Já havia se passado três dias que Jacob havia recebido a primeira carta de Alice,mas para o cérebro dele havia se passado três séculos de espera e ansiedade,ele não fazia a mínima ideia do porque está tão ansioso e impaciente, não sabia também porque desejava tanto receber uma nova carta, nesses três dias os seus pensamentos focaram só nas perguntas que o subconsciente dele fazia a ele"porque tinha que ser eu?o que será que essa garota fez? será que eu vou receber muitas cartas?e qual será o seu conteúdo?"
E se passou o final de semana inteiro e ele começou a ficar um pouco paranóico com relação a isso.
E do mesmo jeito que o final de semana chegou, rápido,ele acabou,e quando ele menos percebeu, já estava sentado na carteira da sala de aula, prestando a mínima atenção ao que a professora falava.
Mas ele bruscamente foi retirado do seu mundo,pela professora que lhe chamou a atenção,e prosseguiu dizendo que seria feito um trabalho sobre poetas contemporâneos,e seria em grupo, quando ela falou isso o seu dia de ruim foi para péssimo, é piorou muito ainda quando seria ela que escolheria os componentes.
E pra piorar,ele ficou com os populares e idiotas que implicam com as pessoas que eles consideravam inferiores a eles.
A desculpa da professora para essa tragédia,era que os alunos tinha que se socializar e se conhecerem,mas ele sabia que isso jamais aconteceria,e se quisesse a nota teria que fazer tudo sozinho,mas até que não seria uma má ideia, pois nada sairia errado.
A professora continuou falando e ele desfarçadamente levantou o seu capuz e comercou a ouvir música, mas ele não tava prestando atenção na música,pra falar a verdade ele estava distante da realidade.
E quando menos esperou o último horário chegou e o sino tocou avisando o término das aulas.
Foi o último a sair da sala,e seguiu direto pro seu armário,guardou alguns livros e quando ia pegar um livro pra se distrair um papel azul caiu aos seus pés, seus olhos rapidamente se direcionaram para baixo e percebeu que era uma carta,e melhor era uma carta direcionada a ele.
Ficou um bom tempo fitando aquela carta com o seu nome e um adesivo que de longe ele reconheceria,um óculos e um raio.
Saiu daquele transe hipnótico quando o zelador chegou.
-Meu filho você não vai pra casa não?-perguntou com um olhar que se Jacob tivesse um pai ele saberia que era um olhar paterno de preocupação mas como ele não sabia o que era isso, apenas desviou o olhar e balbuciou algumas poucas palavras .
Mas ele tava tão curioso, não foi pra casa mas sim para a biblioteca da escola.
Ainda bem que ela ficava aberta aos alunos dos outros turnos.
Se sentou na cadeira mas isolada dali e abriu a carta.
Sua mão tremia de nervosismo e suava também.Porque ele estava tão nervoso?
Acho que ele temia por algo.Respirou fundo e começou a ler.
"Querido Jacob.
Essa já é a sua segunda carta,a primeira foi bem pequena e deve lhe ter posto várias dúvidas por isso lhe peço desculpas.
Voltando a essa carta,vou realmente lhe contar tudo.Mas será desde do início.
Então vou te levar até o meu passado.'Há oito anos atrás havia uma menina tão doce,frágil e inocente,ela não conhecia as dores da vida,mas essa criança se tornou o que eu sou hoje em dia.
A Alice pequena era tão feliz,morava com a sua vó,era sozinha mas não se importava com isso, sempre achou bom,por isso hoje eu digo que a solidão sempre esteve ao meu lado mas eu nunca a notei.
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Cartas de uma suicída a um desconhecido.
Non-FictionJacob começa a receber cartas bastantes estranhas de uma garota, que ele nunca conheceu, e que relatam os acontecimentos que ocorreram antes do seu suicídio ou é isso que ele pensa, nessas cartas à desde dos pensamentos dela a músicas que descrevem...