Escrever também é (se) traduzir

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Quando as palavras de minha mente pairam no papel em perfeita harmonia,
mesmo que você não saiba exatamente o quê, ou quando, eu me traduzi,
em cada verso, em cada palavra, em cada sílaba,
estou eu me traduzindo (estou ali, sem duplos sentidos).
Tentando explicar algo que nem eu entendo,
mas, afinal, a escrita é isto
a tradução do idioma mais maluco e desorganizado que já se soube:
a mente!
Onde moram todas aquela funções,
Onde ficam aqueles sentimentos, como em uma discoteca doida,
cada um com o seu fone, alheios a todo o resto,
mas de repente, alguém dá pause em todas as músicas
e o que era uma bagunça vai ficando harmonioso, como um balé coreografado,
e dança sobre o papel, nas linhas e entrelinhas, tudo alinhado.
Traduzindo a mente!
Neste mar de letras.
Traduzido confusão com a confusão organizada.

*Bem vindo(a) à minha confusão!

Marina Stano de Macedo

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