o que você quer de mim?

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ALERTA: ALTO DRAMA MEXICANO A SEGUIR!

Pov Lauren

Saio do consultório totalmente atordoada, vou em direção ao meu carro e sinto algumas gotas de chuva, entro e dou partida e fico dirigindo sem rumo. Para em um posto e compro algumas garrafas de vodka e volto a ir sem rumo.

(...)

- Porra! – Falo assim que dirigir ficou difícil por conta da bebida.

 Encosto e saio do carro sem me importar com a chuva, olho em volta e vejo que estou perto da praça que costumo levar meu filho, caminho até ela com a minha garrafa em mão e a bebendo, ando meio torto por conta de já estar bêbada. Assim que chego na praça totalmente vazia por conta da chuva, me sento na grama e fico bebendo, tentando de alguma forma que eu voltasse no tempo antes de tudo isso. Começo a chorar sem conseguir me controlar e a chuva parece engrossar com a minha dor.

- AAAAAAAAAAAA! – Grito em desespero e me jogo deitando no chão e olhando para o céu completamente nublado e a chuva caindo mais e mais. 

‘’Oh minha filha tudo que acontece nessa vida é por uma razão, mesmo que não conseguimos compreender Deus sempre tem planos maiores Lauren’’

Flashback

Ser adolescente é horrível, sua cabeça é confusa seu corpo mais ainda. As meninas pensam nos meninos, os meninos pensam nas meninas, bebidas e sexo esse é o lema dos irresponsáveis. Eu sou uma menina que tem um pênis e pensa em meninas, poderia ser pior? Acho que não...

- Eai mostrinho? – Um menino me empurra para os armários.

- Ei. – Uma outra menina chega e empurra o menino. – É mostrinha! – E ri.

- Mas ela tem um pênis. – Ele fala rindo também.

- Ou seria ele tem peitos? – Ela fala colocando a mão no queixo como se estivesse pensando.

- Bizarro! – Tento sair, mas ele me segura. – Aonde vai?  

- Me deixa ir. – Falo tentando me afastar do seu aperto em meu braço.

- Só estamos tentando ser seus amigos. – A menina diz.

- Hey vocês! – Uma terceira voz feminina se faz presente.

- Droga! Até depois mostrinho! – O menino fala e em seguida disfere um soco no meu membro me fazendo curvar de dor.

- Voltem aqui! – A terceira voz fala, mas eles já correram. Acabo caindo no com as mãos em meu membro, que dor. – Hey você está bem?

Olho em direção a voz e vejo que é Ally Brooke.

- Eu... estou...bem – Falo com dificuldades.

- Não está não. – Ela diz se agachando ao meu lado. – Vem eu vou te levar para a enfermaria.

- Não! – Falo retirando as mãos do meu membro, mas a dor é quase insuportável e acabo levando as mãos novamente.

- Me deixa te ajudar.

- Eu não preciso de ajuda.

- Pelo menos vá a enfermaria sozinha, mas vá. – Ela diz com uma voz doce.

Enfermaria, ela sabe que a enfermeira me acha um mostro também? Acho que não, sempre que a enfermeira da escola me vê me olha com cara de nojo, e ela nunca me ajudou quando vê alguém mexendo comigo ela ainda ri. 

- Eu estou bem, serio. – Falo me sentando no chão, mas ainda com a mão em meu membro. – Por que parou eles?

- Eles são uns babacas! – Ela fala com uma pitada de raiva na voz.

- E eu um monstro... – Sussurro.

- Retire o que disse! – Ela me dá um soco no ombro e me olha brava.

- O que?

- Você não é um monstro! Retire o que disse, ou eu darei outro soco e ai sim você terá que ir a enfermaria!

- Ta bem... Ta bem... Eu retiro, eu não sou um monstro. – Que baixinha brava.

- Está melhor? – Afirmo. – Então já que estávamos atrasadas para a aula que tal dá uma volta?

- Por que você daria uma volta comigo? – Pergunto desconfiada.

- Vem logo! – Ela puxa minha mão se levantando.

(...)

Ficamos andando até que paramos no teatro da escola e ficamos sentadas olhando o palco vazio.

- Vários deles mexem com você, e te batem as vezes, mas eu nunca a vi na diretoria falar nada, por que? – Ally pergunta.

- O que iria adiantar? 

- Eles iriam parar talvez?

- Não, eles não iriam... Pessoas come eles nunca param, então eu prefiro carregar o fardo sozinha...

- Não. – Ally segura minha mão. – Você não está sozinha...

- Melhor você ficar longe disso. – Falo puxando minha mão.

- Mas eu não te dei escolha. – Ally fala dando de ombros e sorrindo.

(...) 

Chego em casa e vou direto para o quarto e jogo minha mochila no chão e me jogo na cama, todo dia é a mesma coisa, eles me xingam, fazem piadas, me empurram ou socam meu membro, Ally até que tenta afasta-los, mas nunca dá certo.

- Filha? – Minha mãe me chama na porta do quarto. – O que houve?

- Nada. – Falo e me viro deitando de barriga para baixo.

- Lauren eu te carreguei por 9 meses, minha vagina abriu para você sair, então não me venha com malcriação! – Minha mãe fala e a sinto sentar na cama.

- Desculpa, é só que... Por que eu não nasci normal! Eu tinha que nascer com isso no meio das pernas para todos me odiarem!

- Você é normal Lauren!

- Por que Mãe? – Me sento na cama a encarando, com os olhos marejados. – Por que?

- Oh minha filha tudo que acontece nessa vida é por uma razão, mesmo que não conseguimos compreender Deus sempre tem planos maiores Lauren. – Minha mãe diz me puxando para os seus braços.

(...)

Flashback Off

Me levanto na grama totalmente encharcada, e tomo o ultimo gole esvaziando a garrafa, e a remesso longe.

 ‘’ Deus sempre tem planos maiores Lauren’’ A voz da minha mãe ecoa na minha cabeça.

- O QUE VOCÊ QUER DE MIM?! – Olho para o céu e a chuva continua caindo. – JÁ NÃO FOI O SUFICENTE?! HEIN?! QUAL O SEU MALDITO PLANO?! – Caio de joelhos sem controlar as lagrimas. – AAAAAAAAA! – Grito o mais alto que posso. 

- LAUREN!

Olho em direção de quem me chamou.

- Camz... – Olho Camila vindo em minha direção apresada.

MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora