Prólogo 1

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Luara Bastos, 12 anos
7° ano do Fundamental 2
10:00 ás 10:20,intervalo.

São exatamente 10h quando o sinal extrondante e agúdo soa pela escola inteira, anunciando o intervalo na esvola. Muitas crianças correm em direção ao corredor enquanto me encolho, ao lado da cadeira azul acizentada e desconfortável, para não impedir a passagem de ninguém. Quando uma quantidade de considerável de pessoas já saíram da sala, dando espaço dela sair sem precisar se esquivar tanto quanto antes. Luara sai da sala cheia de pessoas que conversavam alto o tempo inteiro, as paredes brancas de toda a escola, recém-pintadas ajudavam a acalma-la, tomando cuidado para não se bater em ninguém pelos corredores da escola, via seus sapatos cor de rosa se movimentar acompanhando a sombra seu corpo a sua frente. Os risos intensos e abafados, ecoam no cérebro da menina. Ela continua o seu percurso com muita determinação, embora esteja muito intimidada por todas essas situações. Seus passos barulhentos e desajeitados, fazem mais crianças idiotas desatarem em risos.

Com sua distração assusta-se quando esbarra em alguém, a pessoa tinha as costas extremamente largas e tinha alguns projetos de músculos também, isso deixava claro que tinha não havia sido alguém da sua sala, não que isso fosse deixar a situação um pouco melhor, mas ninguém se metia com os mais velhos da escola. Sem equilíbrio e a visão totalmente embaçada, a menina cai, levanta o rosto com dificuldade e afasta seus pequenos cachos e mexas de cabelo crespo, que impediam de enxergar o que havia a sua frente, basicamente o que a fez cair. Sua respiração ficara irregular e ela não conseguia nem se encorajar a levantar ao constatar, quão tamanha era a sua má sorte.

A menina acabara de esbarrar - empurrar alguém tinha dito, não muito longe dali para outras pessoas que passam e queriam saber o que acontecia - no mais novo capitão do time de basquete. Seu corpo de pele claramente branca e um pouco bronzeada por causa dos treinos, se contraem e todos conseguem ouvir os estalar dos seus dedos, em um punho fechado. Seu cabelo desgrenhado fazia metade das garotas presentes ali suspirarem, mesmo com toda aquela tensão no ar, que se eu posso opinar estava bem mais do que insuportável. Eu diria tóxico.

Ele vira-se e vai até ela, seus olhos calmos dão a impressão de que tudo está bem e que nada passou de um mal entendido, seus passos precisos passam uma sensação de segurança para a menina, ela adianta-se e estende a mão para que ele ajude-a a levantar. Seus braços eram pequenos e gordos, sua pele morena era linda e se destacava no uniforme branco que ela e todos usavam, seu pequeno sorriso branco, demosntrava a sua inocência.

A grande platéia que estava ao redor dos dois ria da atitude da menina, que abaixou a mão envergonhada, enquanto murchava o que há alguns segundos foi um sorriso e inútilmente tentou fazer o trabalho sozinha. E quando finalmente conseguiu, sentiu um leve e estranho ardor sobre sua pele e percebeu que perdia o equilíbrio novamente e já estava no chão caída enquanto servia de espetáculo para mais de centenas de alunos que riam frenéticamente e batiam palmas, cheios de preconceito e bullying.

- O que pensa que está fazendo Lua Cheia? - Ela esbugalhou os olhos e assustou-se, apesar dos olhares preconceituosos ninguém nunca falara assim com ela. Não diretamente. Principalmente porque ela não fazia idéia de como ele sabia o nome dela. Todos sabiam que o seu apelido era esse, em trocadilho com o seu tamanho, mas eles nunca tiveram nenhum outro contato antes desse. Apenas pelos olhares que trocavam algumas vezes na escola, quando ninguém estava por perto. Por isso a menina estava tão confusa e óbvio, magoada.

- Desculpe Henrich, f-foi sem querer.

- Então dá próxima vez preste atenção e não derrube ninguém com está barriga de abóbora. - Muitos risos. Ecos de diversas vozes aumentavam na cabeça de Luara e ela sentia muita tontura, sua visão embaçada pelas lágrimas que saiam de seus olhos deixava claro que ela estava passando mal e ninguém ali fazia nada para impedir que ela desmaiasse.

Efeito Lua [2° VERSÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora