Lutarei pelo meu Lar!

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O amanhecer de Vegas era lindo, eu me lembro pois passei um bom tempo o observando, logico que não da forma convencional, mas de alguma forma eu me lembro perfeitamente do que ocorreu lá quando apaguei ao receber aquela bendita flecha, mas como eu queria não ter presenciado aquilo, era uma alucinação causada pela energia de Hades, só podia ser isso, por que uma Deusa escolheria entre outras centenas de Erasers naquele maldito Rio, logo eu! Que em todas as minhas encarnações nunca me destaquei a ponto de virar um guardião dos sonhos, naquela época eu era ingênuo a ponto de não entender isso, de entender o motivo dela ter me escolhido, naquele momento, eu sentia medo pela primeira vez, outro sentimento humano estupido...sentimento que junto a outros, se tornaram cotidianos, o amanhecer naquela amanhã não foi acompanhado de flechas solares de pura raiva contra mim, Apollo nem se quer veio atrás de mim, achei isso normal? Claro que não, mas apenas admirei, ao acordar e abrir os olhos, o sol nascente parecia mais melancólico que a tarde mais cinza, naquele instante senti algo novo, se Apollo não chorou, creio que chorei por ele, as lagrimas de um Eraser, capazes de realizar os sonhos mais profundos de alguém, mas que naquele momento não podiam se quer ajudar Artêmis...nesta noite não haveria luar, nem a beleza cotidiana das noites nos desertos de Vegas....


"Chaser...me desculpe, eu deveria ter lhe contado"

A Deusa diz ainda na mente do Eraser, o mesmo encarava a Estátua de pedra que o corpo da Deusa da lua havia se transformado, ele fareja o ar, já não sentia ali alma alguma

-Foi desta mesma forma que ele há matou? Roubou sua alma?

"Sim..."

-Então podemos recuperar a alma de Artêmis?

"Com ela foi diferente, Hin ao matá-la, destruiu sua alma...não a volta para ela. "

O Eraser nada diz, ele apenas desfere um golpe na estátua que antes era o corpo da Deusa com o punho fechado, a mesma se esfarela em centenas de pedaços, alguns veículos da polícia se aproximavam, chamados com a denúncia de várias explosões, um possível ataque terrorista, Chaser ouvia as sirenes ao longe, mas o ódio novamente tomava conta de seu ser, os humanos param os carros, Chaser não podia ser visto, a não ser que quisesse, e é isso que faz

"Oque está fazendo? Está louco! "

-Hades se mostrou nesta cidade em sua forma real, logo, a sua fonte de poder está aqui, ele me menosprezou, irei chamar atenção dele da forma cruel que ele merece, e mata-lo para trazer Artêmis e você novamente a vida.

"Não é assim que funciona..."

Ela fala, porém, o Eraser já não a ouve, a ignora totalmente, os policiais cercam a casa pela frente, a rua estava repleta de escombros, eram cerca de 10 carros cada qual com 2 policiais armados com diversas armas humanas, armas que não podiam ferir o Eraser, um dos policiais nota a presença do que mais parecia um homem em uma fantasia assombrosa saindo dos escombros da casa, a máscara branca sem marcas de boca ou nariz, o que mais assustava eram os olhos, profundos glóbulos negros com reflexo de uma luz espectral purpura, o homem trajava um manto vermelho com um capuz, do topo de sua cabeça duas orelhas se projetam, o policial aproxima sua boca do megafone:

-Pare aonde está, retire a máscara, e erga as mãos!

A voz da autoridade ecoa pela rua vazia e deserta em todas as direções, mas Chaser segue avançando interrupto, indo na direção de um dos carros, o ultimo da fileira, aonde uma policial mulher aponta a arma tremula, o Eraser notava o medo da mesma, podia sentir ele, os humanos não notavam, mas a cada segundo mais e mais medo oscilava no ar, fazendo eles soarem frio, armas tremerem em suas mãos, Chaser toca a ponta da arma, olhando a policial nos olhos:

Uma historia a ser contadaOnde histórias criam vida. Descubra agora