez, ficou nua diante de mim.
"Não me disseram que eu poderia olhar para cima. Estava encolhido aos pés da rainha. Ela então me autorizou a contemplá-la. Como você pode imaginar, Bela, a soberana era de uma beleza inenarrável. Tinha um corpo firme, de alguma forma poderoso, com ombros apenas um pouco fortes demais para uma mulher, pernas longas, seios magníficos e o sexo era um ninho resplandecente de pelos negros. Flagrei-me sem ar.
'"Minha rainha', sussurrei antes de beijar seus pés e tornozelos. A soberana não protestou. Beijei-lhe os joelhos. Ela não protestou. Beijei-lhe as coxas e, num gesto impulsivo, enterrei meu rosto no ninho de pelos perfumados, encontrando-o quente, tão quente que ela me ergueu até que eu ficasse de pé. Ela ergueu meus braços e eu a abracei, experimentando pela primeira vez suas formas completamente femininas e também percebi que, independentemente do quão forte e poderosa fosse sua aparência, ela era pequena quando comparada a mim, e complacente. Movi-me para beijar os seios da rainha e, em silêncio, ela convidou-me a fazê-lo e suguei-os até ouvir os suspiros escapando de sua boca. O gosto dos seus seios era doce, e eles eram muito macios, ainda que rechonchudos e resistentes aos meus dedos respeitosos.
"A rainha mergulhou na cama e, de joelhos, enterrei meu rosto novamente entre as pernas dela. Mas a soberana disse que queria meu pênis naquele exato momento e que eu não deveria ejacular até que ela o permitisse.
"Gemi para demonstrar o quão difícil seria conter meu amor por ela. Mas ela se deitou de bruços sobre os travesseiros, abrindo as pernas, e vi, pela primeira vez, seus grandes lábios cor-de-rosa.
"Ela fez com que eu me abaixasse ainda mais. Quase não
pude acreditar quando senti o invólucro daquela vagina quente. Havia um longo tempo desde que senti pela última vez aquele tipo de satisfação com uma mulher. Era a primeira vez em que sentia aquilo desde que fora aprisionado pelos soldados. Lutei para não consumir minha paixão imediatamente e, quando ela começou a mover os quadris, pensei que a luta estaria perdida. Ela estava tão molhada, quente e apertada, e meu pênis doía graças à punição. Todo o meu corpo doía e a dor era deliciosa para mim. As mãos dela acariciaram minhas nádegas. Ela beliscou as marcas dos espancamentos anteriores. Separou minhas nádegas e, enquanto aquele invólucro quente se contraía contra meu pênis e a aspereza dos pelos pubianos me golpeava e atormentava, ela colocou o dedo em meu ânus.
"'Meu príncipe, meu príncipe, você passou por todos esses testes por mim', a rainha sussurrou. Seus movimentos tornaram-se mais ligeiros, selvagens. Vi o rosto e os seios dela cobrirem-se de vermelho. 'Agora', ela ordenou e deixei que minha paixão explodisse dentro dela. "Meu corpo tremeu, os quadris se movimentando louca- mente da mesma forma com que no pequeno espetáculo circense. E, quando fiquei vazio e relaxado, me deitei,
cobrindo o rosto e os seios da rainha com beijos lânguidos e sonolentos.
"Ela se sentou na cama e correu as mãos pelo meu corpo, dizendo-me que eu era sua posse mais adorável.
'Mas há muitas crueldades guardadas para você', ela
afirmou. Senti que meu
pênis endurecia novamente. A rainha explicou que eu seria submetido a uma disciplina diária muito pior do que qualquer uma daquelas que ela inventara antes.
"Amo a senhora, minha rainha, sussurrei. E não pensava
em mais nada além de servi-la. Mesmo estando com medo, é claro. Apesar disso, me sentia poderoso por tudo aquilo que havia suportado e realizado.
"Amanhã', começou ela, 'irei inspecionar meus exércitos.
Passarei diante deles em uma carruagem aberta, para que os soldados possam contemplar sua rainha e eu também possa vê-los e, depois disso, irei até as vilas próximas ao castelo.'
"Toda a corte irá comigo de acordo com a posição de
cada um. E todos os escravos nus, exceto por coleiras de couro, marcharão descalços conosco. Você marchará ao lado da minha carruagem para que todos os olhos o vejam. Colocarei a melhor coleira em você e seu ânus deverá ser aberto por um falo também de couro. Você usará uma mordaça e eu segurarei as rédeas. Você marchará com a cabeça erguida à frente dos soldados, oficiais, as pessoas comuns. E, para o deleite de todos, exibirei você na praça principal de cada um dos vilarejos por tempo suficiente
para que todos o admirem antes de continuarmos com o cortejo.'
'"Sim, minha rainha', respondi em um sussurro. Sabia que aquela seria uma provação terrível e, ainda assim, pensava naquilo com curiosidade e imaginava quando e como os sentimentos de desamparo e derrota iriam visitar-me. Eles aflorariam diante dos aldeões, ou dos soldados, ou enquanto eu trotasse com a cabeça erguida, meu ânus torturado pelo falo? Cada detalhe que a rainha descrevia me excitava.
"Dormi profundamente e muito bem. Quando Leon me
despertou, tratou de mim cuidadosamente, da mesma forma como fizera ao me preparar para o pequeno circo.
"Havia uma grande comoção do lado de fora do castelo. Era a primeira vez em que eu via os portões frontais do pátio, a ponte levadiça, o fosso e todos os soldados reunidos. A carruagem aberta da rainha estava parada no pátio e ela já estava sentada lá dentro cercada pelos lacaios e os pajens que caminhariam ao seu lado, assim como os cocheiros com seus chapéus magníficos, as plumas e as esporas resplandecentes. Um grande grupo de soldados a cavalo estava a postos.
"Antes de ser conduzido para fora, Leon ajustou a
mordaça a meu rosto, dando, ainda, mais uma última escovada perfeita em meu cabelo. Ele apertou a mordaça de couro bem no fundo de minha boca, secou meus lábios e disse-me que o mais difícil seria manter o queixo erguido. Nunca deveria deixar que ele caísse até a posição
normal. As rédeas, que a rainha seguraria preguiçosamente em seu colo, poderiam, é claro, fazer com que eu mantivesse a cabeça erguida, entretanto eu nunca deveria abaixá-la. Ela perceberia se eu o fizesse e ficaria furiosa.
"Leon então me mostrou o falo de couro. O objeto não possuía nenhum tipo de correia ou sino preso a ele. Era tão grande quanto o pênis ereto de um homem e eu estava com medo. Como iria mantê-lo dentro de mim? Dele, pendia um rabo de cavalo feito de tiras finas de couro negro que serviam simplesmente como decoração. Leon pediu para que eu abrisse as pernas. Forçou o falo para dentro de meu ânus e disse que eu deveria mantê-lo no lugar, já que a rainha me faria sofrer se me visse sem nenhum tipo de cobertura. As tiras finas de couro do falo batiam em minhas coxas. Elas deveriam balançar como a cauda de um cavalo quando eu trotasse pelo caminho, entretanto, como eram curtas, não cobriam absolutamente nenhuma parte do meu corpo.
"Leon untou novamente meus pelos pubianos, o pênis e
os testículos. Esfregou um pouco de óleo em minha barriga. Minhas mãos foram amarradas atrás de minhas costas e ele me deu um pequeno osso coberto de couro afirmando que aquilo tornaria mais fácil mantê-las unidas. Minhas tarefas, entretanto, eram manter o queixo erguido, manter o falo no lugar e o meu próprio pênis rígido e apresentável para a rainha.
"Fui então levado para fora, até o pátio, sendo puxado pelas rédeas curtas. O brilhante sol do meio-dia refletia nas lanças dos cavaleiros e dos soldados. Os cascos dos cavalos faziam um grande ruído ao baterem nas pedras.
"A rainha, entretida em uma conversa rápida com o
grão-duque sentado ao seu lado, mal reparou em mim, apenas me lançou um sorriso apressado. As rédeas foram dadas a ela. Elas foram passadas por cima da porta da carruagem para manter minha cabeça completamente voltada para cima.
'"Mantenha os olhos respeitosamente voltados para
baixo o tempo todo', disse Leon.
"E logo a carruagem foi puxada para fora dos portões, atravessando a ponte levadiça.
"Bem, você pode imaginar como foi aquele dia. Você mesma, Bela, foi trazida para cá nua, passando por todos os vilarejos de seu próprio reino. Sabe como é ser vista por todos, soldados, cavaleiros, plebeus.
"Ver que outros escravos nus seguiam atrás de nós
serviu como um pequeno consolo para mim. Eu estava sozinho ao lado da carruagem da rainha e pensava apenas em lhe agradar e parecer o que ela desejava que eu parecesse diante dos olhos dos outros. Mantive a cabeça erguida, contraí as nádegas para manter o doloroso falo no lugar. E logo, enquanto eu passava por centenas e mais centenas de soldados, pensei mais uma vez: Sou servo da rainha, sou escravo dela e essa é minha vida. Não possuo outra existência.
"Talvez a mais excruciante parte do dia para mim foram as vilas. Você, Bela, já havia passado pelas vilas de seu reino. Eu nunca visitara os vilarejos dessas redondezas. Os únicos plebeus que eu vira foram os da cozinha.
"Mas aquele dia de parada militar coincidia com a
abertura dos festivais das vilas. A rainha visitava cada um dos vários vilarejos e, após essa visita, o festival era considerado aberto.
"Havia uma plataforma no centro da praça de cada vila e, quando a rainha entrava na casa do senhor do vilarejo para tomar uma taça de vinho com ele, eu era exibido, exatamente da forma com que ela me disse que seria.
"Mas não consegui ficar de pé com toda a graciosidade
que eu gostaria. E os aldeões, ao contrário de mim, perceberam isso. Quando chegamos ao primeiro vilarejo, a rainha se afastou e, assim que meus pés atingiram a plataforma, a multidão entoou um grande urro, pois sabiam que estavam ali para ver algo prazeroso.
"Abaixei a cabeça, agradecido pela oportunidade de
mover os músculos rígidos do pescoço e dos ombros. E fiquei surpreso quando Felix removeu o falo do meu ânus. É claro que a multidão soltou um grito de animação ao ver essa cena. Fui então obrigado a me ajoelhar com as mãos atrás do pescoço em uma plataforma giratória.
"Felix fez isso com os pés. E, pedindo para que eu
abrisse bem as pernas, girou a plataforma. Acho que talvez tenha sentido mais medo nesses primeiros minutos do que em qualquer outro momento, entretanto não senti mais o
temor de me erguer e tentar escapar. Estava realmente indefeso. Nu, um escravo da rainha, estava em meio a centenas de pessoas comuns que poderiam capturar-me em poucos minutos, ficando até mesmo animados graças a toda a diversão que aquilo lhes proporcionaria. Foi então que percebi que escapar seria impossível. Qualquer príncipe ou princesa que fugisse do castelo seria aprisionado por aqueles aldeões. Eles não dariam abrigo a ninguém.
"Felix então ordenou que eu mostrasse à multidão todas
as minhas partes íntimas, que estavam a serviço da rainha, demonstrando que eu era o escravo da soberana, seu animal. Não entendi aquelas palavras, que foram pronunciadas com cerimônia. Ele me pediu, com muita educação, para separar as faces de minhas nádegas enquanto ajoelhava-me para mostrar às pessoas meu ânus aberto. Obviamente, aquele era um gesto simbólico. Significava que eu já havia sido violado. E nada mais que aquilo poderia ser invadido.
"Mas, com meu rosto em chamas e minhas mãos
tremendo, obedeci. Gritos animados vieram da multidão. As lágrimas corriam por minha face. Com uma longa bengala, Felix ergueu meus testículos para que o povo os visse e empurrou meu pênis de um lado para outro para demonstrar como meu órgão encontrava-se indefeso e, durante todo esse tempo, tive de continuar mantendo as nádegas separadas, mostrando o ânus. Em todas as ocasiões em que eu relaxava as mãos, ele ordenava com
severidade para que eu separasse ainda mais as nádegas e me ameaçava com punições rígidas. 'Isso irá enfurecer Vossa Majestade', disse ele, 'e divertir imensamente a multidão.' Assim, despertando um alto brado de aprovação, o falo foi enfiado de volta com muita destreza em meu ânus. Fui obrigado a pressionar os lábios contra a madeira da plataforma giratória. E fui levado novamente para minha posição ao lado da carruagem da rainha. Felix puxava minhas rédeas sobre os ombros enquanto eu trotava atrás dele com a cabeça erguida.
"Quando atingimos a última vila, eu não estava mais
acostumado àquilo do que no início de nossa jornada. Felix assegurou à rainha que eu havia demonstrado uma humildade bastante concebível. Minha beleza era incomparável à de qualquer outro príncipe que já houvesse passado pela corte. Metade dos jovens de ambos os sexos, de todas as vilas, estavam apaixonados por mim. A rainha beijou minhas pálpebras quando recebi aqueles cumprimentos.
"Naquela noite, houve um grande banquete no castelo,
muito semelhante à festividade realizada em sua apresentação, Bela. Nunca vira aquilo antes. E tive minha primeira experiência
servindo vinho para a rainha e para os outros a quem ela vez ou outra me enviava cerimoniosamente como um presente. Quando meus olhos cruzaram com os da princesa Lynette, sorri para ela sem pensar no que fazia.
"Sentia que era capaz de fazer qualquer coisa que me fosse ordenada. Não tinha medo de nada. E o mesmo posso dizer a respeito daqueles a quem eu me submetera. Entretanto, a mais verdadeira amostra de minha rendição era que tanto Leon quanto lorde Gregory — quando tiveram oportunidade — disseram-me que eu era teimoso e rebelde. Afirmaram que eu zombava de tudo. Quando tive a chance de responder, afirmei que aquilo não era verdade, no entanto, raramente tinha tal oportunidade.
"Muitas outras coisas têm acontecido comigo desde
então, mas as lições que aprendi naqueles primeiros meses foram as mais importantes.
"A princesa Lynette ainda está aqui, é claro. Você irá
saber quem ela é no momento certo. Eu pensei que poderia suportar qualquer coisa vinda de minha rainha, de lorde Gregory e de Leon, mas ainda achava difícil suportar a princesa Lynette. Mas eu estaria colocando minha vida em perigo se alguém descobrisse isso.
"Agora, já está quase amanhecendo. Devo levá-la de
volta para o quarto de vestir e também banhá-la, para que ninguém desconfie de que estivemos juntos. Mas lhe contei minha história para que possa entender o que significa a rendição e que cada um de nós sempre acaba encontrando sua própria forma de aceitação.
"Há mais detalhes de minha história, entretanto, que
irão revelar-se para você no momento certo. Mas, agora, deixe que eles se manifestem de forma simples. Caso precise suportar uma punição que lhe pareça intensa
demais, pense com você mesma: Ah, mas, se Alexi suportou, então esse castigo pode ser suportado."
Bela não queria fazer com que o príncipe Alexi se calasse, mas não conseguiu evitar abraçá-lo. Ela estava tão faminta por ele naquele momento quanto estivera antes, mas já era muito tarde.
E, enquanto o príncipe Alexi a conduzia de volta ao
quarto de vestir, Bela imaginava se ele poderia imaginar o verdadeiro efeito que suas palavras surtiram sobre ela. Será que ele sabia que a inflamou e fascinou, ampliando a compreensão da renúncia e da rendição que ela já possuía?
Enquanto o príncipe Alexi a banhava, apagando todas as
evidências de seu amor, Bela permaneceu imóvel, perdida em pensamentos.
O que ela havia sentido mais cedo naquela noite, quando
a rainha disse que queria mandá-la de volta para casa graças à devoção excessiva do príncipe da coroa? Ela gostaria de partir?
Um pensamento horrível a obcecava. Ela se via
dormindo em um aposento empoeirado que havia sido sua prisão por cem anos, ouvia sussurros ao redor. A velha bruxa com a roca que furara o dedo de Bela gargalhava com as gengivas sem dentes; e, erguendo as mãos até os seios da princesa, sorveu uma sensualidade perversa.
Bela tremeu. Ela recuou e contorceu-se quando Alexi
apertou as algemas.
- Não tenha medo. Ninguém descobrirá que passamos a noite juntos - ele assegurou.
Bela o encarou como se não o conhecesse, pois ela não temia ninguém no castelo, nem ele, nem o príncipe, nem a rainha. Era sua própria mente que a aterrorizava.
O céu empalidecia. Alexi a abraçou. Bela estava então amarrada à parede, o longo cabelo pressionado entre as costas e as pedras atrás de seu corpo. E ela não conseguia esquecer o aposento empoeirado de sua terra natal e parecia que ela viajava através de camadas e mais camadas de sono e aquele quarto de vestir que a cercava naquela nação cruel perdera a substancialidade.
Um príncipe entrou no aposento onde Bela dormia. Um
príncipe que baixou os lábios na direção dela. Mas era apenas Alexi beijando-a, não era? Alexi beijando-a ali?
Mas, quando Bela abriu os olhos naquela cama ancestral
e olhou para aquele que quebrou o feitiço, viu um semblante suave e inocente. Havia alguma alma pura semelhante à da própria princesa que permanecia de pé, surpresa, ao lado dela. Sim, ele era valente, bravo e sem nenhuma complexidade!
Bela gritou:
-Não!
Mas a mão de Alexi estava sobre a sua boca.
-Bela, o que é isso?
-Não me beije — ela sussurrou.
Mas, quando ela viu a dor no rosto dele, abriu a boca e sentiu os lábios de Alexi selando-os. A língua dele
misturou-se à sua. Bela pressionou os lábios contra os dele.
— Ah, é você, apenas você... — Bela cochichou.
— E quem pensou que era? Você estava sonhando?
— Por um momento, pareceu que tudo isso era um sonho - ela confessou. Mas a pedra era muito real, tão real quanto os toques de Alexi.
Bela balançou a cabeça.
— Você adorou isso tudo, tudo isso, você simplesmente amou - sussurrou no ouvido dele. Viu os olhos de Alexi demoraram-se languidamente fixos nos dela para depois fluírem para outra direção. — E parecia um sonho porque todo o passado, o passado real, perdeu seu esplendor.
Mas o que ela estava dizendo? Que em poucos dias já não ansiava mais por sua terra natal, não desejava o que sua juventude havia sido e que dormir por cem anos não lhe dera qualquer tipo de sabedoria?
— Eu amo tudo isso. E detesto - disse Alexi. - Sinto-
me humilhado e ressuscitado por tudo isso. E render-se significa sentir todas essas coisas ao mesmo tempo e, ainda assim, conservar a mente e o espírito.
— Sim - ela suspirou, apesar de acusá-lo
hipocritamente. - Dor cruel, prazer cruel.
E Alexi lhe lançou um sorriso de aprovação.
— Estaremos juntos novamente em breve...
— Sim...
000 esteja certa dissoo E, ate 1<1, minha querida, meu amor, pertena a todoso
TROCAS DE EBOOI<S
L]" 352 l:S
A VILA
Os dias seguintes passaram tão depressa para Bela quanto aqueles antes deles. Ninguém descobriu que ela e Alexi estiveram juntos.
Na noite seguinte, o príncipe lhe disse que ela ganhara a aprovação da rainha. Bela seria, então, treinada por ele para ser sua empregadinha, para varrer seus aposentos, manter sua taça de vinho sempre cheia e realizar todas as mesmas tarefas que Alexi executava para Sua Majestade.
E, a partir daquele dia, Bela passou a dormir nos
aposentos do príncipe.
Ela percebeu que seria invejada por todos e que o príncipe, e apenas ele, poderia determinar quais seriam suas tarefas diárias.
Todas as manhãs, lady Juliana a conduziria pela senda
dos arreios. Em seguida, Bela serviria vinho na refeição do meio-dia e sofreria diversos infortúnios caso derrubasse uma única gota.
Poderia dormir durante a tarde, para que estivesse
revigorada para atender ao príncipe à noite. E, na próxima noite de festival, participaria da corrida de escravos na senda dos arreios,
a qual o jovem soberano esperava que ela ganhasse graças ao seu treinamento diário.
Bela ouviu a tudo do início ao fim com rubores e lágrimas, inclinando-se diversas vezes para beijar as botas do príncipe enquanto ele lhe dava as ordens. Ele parecia
ainda perturbado pelo amor que sentia pela jovem e, enquanto o castelo dormia, o jovem soberano frequentemente a acordava com abraços brutos. Nesses momentos, ela mal pensava no príncipe Alexi, de tanto que o príncipe a assustava e vigiava.
E, ao amanhecer de cada dia, ela era conduzida por lady
Juliana, calçando as botas de couro com ferraduras.
Bela vivia apavorada, porém pronta. Lady Juliana era uma visão da delicadeza em seu vestido de montaria carmim, e Bela corria depressa sobre a macia pista de cascalhos, o sol muitas vezes fazia com que apertasse os olhos ao atravessar os galhos das árvores e, quando o treinamento chegava ao fim, as lágrimas escorriam por seu rosto.
Então, Bela e lady Juliana ficavam a sós no jardim. A dama trazia um chicote de couro, mas raramente o utilizava, e o jardim significava um momento de tranquilidade para a princesa. Elas se sentavam na grama, as saias de lady Juliana eram uma grinalda de seda bordada ao redor dela e logo a dama dava um penetrante beijo em Bela, o que aterrorizava e enfraquecia a jovem. Lady Juliana acariciava todo o corpo de Bela, enchia-na de beijos e elogios, e quando a golpeava com o chicote de couro, Bela chorava suavemente, resfolegando e gemendo, sentindo um lânguido abandono.
Logo Bela estava recolhendo pequenas flores para lady
Juliana ou, com muita graciosidade, beijava a bainha das
saias da dama, ou até suas mãos brancas. Todos esses gestos deleitavam a senhora de Bela.
Ah, estou me tornando o que Alexi queria que eu me tornasse, Bela pensou. Entretanto, durante a maior parte do tempo Bela não pensava em absolutamente nada.
Em todas as refeições, ela tomava muito cuidado para servir o vinho de forma graciosa.
Ainda assim, chegou um momento em que derrubou vinho e foi punida com golpes severos de um dos pajens, logo em seguida, Bela correu em direção às botas do príncipe para implorar silenciosamente por perdão. O príncipe ficou furioso e, quando ordenou que fosse espancada novamente, a jovem queimava de humilhação.
Naquela noite, ele a chicoteou com o cinto sem
misericórdia antes de possuí-la. Ele disse que odiava vislumbrar até mesmo a mais leve imperfeição da parte dela. E ela estava acorrentada à parede para passar a noite inteira mergulhada em choros e na dor.
Bela temia punições novas e assustadoras. Lady Juliana
deu a dica de que Bela não passava de uma virgem em muitos aspectos, que estava sendo experimentada muito devagar.
E Bela também temia lorde Gregory, que estava sempre
a observando.
Uma manhã, quando tropeçou na senda dos arreios, lady
Juliana a ameaçou com o salão das punições.
Bela imediatamente ficou de gatas, beijando as sandálias de lady Juliana. Embora a dama tenha logo demonstrado piedade através de um sorriso e um movimento de suas lindas tranças, lorde Gregory, que estava por perto, deixou clara sua desaprovação.
O coração de Bela batia dolorosamente no peito quando foi levada para ser limpa. Se pelo menos pudesse ver Alexi, pensou, ainda que, em seu íntimo, Bela sentia que ele havia perdido muito do encanto de antes, embora não soubesse bem o motivo. Mesmo quando se deitou em sua cama naquela tarde, lembrou-se do príncipe e de lady Juliana. "Meus senhores e mestres", sussurrou para si mesma, imaginando por que Leon não lhe dera nada para fazê-la dormir, já que não estava nem um pouco cansada e sentia- se torturada como sempre pela leve pulsação entre as pernas.
Mas Bela estava repousando havia apenas uma hora
quando lady Juliana foi até ela.
- Eu não aprovo muito isso — disse a dama enquanto levava Bela até o jardim -, mas Sua Alteza deseja levá-la para ver os pobres escravos sendo mandados para a vila.
Mais uma vez, a vila. Bela tentou esconder a curiosidade.
Lady Juliana a espancou vagarosamente com o cinto de couro, golpes leves, porém dolorosos, enquanto desciam juntas até o pátio.
Por fim, elas alcançaram um jardim murado repleto de
árvores baixas com galhos floridos e, em um banco de pedra, Bela
viu o príncipe conversando seriamente com um cavalheiro jovem e belo.
— Aquele é lorde Stefan — lady Juliana confessou com voz calma -, e você deve demonstrar por ele o máximo de respeito. Ele é o primo favorito do príncipe. Além disso, está bastante chateado hoje graças a seu precioso e desobediente príncipe Tristan.
Ah, se eu pudesse pelo menos ver o príncipe Tristan,
Bela pensou. Não havia esquecido que Alexi o mencionara, um escravo incomparável que conhecia o significado da rendição. Então quer dizer que ele havia causado problemas? Não conseguia evitar que seus olhos notassem o quanto lorde Stefan era bonito. Com cabelos dourados e olhos cinza, o rosto jovem estava pesado graças às ruminações e à infelicidade.
Os olhos dele pousaram em Bela por apenas um
segundo enquanto ela se aproximava e, apesar de parecer conferir os encantos da jovem, desviou novamente sua atenção para o príncipe, que o reprovava com severidade.
— Você lhe dispensou muito amor. O mesmo ocorre
comigo e a princesa que está diante de seus olhos. Você deve conter seu amor assim como eu devo conter o meu. Acredite em mim, compreendo tanto sua situação quanto a condeno.
— Ah, mas a vila... - murmurou o jovem cavalheiro.
— Ele deve ir. Será melhor para ele.
— Oh, príncipe sem coração - sussurrou lady
Juliana, empurrando Bela para que beijasse as botas de
lorde Stefan enquanto tomava seu lugar ao lado dos dois rapazes.
O príncipe ergueu o queixo de Bela e inclinou-se para dar- lhe um beijo nos lábios, o que preencheu o corpo da garota com um tormento brando. Entretanto, ela estava muito curiosa sobre tudo aquilo que era dito e não ousava realizar nem o mais leve movimento que atraísse a atenção dele.
- Preciso perguntar-lhe - começou lorde Stefan. - Você enviaria a princesa Bela para a vila se sentisse que ela merecesse?
- Claro que enviaria - respondeu o príncipe, embora não parecesse muito convincente. — Faria isso no mesmo instante.
-Oh, mas você não pode! — lady Juliana protestou.
-Se ela merece ou não, isso não tem importância — o príncipe insistiu. — Estamos falando do príncipe Tristan e ele, por todos os abusos e punições que suportou, permanece sendo um mistério para todos. Ele necessita dos rigores da vila da mesma forma como o príncipe Alexi um dia precisou da cozinha para que o ensinassem a ser humilde.
Lorde Stefan estava profundamente preocupado. As
palavras rigor e humildade pareceram perfurá-lo. Ele se ergueu e implorou para que o príncipe compreendesse sua situação e fizesse um julgamento melhor.
-Eles irão amanhã. O tempo já está bem quente e os aldeões já estão se preparando para o leilão. Eu o mandei
para o pátio dos escravos para que esperasse lá. Venha, Bela. - O príncipe se ergueu. - Seria bom que você visse isso para que compreenda o que se sucede.
Bela estava intrigada e seguiu-o avidamente. Entretanto,
a frieza e a severidade do príncipe fizeram com que ela se sentisse desconfortável. Tentou permanecer próxima a lady Juliana
enquanto seguiam por um caminho de pedras até saírem
dos jardins, passaram pela cozinha e os estábulos até chegar a um pátio de terra simples, onde Bela viu uma carroça sem os cavalos, virada com as rodas para cima e encostada contra os muros que cercavam o castelo.
Havia soldados comuns ali, servos. Bela sentiu sua
nudez enquanto era obrigada a seguir o trio com suas vestes resplandecentes. As marcas deixadas pelos golpes e os cortes doíam assustadoramente mais uma vez. Ela olhou para cima e viu um pequeno cercado, feito com grades de madeira rude, no qual príncipes e princesas nus e amordaçados, com as mãos amarradas atrás do pescoço, andavam em círculos como se isso fosse mais exaustivo que ficar de pé por uma hora.
Um soldado comum desferiu um golpe através da cerca
com um pesado cinto de couro que lançou um príncipe que gritava até o meio do grupo em busca de cobertura. E, atingindo outra nádega nua, a golpeou igualmente, fazendo com que um príncipe que se virou para ele com raiva soltasse um gemido.
Bela ficou furiosa ao ver aquele soldado abusando de pernas e nádegas tão brancas e adoráveis. Ainda que não conseguisse manter os olhos longe dos escravos que se afastavam de uma extremidade da cerca apenas para serem atormentados do lado oposto por outro garoto ocioso e diabólico que os golpeava com muito mais força e deliberação.
Mas, então, os soldados viram o príncipe e
imediatamente fizeram uma reverência, dedicando total atenção pelo jovem soberano.
E pareceu que, naquele mesmo momento, os escravos viram o pequeno grupo se aproximando. Gemidos e choramingos começaram a ser ouvidos daqueles que lutavam, apesar das mordaças, para tornar seus apuros reconhecidos e seus choros abafados transformaram-se em um lamento.
Eles pareciam tão bonitos quanto qualquer escravo que
Bela já vira e, por estarem choramingando, muitos caíam de joelhos diante do príncipe, e ela via, aqui e ali, adoráveis sexos cor de pêssego entre cachos de pelos pubianos, ou seios tremendo graças ao choro. Muitos dos príncipes estavam dolorosamente eretos como se não pudessem controlar essa reação. Um deles pressionou os lábios contra o chão áspero quando o príncipe, lorde Stefan e lady Juliana, com Bela ao seu lado, ergueram a pequena cerca para inspecionar os cativos.
Os olhos do príncipe eram frios e chispavam de raiva, mas lorde Stefan parecia abalado. E Bela percebeu que o
olhar dele estava fixo em um príncipe muito digno que não pranteava nem realizara nenhum tipo de reverência, muito menos implorara por misericórdia. Era tão belo quanto o jovem lorde, os olhos muito azuis e, apesar da pequena e cruel mordaça que distorcia sua boca, o rosto era sereno da mesma forma como o do príncipe Alexi. Ele olhava para baixo demonstrando suficiente submissão, e Bela tentou esconder seu fascínio com aqueles membros primorosamente esculpidos e o órgão intumescido. Ele parecia estar em grande agonia apesar de sua expressão de indiferença.
Lorde Stefan de repente virou-se de costas, como se não conseguisse se conter.
- Não seja tão sentimental. Ele merece passar algum tempo na vila - o príncipe ralhou com frieza. E, com um gesto altivo, ordenou que os outros príncipes e princesas que pranteavam se calassem.
Os guardas assistiram a tudo aquilo com os braços cruzados, sorrindo diante do espetáculo, e Bela não ousou olhar, com medo de que seus olhos se encontrassem com os deles, o que lhe proporcionaria ainda mais humilhação.
O príncipe, entretanto, ordenou que ela fosse para a
frente do grupo e se ajoelhasse para ouvir instruções.
-Bela, contemple esses desafortunados - disse o príncipe com óbvia desaprovação. - Eles irão para a vila da rainha, que é a maior e mais próspera do reino. Ela abriga as famílias de todos aqueles que trabalham aqui; os artesãos de lá produzem nosso linho, nossos móveis mais simples,
nos abastecem com vinho, comida, leite e manteiga. Lá, existe uma leiteria e as aves são criadas em pequenas fazendas. Na vila, há todos os elementos que constituem qualquer cidade, em qualquer lugar.
Bela encarou os príncipes e princesas cativos que,
apesar de não poderem mais implorar com gemidos e choros, ainda faziam reverências diante do príncipe, que parecia indiferente a eles.
-Talvez seja a vila mais adorável do reino - o príncipe continuou -, com um senhor severo e muitas hospedarias e tavernas que são as favoritas dos soldados. Essa vila, entretanto, possui um privilégio de que nenhum outro vilarejo pode desfrutar, que é sediar, nos meses quentes, um leilão daqueles príncipes e princesas que necessitam de uma punição terrível. Qualquer um da vila pode arrematar um escravo se tiver ouro suficiente para isso.
Pareceu que alguns cativos não conseguiram conter-se e
imploraram para o príncipe, que, com um estalar de dedos, ordenou que os guardas voltassem a trabalhar com os cintos e as longas palmatórias, causando uma baderna imediata. Os escravos miseráveis e desesperados aconchegaram-se juntos, voltando seus seios e órgãos vulneráveis na direção de seus torturadores, como se a todo custo devessem proteger as nádegas feridas.
O alto e louro príncipe Tristan, entretanto, não fez
nenhum movimento para se proteger, permitindo meramente que fosse empurrado pelos outros. Os olhos
dele não abandonavam lorde Stefan até que, de forma lenta, voltaram-se para Bela e nela se fixaram.
O coração de Bela se contraiu. Ela sentiu uma leve tontura. Olhou fixamente para aqueles olhos azuis indecifráveis enquanto pensava: Ah, então é assim que é a vila.
- Esse é o serviço desgraçado - lady Juliana obviamente
implorava para o príncipe. - O leilão em si acontecerá logo que os escravos chegarem e podemos supor muito bem que até mesmo os pedintes e os palermas que vivem pela vila testemunharão o acontecimento. Pois esse dia é declarado como feriado. E cada pobre escravo é tirado de seu senhor não apenas para degradar-se e ser punido, mas também para executar um trabalho doloroso. Imagine, as pessoas práticas e cruéis do vilarejo não arrematarão nem mesmo o mais adorável príncipe ou princesa apenas para meros prazeres.
Bela se lembrava da descrição dada por Alexi a respeito dessas exposições nas vilas, a alta plataforma de madeira no mercado, a multidão grosseira e como celebravam sua humilhação. A jovem sentiu secretamente o sexo doer de tanto desejo e, mesmo assim, ficou horrorizada.
- Ah, mas, por todas essas moléstias e crueldades —
disse o príncipe, olhando, então, para o inconsolável lorde Stefan, que continuava de costas para os desafortunados -, é que se trata de uma punição sublime. Poucos escravos são capazes de aprender durante um ano passado no castelo o que aprenderão durante os meses quentes em
que viverão na vila. E, é claro, não poderão ser realmente machucados, pelo menos não mais que os escravos que permanecem aqui. As mesmas regras severas se aplicam: nada de cortes, nada de queimaduras, nenhum ferimento real. E, uma vez por semana, são reunidos em um salão de escravos para ser limpos e untados. Quando retornarem para o castelo, entretanto, estarão mais amáveis e dóceis. Eles renascerão com resistência e beleza incomparáveis.
Sim, como o príncipe Alexi renasceu, Bela pensou com o coração apertado. Imaginava se alguém poderia notar sua perplexidade e excitação. Via o distante príncipe Tristan entre os outros, os olhos azuis calmamente fixos nas costas de seu senhor, lorde Stefan.
A mente de Bela estava repleta de visões pavorosas. E,
de acordo com o que o príncipe Alexi narrara, aquela punição não havia sido misericordiosa e, se ela achava difícil aprender aos poucos, não deveria então cultivar para si alguma punição mais rígida?
Lady Juliana balançava a cabeça e emitia pequenos sons
que demonstravam seu desagrado.
- Mas ainda estamos na primavera. Por que isso, se essas pequenas criaturas encantadoras estarão sempre por aqui? Ah, o calor, as moscas e o trabalho. Você não é capaz de imaginar como eles são utilizados, e os soldados lotam as tavernas e as hospedarias, capazes de comprar por algumas poucas moedas um príncipe ou princesa adorável que nunca na vida poderiam possuir em outras circunstâncias.
- Você exagera - o príncipe insistiu.
-Mas, então, você deveria enviar também sua própria escrava — lorde Stefan clamou mais uma vez. — Não quero que ele vá! - murmurou. - E, mesmo assim, condenei-o e, ainda por cima, diante da rainha.
- Então, você não tem escolha e, sim, enviarei minha própria escrava, embora nenhum cativo da rainha ou do príncipe da coroa tenha recebido uma punição tão drástica. - O príncipe virou as costas para os escravos com extremo desdém. Mas Bela continuou a olhar enquanto o príncipe Tristan começava a abrir caminho para frente.
Ele alcançou a cerca e, apesar de um guarda arrogante que estava se divertindo muito com o grupo que se debulhava graças aos golpes de seu cinto de couro, não se movia nem demonstrava o menor desconforto.
- Ah, ele suplica por você. - Lady Juliana suspirou e, no
mesmo momento, lorde Stefan virou-se e os dois jovens encararam um ao outro.
Bela observou a cena como se estivesse em transe
enquanto o príncipe Tristan se ajoelhava devagar e graciosamente para beijar o chão diante de seu senhor.
- E tarde demais - disse o príncipe - e esse pequeno sinal
de afeição e humildade não servirá de nada.
O príncipe Tristan se ergueu com os olhos baixos e uma paciência perfeita. Lorde Stefan correu para frente e, alcançando a cerca, abraçou imediatamente o escravo. Apertou o príncipe Tristan contra o próprio peito e cobriu seu rosto e seu cabelo com beijos. O jovem cativo, com as
retribuiu os beijos.
O príncipe estava tomado pela raiva. Lady Juliana gargalhava. O jovem soberano empurrou lorde Stefan e disse que deveriam deixar aqueles escravos miseráveis.
No dia seguinte, eles seriam enviados para a vila.
Bela deitou-se em sua cama em seguida, incapaz de pensar em algo além do pequeno grupo naquele pátio que servia como prisão. Também já havia visto as ruas tortuosas das vilas pelas quais passara em sua jornada. Lembrava-se das hospedarias com suas placas pintadas sobre os portões, as casas parcialmente construídas com madeira, as janelas de treliça.
Nunca se esqueceria dos homens e das mulheres em calções grosseiros e aventais brancos, com as mangas enroladas até os cotovelos. A forma como ficaram boquiabertos com ela, desfrutando de seu desamparo.
Não conseguia dormir. Estava tomada por um novo e
estranho terror.
Estava escuro quando o príncipe finalmente convocou-a e, assim que chegou à porta da sala de jantar privativa do jovem soberano, viu que ele estava com lorde Stefan.
Pareceu que, naquele momento, seu destino estava decidido. Bela sorriu ao pensar em toda a ostentação que o príncipe havia dispensado ao primo e queria entrar logo, mas lorde Gregory a puxou de volta para a soleira da porta.
Bela deixou que seus olhos ficassem encobertos. Não viu o príncipe em sua túnica de veludo glorificada por um brasão. Nem vira as ruas de pedra das vilas, as viúvas com suas vassouras de vime, os rapazes comuns na taverna.
Mas lorde Gregory a espancava.
- Não ache que eu não percebo a mudança em você! - ele sussurrou bem baixo em uma das orelhas de Bela, de forma que aquelas palavras pareceram fazer parte da imaginação da jovem.
As sobrancelhas de Bela se uniram em uma ruga de
contrariedade e, então, ela baixou os olhos.
- Você está contaminada pelo mesmo veneno que o príncipe Alexi. Vejo-o dia a dia fazendo efeito sob você. Logo irá começar a zombar de tudo.
A pulsação de Bela se acelerou. Lorde Stefan, à mesa de jantar, parecia extremamente perdido. E o príncipe estava orgulhoso como sempre.
- Você precisa é de uma lição severa... - lorde Gregory
continuou em um sussurro ácido.
- Meu senhor, não pode estar se referindo à vila. - Bela tremeu.
- Não, não falava sobre a vila! - Ele estava obviamente chocado. - E não seja petulante ou ousada para comigo. Você sabe o que quero dizer. O salão das punições.
- Ah, seus domínios, onde você é o príncipe - Bela
sussurrou. Mas ele não a ouviu.
para que ela entrasse.
Ela se aproximou de gatas. Entretanto, após dar apenas alguns passos para dentro da sala, parou.
- Continue! — lorde Gregory assobiou para ela
raivosamente. O príncipe ainda não havia nem ao menos os percebido.
Mas, quando o príncipe se virou e olhou para ela, mal- humorado, Bela continuou parada, arqueou a cabeça com os olhos fixos nos dele. E, quando ela notou a raiva e o ultraje no rosto dele, virou-se subitamente e correu de gatas, passando por lorde Gregory e avançando pelo corredor.
-Contenham-na, contenham-na! — o príncipe gritou
antes que pudesse impedir-se. E, quando Bela viu as botas de lorde Gregory ao seu lado, ergueu-se, ficando de pé, e correu mais depressa. Ele a pegou pelos cabelos, e Bela gritou enquanto era puxada para trás e jogada sobre os ombros dele.
Ela golpeou as costas de lorde Gregory com os punhos,
chutou-o, enquanto ele prendia seus joelhos bem apertados. Bela chorava, histérica.
A jovem podia ouvir a voz raivosa do príncipe, embora não conseguisse distinguir o que ele falava. E, quando foi solta aos pés dele, correu novamente, de forma que dois pajens correram para encurralá-la.
Ela lutou enquanto era amordaçada e amarrada e não conseguiu descobrir para onde estava sendo levada.
Estava escuro e os pajens desceram as escadas. Bela experimentou um momento pavoroso de arrependimento e pânico.
Eles poderiam pendurá-la no salão das punições e, se ela
não era capaz de suportar nem mesmo aquilo, como suportaria a vila?
Entretanto, antes que seus captores chegassem ao salão
das punições, uma estranha calma tomou conta de Bela e, quando foi jogada em uma cela escura para deitar no chão de pedras frias com as cordas cortando sua pele, sentiu um regozijo tranqüilo.
Ainda que continuasse a chorar, seu sexo aparentemente pulsava com os soluços e, ao redor dela, havia apenas o silêncio.
Era quase de manhã quando Bela foi acordada. Lorde Gregory estalou os dedos e os pajens desfizeram os nós que a prendiam e ergueram-na para que ficasse de pé. Suas pernas estavam fracas e instáveis. Ela sentiu um
golpe do cinto de lorde Gregory.
- Princesa mimada e desafortunada - ele sussurrou entre os dentes, mas Bela encontrava-se sonolenta, abrandada pelo desejo e sonhando com a vila. Soltou um pequeno grito quando sentiu os golpes raivosos do lorde, entretanto, percebeu, maravilhada, que os pajens a amordaçavam novamente e amarravam com rudeza suas mãos atrás do pescoço. Ela iria para a vila!
— Ah, Bela, Bela. — A princesa ouviu a voz de lady Juliana se aproximar, posicionando-se diante dela. — Por que ficou com medo, por que tentou correr? Você estava sendo tão boa e forte, minha querida.
— Mimada, arrogante — lorde Gregory praguejou
novamente enquanto Bela era conduzida através de um portal. Podia ver o céu da manhã sobre a copa das árvores.
- Você fez de propósito - lorde Gregory sussurrou no seu ouvido enquanto a chicoteava pelo pátio do jardim. - Bem, terá o dia inteiro para se arrepender, será duramente chicoteada e não haverá ninguém para ouvi-la.
Bela tentou evitar o sorriso. Mas será que eles poderiam vê-la sorrindo por trás da cruel mordaça de couro? Ela corria depressa, com os joelhos erguidos, por um dos lados do castelo enquanto lorde Gregory apontava o caminho, com golpes rápidos que lhe causavam uma dor lancinante, e lady Juliana chorava enquanto os acompanhava.
- Oh, Bela, não consigo suportar isso.
As estrelas ainda não haviam desaparecido, embora o ar estivesse quente e acariciante. Eles passaram pelo cercado vazio que servira como prisão, cruzaram o pátio por duas grandes portas e a ponte levadiça do castelo, que estava abaixada.
E, lá fora, havia uma carroça carregada de escravos, já amarrada às pesadas éguas brancas que os puxariam até a vila.
Por um momento, Bela reconheceu o terror. Mas um prazeroso abandono tomou conta dela.
Os escravos gemiam, aconchegando-se uns nos outros, e o condutor já tomara seu assento enquanto a carroça era cercada por soldados a cavalo.
— Mais uma - lorde Gregory gritou para o capitão
da guarda e Bela ouviu o lamento dos escravos aumentar.
Ela foi erguida por braços fortes, as pernas, suspensas no ar.
-Vamos lá, princesinha. — O Capitão da Guarda riu enquanto a colocava na carroça e Bela sentiu a madeira áspera sob os pés. Esforçou-se para não perder o equilíbrio. Por um instante, olhou para trás e viu o rosto de lady Juliana coberto de lágrimas. Ela está sofrendo de fato... Por quê?, Bela pensou, impressionada.
E, lá no alto, de repente, ela viu o príncipe e lorde Stefan
na única janela iluminada pelas tochas no castelo escuro. Parecia que o príncipe percebera que ela havia olhado para cima; e os escravos ao redor dela, vendo também a janela, entoaram um coro de súplicas vãs. O príncipe virou as costas, infeliz, exatamente da mesma forma com que lorde Stefan dera as costas para os cativos no dia anterior.
Bela sentiu a carroça começar a se mover. As grandes rodas rangiam e as ferraduras dos cavalos ecoavam nas pedras do calçamento. Em volta dela, os escravos nervosos caíam uns sobre os outros. A jovem olhou para frente e avistou os tranquilos olhos azuis do príncipe Tristan.
Tristan tentou aproximar-se de Bela enquanto a
princesa se movia em direção a ele, embora, ao redor de ambos, os escravos acovardados se contorcessem para
evitar os chicotes impetuosos dos guardas que cavalgavam ao lado da carroça. Bela sentiu um corte profundo na panturrilha causado por um chicote, mas o corpo do príncipe Tristan já estava encostado no seu.
Seus seios tocaram o peito quente do jovem e sua face
pousou no ombro dele. O membro grosso e rígido passou por entre as pernas de Bela e pressionou rudemente o seu sexo. Esforçando- se para não cair, a princesa montou no órgão e sentiu-o escorregar para dentro de si. Pensava na vila, no leilão que logo teria início, todos os terrores que a aguardavam. E, quando pensou em seu querido e arrasado príncipe e sua pobre e pesarosa lady Juliana, sorriu novamente.
Mas o príncipe Tristan preencheu a mente dela
enquanto parecia lutar com todo o corpo para penetrá-la e envolvê-la.
Mesmo em meio ao choro dos outros, a princesa ouviu-o
sussurrar por trás da mordaça:
- Bela, você com medo?
— Não! — ela disse, pressionando seus lábios contra os dele. E, quando o príncipe Tristan a ergueu com suas estocadas, sentiu que os corações dos dois batiam no mesmo ritmo.
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Final da parte 4 de 4.
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Os Desejos da Bela Adormecida (Trilogia Erótica #1)
FantasyUma princesa condenada a dormir por 100 anos, depois de furar o dedo em uma roca de fiar enfeitiçada, se torna vítima de um segundo feitiço - seu coração e seu corpo estão sob controle do príncipe que a despertou, que a declara sua escrava sexual e...