Sem Título

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Ela era uma menina inocente

Sem dores, sem rancores,

Sem nenhum pendente,

Tímida, meiga, sempre longe de gente inconveniente e aí... Começaram as brincadeiras.

Todo mundo gozava com a cara dela

Era chamada de magra e feia

Era tratada como boneca, não queriam que ela se chateasse

Mas como não o fazer se lhe corre sangue nas veias ?!

Foi 1 dia, 1 mês e até 1 ano

Sempre aguentava os maus tratos como se fosse um pano,

Depois de um tempo ela começou o crime perfeito

O coração que um dia foi puro hoje estava perverso

Decidiu que ia virar tudo do avesso,

Mas tinha que ser duro, muito complexo Para todos o seu olhar era o mesmo,

E a rotina de pancadaria era contínua

Ela parecia uma menina que já nada sentia

De mais nada se ria também já não sofria, tornou-se fria

Mas o seu plano se mantinha

Aquela gente tinha que morrer num certo dia

Mas tinha que ser o dia perfeito, e esse dia era o dia que começou o seu sofrimento

No dia 28 de Agosto dia em que,

2 anos de sofrimento completaria

Todo o mundo morreria,

Todos os seus caixões já estavam prontos só faltava o dia do verdadeiro encontro Rosas pretas já tinham sido preparadas
E também o lugar onde toda a gente seria enterrada,

Até a hora exacta já tinha sido marcada
Passaram-se várias noites e ela só sonhava com isso,

Tinha roupa preparada e marcação no salão para o previsto Já se aproxima o grande dia

Dia 25 de Agosto e a tensão na escola está em cima

Todos perguntavam-se o porquê que havia tanta gente desaparecida, mas nunca ninguém desconfiaria da pobre menina

Dia 26 de Agosto mais uma aluna desaparece E na verdade ninguém sabe o que acontece

Todos perguntavam-se se seria obra de uma gang,

Mas a verdade nunca aparece

Dia 27 de Agosto e já está tudo a postos, cabelo e unha prontos Aquela que um dia foi a santinha hoje era a versão feminina do Diabo

É chegado o dia, e todos aqueles que a magoaram estavam fechados numa oficina

Ela usaria de tudo que lá tinha
Todo mundo o seu caixão escolheria
E assim começam os jogos perversos, a ouvir "Wicked Games" não podia ser mais intenso

E ela agarra uma chave de fendas,
Aponta para aquela que seria a primeira a jogar

E é felizarda pois podia escolher primeiro em que caixão lhe iam enterrar

Mas a melhor parte é que ela também escolheria a ferramenta a ser usada para lhe mutilar

E como escolheu um serrote Foi morta com um barrote

Afinal de contas a mulher do Diabo não obedece a ninguém, mas cumpriu o último desejo da morta que era

descansar no lindo caixão cor de rosa,

O seguinte tinha que ter uma morte mais dolorosa Então no seu ânus lhe foram postas várias porcas

O último a ser morto foi o mais privilegiado Pois apenas ficaria no caixão trancado

E paulatinamente morreria asfixiado
Todas as rosas pretas foram distribuídas

As suas vidas foram destruídas

Mas na verdade eles foram os culpados
Pois tinham destruído um coração tão sagrado E nas suas campas nem o nome foi gravado

Já que nem a minha inocência eles tiveram respeitado E assim deles se despediu a Mulher do Diabo.

— Valquíria Upenda.

Escritor Por Um Dia.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora